Capítulo 21

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Um mês depois.....

Eu não quero entrar na água. Está  fria.

— Tá nada. Vem você vai ver. — Ítalo tenta me convencer a entrar na piscina.

Eu comecei a trabalhar com ele já tem um mês e as coisas não poderiam estar melhores. Nós criamos uma rotina juntos e eu finalmente sinto que minha vida entrou nos eixos.

Nós levantamos de manhã, nos arrumamos, tomamos café juntos e vamos para empresa. Almoçamos em um restaurante perto da empresa e  depois voltamos. Eu custumo voltar mais cedo para poder ter as minhas aulas. Quando elas estão a acabar Ítalo chega.

As vezes eu faço o jantar e as vezes ele faz. Ele cozinha bem. Nos fins de semana fazemos compras e comemos fora. Fomos ao cinema e ele me levou para passear. Aos domingos costumamos ir a igreja pela manhã e passamos o resto do dia em casa.

Ainda sinto muita falta da minha mãe mas estou tentado conviver com a perda.

Cada dia tenho mais certeza que estou apaixonada por Ítalo e de que ele é o amor da minha vida. Acho incrivél como me apaixonei por ele antes e agora me apaixonei de novo.

Sempre que nos beijamos as coisas acabam esquentando e sinto um enorme incomodo no meio das minhas pernas. Eu fico excitada e nós paramos. Eu sei que ele também fica pois vejo seu volume nas suas calças. Mas de alguma forma, sinto não estar pronta para avançar.

Eu acho fofo o facto de ele não ter apressado nada mesmo eu não sendo mais virgem.

Minhas memórias continuam sem voltar. Meus sonhos pararam. Graças a Deus. Agora também já não faço tanta questão que minhas memórias voltem, afinal criei novas com Ítalo.

Levanto e sento na roda da piscina. Ponho só os meus pés na água. Eu sabia! Não está nada quente.

Ítalo nada até mim e se coloca no meio das minhas pernas.

— Já que você não quer entrar eu posso pelo menos ganhar um beijinho?

Me abaixo para poder lhe dar um selinho e ele me puxa para dentro da água. Solto um gritinho e rapidamente me agarro no seu corpo.

Nadamos um pouco e eu fico agarradinha nele o tempo todo. Não sei nadar muito bem. Passo meus dedos por suas cicatrizes e me pergunto como ele as consegiu mais uma vez. Ele tem muitas. Algumas parecem queimaduras. Sempre as vejo mas nunca perguntei como ele as conseguiu. Estou meio insegura. Pode ser um assunto delicado do qual ele não gosta de falar. Por outro lado, se não perguntar vou ficar na curiosidade para sempre.

— Como você as consegiu? — pergunto cautelosa tocando uma das cicatrizes com carinho. Ítalo permanece calado observando o movimento dos meus dedos.

— Outro dia eu te conto. — ele responde depois de um bom tempo em silêncio. Acho que ele estava pensando se devia ou não me contar. Como eu pensei, a resposta foi não. O clima fica meio tenso e em um momento de distração, ele me joga na água.

Saio da piscina zangada e vou a procura de uma toalha para me secar. Entrou água no meu nariz. Isto incomoda muito. Não demora para Ítalo também sair da piscina.

— Não acredito que você fez aquilo! — reclamo vendo Ítalo caminhar até mim enquanto eu seco meu cabelo depois de ter encontrado a bendita toalha.

— Deixa de drama. Você precisava dar uma mergulho. E, sei que adorou ficar agarradinha em mim. — Ítalo diz com um ar convencido e com um sorriso presunçoso nos lábios.

— Eu posso até ter adorado, mas agora, só quero ir lá para dentro e ficar deitada. Nadar cansa. Estou exausta.

— Eii, nem pense nisso! — Ítalo advertiu chegando em mim. — Eu tenho planos mais interressantes. — ele rodeia minha cintura com suas mãos. — Aí sim pode crer que você vai ficar exausta.

VendadaOnde histórias criam vida. Descubra agora