Vendada

Capítulo 18

— Ele estava dando em cima de você. — me defendo de sua acusação. E nós ainda estamos tendo aquela conversa.

— ELE É UM VELHO DE 71 ANOS! VOCÊ ESTÁ SE OUVINDO? — grita exasperada.

— Que seja. — não dou a minima.

— Quer saber? Eu já não quero ir em porra nenhuma com você. Me leva para casa.

— Vai ficar fazendo bira agora? — pergunto já irritado com toda essa história e com uma vontade absurda de puxar Giovanna pelos cabelos até que não sobre nenhum fio em sua cabeça.

— Me leva para casa! Já! Sua cara está me irritando. — o quê? Depois eu que sou louco.

— Eu não sei porquê ficou chateada com isso. Eu tive que começar a pagar todo o mês o salário para ele mesmo tendo outro jardineiro. Ele não faz porra nenhuma e recebe todo o mês. — praticamente rosno.

Giovanna realmente não falou comigo depois que demiti o velho. Ele se recusou a voltar a trabalhar em casa por isso tive que começar a pagar ao mesmo sem o desgraçado fazer nada.

— Era o minímo que você poderia fazer. Além do mais aquele dinheiro é uma esmola para você. — ela tem razão.

— Olha eu não vim aqui para brigar. Eu prometo que vou mudar. — termino com a conversa para não acabar com ela fazendo aquilo que eu realmente quero fazer. — Eu tenho uma coisa para você. — mudo de assunto.

Pego a caixa no armário e entrego para ela. Ela divide seu olhar entre mim e a caixa até que decide abrir.

Quando ela abre vê que é um celular de ultima geração que eu comprei no outro dia e acabei esquecendo aqui.

— Acha que pode me comprar com presentes caros? — Giovanna coloca o celular por cima da mesa antes de cruzar os braços e voltar a ficar na minha frente — Não quero.

— Eu não estou tentando comprar você. Eu só comprei isso para poder estar em comunicação com você. Eu já disse que vou mudar. O quê que você quer que eu faça?

— Que peça desculpas para a Erika.— responde depois de um tempo pensando.

— Você está brincando não é? — pergunto incrédulo.

— Nunca estive mais séria na minha vida.

— Nem fodendo! Tá louca? Eu não vou me humilhar para a minha secretária. — só pode estar louca mesmo.

— Sendo assim nada feito. Eu não vou pegar o celular e nós não vamos para Verona.

— É você que quer ir.

— Não faço mais tanta questão. Se você quiser ficar de boa comigo, você sair por aquela porta e vai pedir desculpa para a moça.

— De.jeito.nenhum. — falo pausasamente.

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— Érika me desculpe por aquela hora. Estava um pouco estressado. — Érika me olha como se estivesse vendo um extratereste e Giovanna ri atrás de mim. — Sua voz é linda. — nunca me senti tão humilhado em toda a minha vida. Isto é ridículo e eu não sei porquê estou o fazendo. Giovanna me paga.

— Tudo bem senhor. — Erika responde ainda sem estar muito confiante de que isto realmente está acontecendo.

— Tenha um ótimo fim de semana. — Giovanna fala para Erika antes de segurar minha mão e me levar em direção ao elevador.

— Satisfeita? — resmungo enquanto descemos.

— Muito. — Giovanna sorri e me dá um selinho.

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