A irmã de Deus

Uma Escolha Errada

Aquilo era no mínimo estranho, havia calor e a luz invadia o ambiente, o sol não havia sido engolido pelas trevas? Porque estava brilhando? O clima naquele lugar era agradável, limpo e bem organizado, o cheiro de lavanda invadia o ambiente e sentada bem ali no sofá logo a frente dos aventureiros estava aquela criatura que eles haviam encontrado mais cedo, ela faz gesto para que eles se sentem na poltrona confortável logo a frente; havia um chá apoiado na mesa para cada um.

— Por favor, tomem. Vai fazer bem para o corpo de você. —

A criatura não demonstrava intenções assassinas e seu sorriso era gentil apesar da sua aparência assustadora; o paladino que esse tempo todo havia seguido os aventureiros se mantinha por ali, estava sendo ignorado pela anfitriã e pelos aventureiros fazendo o homem se sentir um tanto frustrado pela situação que ele se encontrava.

— Sejam bem vindos...

Um pequeno gato negro caminhava pelo chão enquanto se esfregava nas pernas dos aventureiros.

— Fico feliz que após tantos anos alguém finalmente chegou nesse lugar. — Ela olhava nas profundezas dos olhos dos aventureiros.

— Jovem, por que você carrega a Amara com você? —

Ela pergunta para Infectum fazendo instantaneamente o paladino que ate o momento se mantinha neutro queimar em fúria, apesar dele se controlar o olhar do servo da igreja olhando para Infecctum brilhavam de raiva; aquela mulher, no entanto não demonstrava ódio, porém, caso Infecctum desse uma resposta errada estava claro que ela iria mata-lo, naquele momento Ask era o único que a anfitriã se manteve neutra, aquilo era nitidamente um teste para Infecctum.

— Você planeja liberta-la? — 

Nesse momento Infecctum estava diante uma situação bem complicada, se ele não concordasse ele teria problemas com Amara, caso ele aceitasse ele teria problemas com o paladino; e no meio de tudo aquilo a reação daquela mulher era completamente desconhecida a qualquer resposta sua.

Em apenas alguns segundos aquele gato negro se moveu pelo centro da sala se sobrepondo sobre o tapete de lã no centro da sala e saltando no sofá se equilibrando sobre o ombro daquela mulher, os olhares do felino olhavam para Infecctum e para Askarath com seus olhos abertos como uma lanterna que conseguia ver através da alma dos aventureiros.

O clima começa a esquentar quanto ao olhar do paladino que só é profanado pela voz de Infecctum diante o silêncio.

— Nesse caso senhor. —

Ela diz quando Infectum disse sobre o poder do cristal em prender ou libertar a escuridão, porém antes que pudesse continuar, Infectum proferiu que se assim fosse a vontade de sua Deusa ele libertaria a escuridão.

— Entendo. —

O paladino queimava de raiva ainda mais após os insultos de Infecctum.

— Desgraçado.

Diversas correntes douradas invadiam o ambiente e se espalhavam por toda extensão, nesse momento ninguém jamais conseguiria tocar naquele paladino protegido por milhares de correntes.

— Eu me certificarei de acabar com você! —

O paladino murmurava algo como uma oração. Infectum nem mesmo havia conseguido continuar com seu diálogo quando todas as correntes (aproximadamente 10) foram enviadas em sua direção visando acertar o seu peito; até mesmo para Askarath não conseguia se mover pois estava no meio daquela prisão que mais parecia uma prisão onde qualquer movimento brusco poderia lhe custar a vida.