Capítulo 7.

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Sábado, 18 de Abril.
New York.

ADDISON POV

Acordei com um feixe de luz adentrando pela janela do meu quarto, o sol já estava nascendo e ao olhar para o criado mudo ao lado da minha cama, pude ver no relógio que já marcava exatas 05:17.

Respirei fundo coçando meus olhos, me sentei na beirada da cama e me espreguicei, não trabalho aos finais de semana o que me daria horas extras de sono mas não gosto de perder meus costumes.

Calcei minha pantufa, arrumei minha cama milimetricamente e fui fazer minhas higienes matinais antes de sair para correr. Liberar endorfina, estou precisando muito disso.

Depois de sair do banheiro prendendo meu cabelo em um rabo de cavalo, fui até meu closet que não é nada exagerado, tendo em vista que sou uma pessoa minimalista e no meu loft, apesar de não ser pequeno, não tem tanto espaço para algo grande demais. Fui até onde guardava minhas roupas de corrida, vesti um short de malha fina azul e um top preto. Calcei meu tênis, peguei meu fone de ouvido o conectando em meu Ipod e saí.

A sensação de correr pela manhã me faz ter uma leve sensação de liberdade, como se eu fosse um animal preso e quando solto, corre como nunca.

Uma péssima analogia, mas a sensação é exatamente essa.

Minha mente se liberta dos problemas por longos 30 minutos, é o tempo que eu gasto correndo por Greenwich Village, isso equivale à mais ou menos 7 voltas sem parar no meu quarteirão.

Ao chegar em casa, tirei meu fone o enrolando no Ipod, me dirigi até a geladeira par apegar uma garrafinha d'água. Bebi todo o líquido sentindo minha sede ir embora e meu corpo se recuperar do percurso.

Tirei minha roupa de corrida colocando para lavar no cesto de roupa que fica embaixo da pia do banheiro, deixei meu tênis em um lugar arejado para tomar um ar fresco e fui tomar meu banho.

Durante meu banho uma memória de menos de 12h atingiu minha cabeça enquanto a água gelada atingia meu corpo; me peguei pensando em como foi fácil ter um diálogo com Meredith Grey, foi como se fôssemos amigas.

Não sei ao certo se foi pela bebida, se foi pelo fato de saber quem ela é mesmo que ela não saiba que eu sei ou se foi por acaso mesmo. Isso me intriga o suficiente para pensar à respeito.

O que eu estava pensando quando deixei um beijo, mesmo que rápido e sutil, no canto da sua boca? O que tinha na minha cabeça além da vontade absurda de ver se seus lábios são tão macios quanto parecem ser? A resposta obviamente está em minhas próprias perguntas mentais... Mesmo que, sutil, o simples toque me deixou em euforia.

E quem diria... Meredith Grey é lésbica.

Terminei meu banho, puxei a tolha do suporte e me enrolei nela. Meus olhos passaram pelo criado mudo e já eram 06:35, não estava atrasada para nada, teria tempo o suficiente para ir tomar meu café sagrado e depois fazer o que me der vontade de fazer.

Coloquei uma t-shirt preta com o emblema do Nirvana, uma calça jeans mom de tom claro, um all star de cano alto amarelo para combinar com o detalhe da blusa que era em amarelo.

Peguei meus óculos escuros os colocando pendurado na gola da blusa, vesti uma jaqueta de couro preta, peguei meu celular vendo uma notificação de mensagem de Richard Webber:

"Bom dia, Addison! Tem tempo para uma conversa hoje? Preciso dos arquivos de volta."

Respeirei fundo, desbloqueei o celular com o PIN e entre na conversa com ele.

"Esteja no Shepherd's Coffe daqui 15min. Levarei seus arquivos."

Não esperei sua resposta, apenas coloquei o celular no bolso da jaqueta fechando o zíper em seguida. Peguei meu capacete, a minha bolsa com a pasta dos arquivos que estava dentro e desci para a garagem. Não queria dirigir meu carro, queria ela... Minha Harley Davidson V- Rod 1250cc, modelo de 2013, minha primeira aquisição.

Dangerous Passion - Meddison.Onde histórias criam vida. Descubra agora