Capítulo 20

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Pov Ítalo

Assim que deixo Giovanna em casa vou para a casa de Ellen.

Aquela idiota me chamou de cavalo!

— Você? — Ellen fala assim que abre a porta e me vê. — Hoje é domigo! Pelo amor!

— Posso entrar? — pergunto.

— Se eu disser que não, você vai embora? — permaneço calado a espera que me dê espaço para eu poder passar — Tudo bem entre. — sento no sofá maior e ela senta na poltrona de frente para mim. — Pode falar. Como foi a viagem?

— Ótima para dizer a verdade. Eu passei todo o tempo com Giovanna e gostei de ficar perto dela. Só fiquei irritado porque aquela incompetente da Erika não fez bem as reservas e acabamos por não ficar no mesmo quarto. — Erika me deu mais um motivo para poder demiti-la.

— Ok. Você gostou da viagem mas pela sua cara tem algo te incomodando. O que é?

— Em certos momentos eu achei tudo aquilo patético. Senti que não era eu ali. Vamos lá doutora não se muda da noite para o dia.

— Eu sei Italo. Mas você precisa continuar tentando.

— Eu ainda tenho vontade de causar sofrimento nela as vezes. Quando ela me desafia ou não quer fazer algo que eu mandei eu tenho vontade de a espancar. Eu cheguei em pensar em voltar a tranca-la no quartinho.

— E o que fez você querer fazer isso?

— O facto de que lá ela tinha medo de mim. Ela não sabia como eu era e só de ouvir minha voz já ficava aterrorizada.  Eu sentia que estava no controle. — eu estou em um conflito interno — Agora eu fico tomando cuidado para não falar nada errado ou fazer algo que possa acabando por afastar ela de mim. O quê que eu ganho em ser "legal?"

— Ela. Você ganha o amor dela de verdade. — Ellen fala e ainda que me custe admitir existe outro lado meu que gosta de como as coisas são agora. — Ítalo você gosta de estar no controle porque você tem medo que ela te deixe caso algo dê errado. Aí você tem esse pensamento de que se ela estiver presa não vai a lugar algum. As coisas não são assim Ítalo. Eu já falei que você precisa superar seu passado para viver o presente.

— Porque você insiste em tocar nesse assunto? — levanto do sofá — Foi um erro ter vindo falar com você. Aliás sempre foi porque você nunca ajuda em nada. Eu vou embora.

— Ítalo eu só estou tentando ajudar você. Depois de tudo o que você fez eu nem devia, mas cá estou eu insistindo. — abro a porta —  Você está tendo uma nova chance de fazer as coisas certas mesmo não merecendo. Não estrague tudo de novo.

Saio de lá com os pensamentos pior do que quando cheguei.

Vou para um bar e bebo até não poder mais para esquecer tudo pelo menos por um tempo.

Mas quando chego em casa lá está o motivo de todo meu tromento. Eu sei que eu amo ela. Não sei explicar como me sinto quando estou com ela.

Mas se eu a amo porquê ainda quero a machucar?

Aquela maldita me tornou em um monstro. Agora nem amar alguém como uma pessoa normal eu consigo.

Giovanna me ajuda a deitar e fico com uma pontinha de esperança que talvez ela possa me perdoar quando ela diz que não se importa do que aconteceu no passado.

Isso é porque ela não lembra. Se lembrasse não iria querer nem olhar na minha cara.

Acordo e vejo que dormimos juntos. Lembro da nossa conversa e das coisas que eu falei.

VendadaOnde histórias criam vida. Descubra agora