Dominantes - A Guerra de Port Royal livro 2 - Cruzada

Bellamy enfrenta o rei sem coroa! Baduzones contra...?!

Turgut Reis. Seu apelido era "O rei sem coroa" dado ao seu domínio absoluto do mediterrâneo. Indo até seu amigo Barbarossa, lhe deu um pequeno baú.

- Isto eu obtive recentemente e acho que ficará melhor com você. - Diz Turgut.

- Ora, ora, Dragute... - Barbarossa sorri, dizendo o nome verdadeiro do descendente de Kostopoulus. - Diamantes? Obrigado. Mas já lhe disse que sua dívida comigo está mais do que paga.

- Ter me liberto da escravidão quando caí em desgraça vale mais que qualquer dinheiro do mundo, amigo. Estarei torcendo para que vença.

Bellamy colocou um canhão na arena. Turgut não podia acreditar, muito menos a platéia. Dando os ombros, ao ter o gongo soando, Bellamy acende o pavio. Turgut se joga em cima do canhão, girando as pernas em um ataque mirando no rosto de peitoral do adversário.

Bellamy segura um dos pés de Turgut e dispara no mesmo. Pulando para trás de dor, fica na reta do canhão. Se jogando para o lado, sente o raspão da bola de metal quente desfigurando as costas de sua camisa. Bellamy não parou, sacando sua espada e avançando no alvo em desequilíbrio. Turgut se joga no chão, usando suas pernas para derrubar o oponente e chutar sua espada para longe.

No entanto, ao subir nele para lhe dar um soco, fora surpreendido por um murro no peito tão forte que desritmou seu coração. Bellamy havia mirado no seu esterno. O murro seguinte foi na cara de Reis, que acabou caindo para trás.

O tripulante de Barba Negra aproveitou para atirar de novo. A primeira bala acertou o chão, visto que Turgut avançou em Bellamy. Todavia, o segundo tiro foi no peito, e o terceiro na cabeça.

Turgut Reis estava morto.

A platéia estava mista. Vaias e palmas se misturavam numa oscilante cacofonia. Barba Negra sorriu orgulhoso.

- Ignore os frescos, matar sempre foi permitido. - O capitão o elogia.

Hornigold engoliu seco. Aquele torneio estava mudando o mundo. O rei sem coroa caiu, o rei do gelo morreu e as águas do mediterrâneo entrariam em caos entrópico com a queda de Turgut.

Baduzones fora sorteado. Sua tripulação olhou ansiosa para a tela de sorteio. Alguns piratas mais experientes, que já ouviram boatos sobre o famoso "destruidor de Alshar" ser um antigo tripulante de Barba Branca ficaram curiosos se ele herdaria o posto do seu antigo capitão.

Barba Negra suou frio. Claro que ele sentia poder vencer, mas não era nem de longe sua primeira escolha de inimigo.

- Te vi pela última vez naquele caos do leilão. - O obeso provoca. - Não foi lá muito útil.

- Eu fiz o que pude, ao contrário de metade deles que paralisaram. E agora é hora de me vingar por terem me prendido aquela vez.

- Nem lembrava disso. Coisa do outro livro, né? - Brincando de quebrar a quarta parede, Baduzones se alonga.

- Duvido que encoste sequer um dedo em mim. Evoluí bastante, barril de pernas.

- Que tal uma aposta então? Eu digo que em dez segundos te venço, você aposta que não consigo encostar em ti.

- Okay. Que tal apostar isso aqui? - Revela uma bala brilhante estranha. - Seu amigo Förogo me ajudou com umas coisinhas nesses últimos meses. - Ao citar o nome do antigo amigo, Teach recebeu um murro vindo em sua direção. No entanto, desfez seu corpo em fumaça. - Esse é um nível totalmente diferente de antes, posso moldar meu corpo com a fumaça e usar esse poder com muito mais liberdade.

Teach aumenta a fumaça para duas dezenas de metros, fazendo seu corpo se remodelar somente na parte superior do montante de fumaça. Sorrindo, molda seu poder em pontas e dispara uma chuva de lanças em Baduzones. Usando aura de Muladhara, o pirata irlandês facilmente se defende. No entanto, ao cair no chão, as pontas viram uma espécie de língua de sapo, pegando as pernas de Baduzones e se enrolando nelas. Por estar de armadura de aura, não se preocupou, entretanto quando as cordas grudentas explodiram e desfizeram a armadura, esbugalhou os olhos.

E Teach jamais deixaria uma brecha dessas ser em vão.

Quando a bala perfurou o coração de Baduzones, Victor gritou com toda sua alma, em profundo desespero. Hornigold sentiu que havia cometido um terrível e abominável erro ao tentar escolher aquele homem como seu aluno.

Teach então usa a chuva de lanças e atravessa por completo o corpo do pirata obeso. Mesmo usando sua aura para se regenerar por instinto, não podia esperar o golpe seguinte.

Disparando seu próprio corpo com a fumaça, Teach decapita Baduzones.

A platéia inteira se levanta, incrédulos com a crueldade e frieza sem limites de Barba Negra. Rindo, ele levanta os braços, com a espada ensanguentada e pisando na cabeça do irlandês.

Hebad Uzones, mais conhecido como Baduzones, nasceu na Irlanda, junto com seu irmão Hebad Victor. Seus genitores, que não desejavam as crianças, lhes deram o maldoso nome HE BAD como punição. Na primeira dificuldade, com eles ainda crianças, os venderam para um O'Malley, que os escravizou.

Os anos que passaram ali foram de abusos mentais, físicos e sexuais constantes, humilhações e degradações rotineiras e experiências tão traumáticas que eles não poderiam esquecer. Certa noite, Grace O'Malley mata seu pai e liberta os dois. Sendo adotados por uma família amorosa, se tornaram dois grandes homens.

Baduzones queria ver o mundo. Trabalhando como açougueiro, juntava dinheiro para seu pequeno navio. Visitou inúmeras ilhas, formando uma tripulação que o respeitava e admirava, mesmo que o mundo o difamasse injustamente, ele não ligava. O que importava era sua vida, sua rotina. Se idiotas no jornal iriam acusá-lo disso ou daquilo, o que importava era o que ele fazia e era de fato.

Sua vida teve ligação com inúmeros piratas. Desde o Grão Duque do Crime aos reis piratas que o prezavam pela sua força e caráter.

As maquinação de Jean Lafitte para conseguir o trono iam a todo vapor, mas somente naquele instante ele cogitou desistir de tudo. Confiava no poder de Baduzones, poderia até lançar toda a organização contra ele que eles levariam muito tempo para pegá-lo mas...

Agora ele estava morto.

O narrador engasgou, o coração dos que conheciam Baduzones apertou e seus gritos foram mais altos que trovões, ecoando ainda mais estrondosamente devido ao silêncio da platéia em choque.