Capítulo 23

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Quando acordo de manhã ainda de olhos fechados toco o outro lado da cama mas sinto que está vazio.

Pego meu celuar e vejo que são sete da manhã. Ainda é cedo. Onde que o Ítalo foi parar?

Levanto e vou para o banheiro fazer xixi. Quando termino paro na frente do espelho e o estado do meu cabelo é deplorável.

Sorrio me lembrando da noite passada quando noto um roxo no meu pescoço. Vou para mais perto e vejo que tem vários outros. Meu deus Ítalo me marcou toda.

Levanto a camisa e vejo que estão por todo o meu corpo.

Deus! Eu vou matar alguém hoje.

— ÍTALOOOOOO! CADÊ VOCÊ? EU VOU TE MATAR!

Saio do quarto e vou a procura dele.

O encontro na cozinha todo vestido com seu habitual terno preto tomando seu café.

— Você me deixou toda roxa. — reclamo me aproximando.

— E o quê que tem? Você é minha. Não é como se estivessemos namorando escondido. — bebe um pouco do líquido em sua caneca. — Você levantou cedo. Pode voltar para a cama e dormir.

— Não mude de assunto! — falo aprontando o dedo na sua direção. — Como que eu vou sair com o pescoço assim? Tem roxo até na minha bochecha!

— Você não vai precisar sair. — afirma.

— Como não? Você não vai sair?

— Vou. Tenho um monte de reuniões hoje.

— Eu sou sua secretária. Tenho que te acompanhar.

— Não será necessário. Vai ter as secretária dos outros empresários. É só pedir para elas enviarem por email.

— Assim eu me sinto mal. Você evita ao máximo que eu trabalhe e depois você me paga. Isso não é justo.

— Você faz tudo o que é preciso ser feito por você. Apenas descanse hoje. Tome como um privilêngio por ser a mulher do chefe.

— Você já me enche deles. — falo revirando os olhos e cruzando os braços.

— Não fique chateada. Talvez eu demore um pouco para voltar, mas quando eu chegar vou fazer o que você quiser.

— Qualquer coisa? — pergunto semicerrando os olhos.

— Qualquer coisa.

— Até assistir todos os filmes da barbie comigo? — arqueio uma sobrancelha.

— Até assistir todos os filmes da barbie com você. Agora preciso ir. — vem até mim e beija minha testa — Já sabe se precisar de qualquer coisa é só me ligar. E não saia daqui.

— Tem certeza que não precisa que eu vá com você?

— Tenho. Se cuida. Te amo.

— Também te amo.

Ítalo se vai e olho para o grande apartamento soltando um suspiro. Vai ser uma seca ficar aqui sozinha.

É impressionante como já estou acostumada a ficar todo o tempo com ele. Nem faz um minuto que se foi e já sinto sua falta.

Sempre sonhei em encontar o amor da minha vida mas nem nos meus sonhos pensei que poderia amar tanto assim uma pessoa.

Tudo bem que ele é estranho e sombrio as vezes, mas ninguém é prefeito. Eu acho que posso aceitar sua maneira de ser. Ele até já está mais carinhoso.

Agora entendo porquê me mudei do Brasil.

Só não entendo porquê não o mudei antes pois quando acordei naquele hospital o Ítalo que conheci é muito diferente do de agora.

VendadaOnde histórias criam vida. Descubra agora