- Vai volta mais tarde?- Encarei a loira e neguei vestido minha roupa.
Paiva: Desculpa meu amor... Mas eu tenho coisas mais importantes.- Sorri para ela que não tinha expressão. Ela deu de ombros deitando na cama e eu dei uma olhada em seu corpo.
Sair da casa da loira já metendo o pé pra casa. Quando cheguei, só tomei um banho e cair na cama.
(...)
Abri os olhos e respirei fundo. Meu celular não para de toca, peguei ele de baixo do travesseiro e logo atendi.
Ligação onn:
- O que é, porra? L7: sinuquinha apostando, bora? - tá de sacanagem? Me acordou pra isso? L7: dez mil e um desafio. - Cabelinho vai jogar? L7: Urrum. - Tô brotando.
Ligação encerrada.
Desliguei na cara dele mesmo. Tava no sono mó bom, aquilo ali era o paraíso.
Levantei pique ligeiro. Tomei outro banho e sair procurando uma roupa daora. Vesti e logo coloquei meus cordões pratas e dois anéis. Coloquei meu boné. Coloquei a pistola na cintura e sair do quarto com o celular em mão.
Peguei as chaves da minha bebê, XRE 300. Sair de casa comprimentado os caras e meti macha pro bar do seu Maurício.
Parei do outro lado da rua vendo a movimentação. Já tá no finalzinho da tarde, porém tá com um solzão. O bar do seu Maurício tá cheio, principalmente de traficante.
Meu olhar parou do Cabelinho que falava com a Bella. A cara da morena não tava nada boa o que fez me tira algumas risadas.
Desci da moto e andei até o bar recebendo alguma olhares. Comprimentei algumas pessoas e logo fui no l7 que mexia no celular.
Paiva: Qua foi? Tá sentando por que?
L7: Oxe, tava te esperando meu compassa.- Ser levantou e eu ri.- O Cabelinho, bora meu fi.
Cabelinho veio até nós e fez toque comigo.
Paiva: Faz três dias que eu não te vejo. Tava fazendo o que seu pau no cú?
Cabelinho: Sabe como é, boy. Tava resolvendo uns bagulhos aí.
L7: Dormiu com a Bella, no outro dia saiu com ela e só voltou ontem.
Cabelinho: Tu é um filho da puta, né?
Paiva: Hum... Cansa dessa Bella não? Menina nem da moral pra tu.
Cabelinho: Vocês são chatão.
Paiva: Tá, bora começar essa porra logo. Tô prontinho pra massacra vocês.
(...)
Cabelinho e Maneirinho ganhou. Ser isso for algum castigo de Deus por não ser um bom homem, eu irei mudar hoje.
Não é possível isso, cara.
Cabelinho: Quero os vinte cinco na conta.
Maneirinho: Já tenho até o desafio pra tu, L7.- Riu.
L7 me olhou e eu dei de ombros me encostando na mesa da sinuca.
Paiva: Tu que inventou, vai pagar.
L7: Tá de sacanagem?
Olhei para o Maneirinho.
Paiva: Me dá essa Ju aí.- Peguei a Juliete- Agora tira uma foto minha aqui.
Cabelinho: Mano, sua autoestima me assusta as vezes.
Paiva: Oxe, só tô tirando uma foto.
Cabelinho: Paiva, você tira foto toda hora.
Paiva: O que é bonito tem que ser mostrando, Cabelinho. Coloca isso na sua cabecinha.
Escutei meu rádio tocando e peguei.
Paiva: Solta a voz.
- Barão tá subindo aí, chefe.
Fechei a cara. Odeio que venham na minha favela sem avisar.
Paiva: Pode pá.
L7: O que veio fazer aqui?
Paiva: Faço nem ideia.- Cabelinho olhou para Bella que estava mexendo no celular com uma mochila na costas. Ele fez uma cara que eu não consigui desifra.
Paiva: Já sabe o que fazer?- Maneirinho concordou saindo com o radinho na mão. Quando tem umas pessoas dessa no meu morro, mando o maneirinho preparar os caras. Ninguém sabe que horas ou quem pode arma um bagulho pra cima.
Um carro todo preto parou na frente do bar e eu fiquei observando. A porta do motorista abriu e logo as outras três. O barão foi o primeiro a sair, logo o Ret... Pera. O Ret? Meu olhar já foi procurando ela.
Meu olhar caiu sobre a morena do cabelo todo trançado. Engoli em seco vendo ela fala com a Anna e logo corre em direção a Bella.
Meu coração começou a bater mais forte só de ver essa mandada. Merda!
Olhei para os moleques que me olhavam.
Paiva: Sabiam disso?
Eles negaram e eu concordei indo até o balcão.
Paiva: Aí meu chefe. Me ver uma bebida mais forte que tu tive aí, namoral.- Seu Maurício só concordou. Olhei para trás vendo o l7 e o Cabelinho conversando com o chefe o resto do pessoal.
Não sei o que foi que todos olharam para mim. O olhar da Medusa caiu sobre mim, e o sorrio lindo que estava em seu rosto murchou quando ela percebeu que eu a encarava. Travei o maxilar e virei o rosto.
Seu Maurício: Aqui, filho.- Coloquei a nota de cinquenta no balcão e peguei o copo virando de uma vez. Bati o copo no balcão e fiz careta.
Paiva: Fica com o troco.- Sair pelo o outro lado do bar indo em direção a minha moto.
Subi na moto e nem fiz questão de olha, papo reto. Só meti o pé dali.
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