capítulo 19

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Lua Mendes 🪬

Passamos mais de vinte quatros horas dentro  daquela salinha embaixo da terra. A invasão acabou quando o meu pai abriu a portinha fazendo eu quase atira nele.

Medusa: Quem são? Porque isso do nada?!

Barão: Eu não sei, eu não sei!- Repetiu mais uma vez.

Medusa: Eles foram para pegar eu e as meninas. O Theo está no meio, pai!- Ele passou a mão no rosto e eu suspirei.- Nem uma suspeita?

Barão: Não...

Medusa: Então o que vamos fazer? Qual a chance de isso acontecer de novo? Giulia e Anna com o Theo não estão mais seguros, pai. Eu sei me proteger, eles não!

Barão: Eu vou dá um jeito. Eu vou pensar, Medusa... Só me dá um tempo, por favor.

Concordei e me levantei.

Barão: Direito pra casa, só te peço isso.- Não disse nada. Só sair da sala e respirei mais fundo que tudo.

Minha cabeça está doendo, e estou morrendo de vontade de vomitar.

(...)

Vomitei tudo que tinha pra vomitar. Encostei a cabeça no vaso e fechei os olhos.

Flashback on:

Davi segurou meu cabelos e eu vomitei mais ainda.

Sentei no chão fraca e fechei os olhos sentindo as lágrimas descendo pela minhas bochechas.

Davi: Que isso, amor...- deu descarga e tentou me levanta mais eu não deixei.

Lua: Me deixa...

Davi: O que aconteceu, cara? Me explica, fala comigo.- Sentou na minha frente e segurou meu rosto. Abri os olhos ainda chorando.- Me diz o que está acontecendo, pelo amor de Deus!

Lua: Eu estou grávida, Davi... Eu estou com um bebê no útero.- Falei entre o choro e os soluços.

Davi não teve reação nem uma a não ser o puxão que ele deu fazendo eu cair no meio dos seus braços. Davi me abraçou e eu me senti segura ali...

Davi: O minha vida... A gente vai dá um gente... Eu prometo! - Ele beijou minha cabeça e eu apertei sua blusa.- Vai ser nós contra o mundo sempre...

Ágatha: Mamãe!- Escutei a voz fina e os passinhos rápido. Me afastei do Davi limpando meu rosto. Davi ser levantou e logo em ajudou.

Ágatha entrou no banheiro e me abraçou. Ela estava com a roupa da creche e a mochila nas costas. Peguei ela no colo e a beijei escutando seus risos.

Lua: Como foi a escola, amor...- sair do banheiro com ela que fala tudo e mais um pouco.

Sentei na cama com ela e olhei para o Davi que saiu do banheiro. Ele andou até a gente e ser sentou do lado da Ágatha.

Davi: Tagarela do papai...- Beijou ela que soltou uma risada gostosa. E eu sorri.

Flashback off.

Giulia: Lua, levanta desse chão.- Segurou meus braços e tentou me levanta.

Medusa: Me deixa em paz, Giulia...- Tentei me solta dela.- Giulia deu descarga e tentou me levanta novamente.- Me deixa, Dantas!

Ela me soltou e eu continuei com a cabeça apoiada no vaso sentido a vontade de sumi me consumi. A culpa era a única coisa que passeava na minha mente. A dor apertava meu peito cada vez mais fazendo eu me senti sufocada.

Giulia saiu do quarto minutos depois e logo voltou.

Barão: Levanta, Lua...- senti as mãos do meu pai sobre meus braços e eu comecei a me debater.- Lua, Lua, Lua, filha!

Medusa: Me solta! Me deixa em paz!- Me afastei dele e me arrastei até o canto da parede e abracei minhas pernas chorando. Giulia chorava atrás do Barão que me encarava com um olhar que eu não sabia decifra.- Sair daqui! Me deixam em paz, porra!

Barão: Lua...

Medusa: Por favor... Só me deixem só...- Não tinha mais forças para grita. Só sabia chora nesse momento.

Anna: Que vocês estão fazendo?!- Entrou no banheiro.- Saem, porra!- Saiu empurrando eles e logo em olhou- Estaremos aqui fora...

Ela fechou a porta e eu me encolhi mais ainda escondendo meu rosto no meio das minhas pernas.

(...)

Acordei sentindo minhas costas doer. Abri os olhos e vi que estava no banheiro. Apoei minhas mãos na parede e me levantei. Lavei meu rosto na pia e escovei os dentes.

Andei até a porta e abri dando de encara com o meu pai dormindo na minha cama e a Giulia no seu peito. Sorri de lado e sair do quarto.

Desci as escadas correndo e andei até a cozinha. Anna estava sentanda ajudando o Theo a comer.

Anna: Bom dia... Como você está?

Medusa: Não quero conversar sobre isso.- Ela me encarou- Sobre hoje não.

Anna: Certeza? Você sabe que guarda para si não vai ajudar em nada.

Medusa: Ser não for impossível. Quero que todos fingiam que nada aconteceu. Me sinto mais confortável assim.

Ela suspirou frustada e só concordou.

Desculpa família... Esse é meu jeito de lidar com o passado e meus traumas.

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