Time after Time

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Acordo com o toque do despertador. O desligo, bocejo e viro vagarosamente afim de não acordar Ana que estava dormindo.

Como sempre, estávamos partilhando o mesmo travesseiro. Nossos corpos estavam tão próximos que pareciam que tinham sido colados.

Apoio o cotovelo no colchão, e elevo a cabeça com a mão. Utilizo o pouco tempo que tenho para observar a serenidade e beleza dela.

Como pode uma pessoa ficar cada dia mais linda?!

- Terê não te ensinou que é feio ficar encarando as pessoas? - Diz me assustando.

A loira abre os olhos e me fita.

- Sim, e também me ensinou que toda obra de arte tem que ser apreciada.

Minha fala faz um leve rubor toma suas bochechas, sorri.

- Guapa. - Sussuro, enquanto deixo um carinho pelo seu rosto.

- Está na hora de levantarmos? - Questiona.

- Temos mais cinco minutos.

Abraça minha cintura, ficamos frente à frente, e com as cabeças coladas.

- Eu adoro esses cinco minutos. - Aperta meu quadril.

Todas as manhãs, desde que eu voltará de Tijuana, tínhamos esse momento juntas. Na qual ficávamos coladinhas, falando como seria o dia, o que as meninas fariam, ou apenas trocando olhares... Chamávamos de cinco minutos de chamego.

O despertador toca mais uma vez, mas agora era o dela. Ana me solta o suficiente para que possa desligar.

- Queria ficar com você o dia todo nessa cama. - Digo, e à puxo para cima de mim.

Seu corpo cobre o meu, do modo que nossas faces ficam a centímetros uma da outra. Me estico para selar nossos lábios, e nos separamos o suficiente para que recomponha a respiração e volte a me beijar. A mulher se aproxima e une novamente as nossas bocas. Os lábios se abrem para que eu possa adentrar minha língua, quando o faço, e encontro a dela, escuto Servin gemer. Passo a mão pelo o seu corpo, prolongo o afeto deferindo selinhos em sua boca. E suspiro ao nos separarmos.

- Preciso de um banho. - Se levanta.

- Não .. - Tento pegar sua mão.

- Não se preocupe, vamos ter a noite toda. - Me olha do jeito mais Ana possível.

- Posso ir com você? - Levanto.

- Não se quiser ir trabalhar hoje. - Semicerra os olhos, sai andando.

Antes que possa ir para o banheiro, corro e abraço à por trás. Sinto segurar minhas mãos em torno dela.

- Esperarei ansiosamente pela à noite. - Respondo.

- Eu também, mi amor.

E assim, o dia se inicia. Nos dividimos com as meninas, deixando-as prontas para a escola. Descemos e tomamos café em família, com a companhia de Rô. Sentada ao lado de Ana, percebo como nossa rotina estava cada vez melhor.

(...)

O trabalho habitualmente é sossegado, mas hoje foi uma correria. Tanto, que somente tive tempo de olhar às mensagens em meu celular próximo o final do expediente.

Clico no contato de Ana:

Mi amor 🔐💕

Mari, as meninas já estão na escola.
08:00

Que Pase y Ya - Maryana 🔐Onde histórias criam vida. Descubra agora