Meninos e Meninas

167 16 2
                                    

A vida é um carrossel de emoções, estou estudando fora à um ano e não poderia estar mais feliz em como tudo está ocorrendo. Mas, o sentimento de voltar para a casa é esplêndido.

Sem avisar, chego dois dias antes da festa do meu aniversário e, para a minha surpresa encontro a casa silenciosa.

- Menina, Cecí. - Alta me recepciona com alegria. - Que saudades.

- Oii, Alta. - Abraço-a. - Também senti.

- As senhoras não avisaram que você chegava hoje.

- Eu não às avisei, queria fazer uma surpresa. Aonde estão todos? - Pergunto intrigada.

- Dona Mariana saiu cedo, sua mãe foi para o trabalho, e às meninas ainda não acordaram. - Explica.

- Pois, passou do horário - Digo animada para ver o meu irmão e às minhas irmãs - , irei acordá-los.

- Vou preparar um lanche para vocês. - A senhora responde.

- Obrigada, Alta. - Beijo sua bochecha.

Subo as escadas, e vou à caminho do quarto do Rô, mas me detenho e paro em meu quarto primeiro. Abro a porta e encontro tudo como havia deixado, - com uma única exceção-, em cima da cama percebo que há uma caixa.

- É para você. - Uma voz conhecida, porém um pouco mais grave diz.

Me viro e encontro o meu irmão parado na porta.

- Rôôô. - Vou até ele, que está um pouco mais alto que eu, e o abraço. - Que saudades!!

- Também senti de você!! - Afaga minhas costas.

Nos soltamos, com grandes sorrisos no rosto nos observamos. Ele tinha mudado, porém eu continuava o vendo como meu irmãozinho.

- Como está tudo? - Pergunto o puxando para sentar no espaço vazio da cama.

- Tudo bem. - A forma que fala me deixa em dúvida se tudo estava realmente bem.

- E o seu namoro? - O sorriso se ilumina, evidenciando que o problema não era o relacionamento.

- Estamos ótimos, não vejo a hora de você a conhecer pessoalmente.

- Tenho certeza que irei adorá-la.

Rodrigo permanecia estranho, como se ele quisesse me contar alguma coisa, mas não sabia como.

- Ok, me conta o que está acontecendo? - Questiono.

- Procurei pelo o vovô. - Diz rapidamente.

- O que? Por quê?

- Depois que a mamãe..

- Espera, você está se referindo ao pai da nossa mãe?

- Sim, Ceci. - Diz simplório. - Eu mandei uma carta para o vovô Ignácio, ele me respondeu... E, nos encontramos.

- Por que não me contou isso antes?

- Porque fiquei com receio do quê iria achar, hm, e queria te falar pessoalmente.

Levanto da cama, ando pelo o quarto.

- É um presente dele para você. - Rô diz baixinho.

Olho para a caixa novamente.

Que Pase y Ya - Maryana 🔐Onde histórias criam vida. Descubra agora