Depois de se despedir brevemente de suas irmãs e de Mariana, Cecília me abraçou mais uma vez. Como combinado Juan, Fernanda e Rô à levariam para o aeroporto.Meu filho também se despediu antes de sair, pois não retornaria para a casa, passaria o resto do final de semana com o pai.
Depois que saíram, Mariana e eu pegamos vinho e taças, e seguimos para o sofá da área externa.
- Poderia ter ido com eles - Fala assim que sentamos.
- Sim, porém eu choraria novamente ao me despedir.
- E qual seria o problema? - Pega minha mão e coloca a dela sobe.
- Lembra o que falou!? - Encosto minha cabeça no seu ombro.
- Sobre o quê?
- Sobre minha filha se preocupar comigo..
- Ana, digo por experiência própria que é normal filhos se preocuparem com os pais. - Afaga a minha mão.
- Eu sei, mas temia deixar minha filha triste em me ver dessa forma.
- Você não precisa ser sempre forte - Dá um beijo na minha cabeça, em seguida limpa a lágrima que havia escorrido pelo meu rosto. - Não quero vê-lá chorar - Se levanta, e me puxa junto - Venha, dance comigo.
- Agora? Sem música?
Sorrio quando sua resposta é começar a balançar em um ritmo bobo.
- Imagine que estamos ouvindo Soldado del amor - Canta a pleno pulmões. - Amar es jugarse la vida...
Sua energia me contagia e faz com que eu dance, pule e cante à canção.
Nos aproximamos, passo a mão pelo seu pescoço e Mariana coloca as mãos ao redor da minha cintura.
- Obrigada por estar comigo - Digo em agradecimento.
- Obrigada por me deixar ficar - Beija a ponta do meu nariz, e me abraça forte.
Durante meu casamento com o Juan Carlos tivemos muitos momentos bons de carinho e amor, entretanto, nossa relação foi construída através de controle e bloqueios emocionais. Com a Mariana é diferente, - sempre foi -, ela faz eu me sentir leve e ouvida, o nosso relacionamento estava sendo transformador.
- Vamos entrar? - Pergunta.
- Vamos!
A casa estava silenciosa, subimos as escadas e passamos no quarto das meninas, ambas dormiam serenamente. Ficamos observando-as por alguns minutos, era bom ver as duas juntas.
- Passaria a noite toda velando o sono das duas - Mariana sussurra.
Viro para o lado e à vejo bocejar, era nítido o quanto estava cansada, afinal tinha feito uma longa viagem para chegar aqui.
- Uma próxima vez - Pego sua mão, e sem nenhuma resistência por parte dela, à levo para o meu quarto. - Realize sua higiene, enquanto preparo a cama para dormimos - Concorda com um acenar de cabeça.
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Eu já estava deitada quando a morena sai do closet. Ela apaga a luz do abajur e deita no espaço vazio, ficando frente a frente comigo.
Após uma troca de olhares significativos, rompe o silêncio:
- Não dormimos juntas desde que terminamos o relacionamento fake - Relembra. - Posso te confessar uma coisa?
- Claro.
- Eu não terminei com o Ferran só por causa da mentira.
- Não?
- De início acreditei que tinha sido, ao longo do tempo percebi que não foi somente por isso.
Não me vejo no direito de perguntar e nem é preciso, porque logo Mari continua:
- Todos os dias quando estávamos juntos, eu me convencia que ele era a pessoa certa e reafirmava os meus sentimentos. - Diminui a distância - Porém, quando chegava a noite, eu procurava a calmaria dos seus olhos azuis, à imaginava deitada do meu lado. E quando adormecia, sonhava com você - Faz um afago na minha face. - Sabia que estava enamorada por ti, mas fiquei com receios de me declarar.
- Por quê?
- Nossa amizade estava abalada, tive medo de perde-lá para sempre.
- Posso confessar algo também? - Questiono.
- Sí, mi amor.
Mordo os lábios antes de começar, nada me impede de falar em voz alta o que acontecerá, pois somente de olhar para a Mariana sinto que posso confiar plenamente à ela os meus sentimentos
- Na primeira noite que dormi sozinha, após terminarmos, eu chorei, muito - Digo, enquanto me fita. - E no dia posterior, confessei para a minha família que estava apaixonada por você.
- Desculpa - Retribuo o carinho no seu rosto.
- Eu deveria me desculpar, afinal também causei a mesma dor em você quando a coloquei para fora da minha casa, mais de uma vez.
- Ok, o que acha de esquecermos as nossas mágoas do passado? - Coloca a mão sobre minha cintura.
- Para mim seria incrível.
Sem aviso, Mariana rapidamente sela nossos lábios. Ao nos separarmos, eu pergunto:
- Eu te amo, quer namorar comigo?
- Como assim? Já estamos namorando.
- Sim, mas você ainda não usa isso - Levanto, abro a gaveta da mesinha ao lado, busco pela caixinha preta, e à entrego. - Espero que goste. - Fico a observando, Mariana é tão bela.
Sua fisionomia se expande ao abrir a caixinha e ver o anel que estava dentro, então percebo que ela gostou.
- Ana!! - Olha em meus olhos. - É lindo.
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NOTAS: Oii, para quem está desde o início, e para os que estão chegando agora.
Li alguns pedidos para que os capítulos fossem mais longos, acreditem eu queria fazê-los, porém minhas férias estão quase no fim. Então não conseguirei postar com tanta frequência, e muito menos cap grandes, até pq escrevo mais duas fics (uma GIRAFA e Gretson) - inclusive se tiverem oportunidade vão ler haha.
É isso! Espero que continuem lendo, e não estranhem quando as atualizações diminuírem, posso demorar mas n vou deixar de att.
O hino soldado del amor pós beijo Maryana rs
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Que Pase y Ya - Maryana 🔐
RomanceMuitas vezes uma amizade se transforma em amor. Era o que havia acontecido com Ana e Mariana. Para aqueles que sentiram falta de um desenvolvimento romântico entre Ana e Mariana.