Pré-revisado, boa leitura.
Festa da discussão
Os dias se passaram rápido, Jericho estava feliz em ajudar na biblioteca e até mesmo pensava em um emprego fixo de amplo período após o nascimento da criança, se antes estava pensando em abortar, depois daquele azar em ver tantas grávidas e estar com o livro nas mãos a culpa meio que a atingiu em cheio, no fundo sabia que era livre para escolher e que se o tempo passasse demais não teria mais jeito. A lilás separou a roupa e as coisas que usaria, uma vez que Guila já estava pronta para o aniversário de Verônica e após um tempo dentro do banheiro compartilhado e terminando de se arrumar saiu confiante de que a noite seria no mínimo divertida, desde que se não se importasse com o fato de que Ban provavelmente estaria por lá.
-- E então? -- Deu uma volta, usava um vestido levemente folgado dois dedos acima dos joelhos na cor preta de ombro a ombro, nos pés sandálias de frente quadrada e salto de cinco centímetros e uma bolsa de ombro redonda e pequena. Estava linda e discreta.
-- O pai da sua criança vai surtar! -- Guila comentou deixando-a constrangida, a maquiagem de Jericho era simplesmente destacando os lábios com um pouco de gloss incolor os cabelos foram repartidos para o lado e feito ondas com o babyliss sendo parte dele presa atrás da orelha direita, usava brincos de ponto pequeno na cor dourada e nada mais.
-- Não vai não Guila. Ban nunca se importou com minha aparência ou qualquer outra coisa ao meu respeito e agora sei por que, ele só me vê como um sexo casual e fácil ao qual nunca foi negado. -- Suspirou sentindo os ombros pesarem.
-- Então azar o dele, pois, eu aposto que com essa roupa você vai atrair bem mais atenção do que deve. -- Guila sorriu.
-- Espero que não, sinceramente só quero uma noite normal de diversão entre conhecidos e me senti comum sem tantas responsabilidades, mesmo que eu não as esqueça ou seja capaz de deixar de lado. -- Suspirou e a morena alisou as costas alheia:
-- Jericho você tem que contar, olha só a carga emocional que está absorvendo sozinha. Mesmo que eu esteja aqui te dando apoio não acho certo que carregue esse fardo sozinha.
Guila afirmou e sim, um filho quando não planejado e sem o apoio ou o acompanhamento devido pode vir a se tornar um fardo, uma vez que mães também são seres humanos falhos que podem e devem pensar em si mesma, pelo menos uma vez. A lilás riu de lado se sentando na cama e apertando a colcha.
-- Não é nada fácil imaginar essa conversa. Eu tenho visto e revisto esse momento das mais diversas vezes e só consigo pensar de maneira catastrófica, como se em todas elas Ban deixasse claro o quanto repudiava essa ideia, veja bem Guila, eu já estou me preparando mentalmente para isso. Não é o medo da rejeição que me impede e me trava na hora de falar, afinal ele não planejou ter um filho comigo e justamente por isso tento entender como vou começar essa conversa.
-- Ban não é obrigado a ter responsabilidade alguma com meus sentimentos afinal foi só uma transa, porém, querendo ou não essa criança é dele e disso eu sei que ele não pode escapar.
-- Eu acho que pensa demais, se o tal Lincourt te visse dessa forma não ficaria tão desesperado na porta da enfermaria. Tenho pra mim que ele quer bem mais do que isso com você, só que é um idiota em não perceber. -- Deu de ombros e a lilás suspirou, não queria se prender ou sequer cogitar essa hipótese, já estava até pronta para um futuro próximo onde criava o bebê sozinha e longe de qualquer receio, até mesmo imaginou os tabloides e o próprio Ban chamando-a de oportunista quando na verdade só estava perdidamente apaixonada.
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Duas listras | Ban
RomanceEla encarava as duas listras com descrença, sentindo o peito doer. Como raios deixou aquilo acontecer? Tinha certeza de que se protegeu e agora para piorar tinha que lidar com mais de um problema, prestes a entrar para a liga das paladinas via o se...