A terceira tarefa

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Pessoal, desculpem a demora

Tive um baque ao descobrir que um perfil meu no Spirit foi banido do nada com a informação de título inapropriado. Não tive chance alguma de alterar alguma coisa ou até mesmo saber ao que se referiam. Perdi todas as minhas fics postadas e todos os comentários de leitores muito queridos.

Isso me deixou muito chateada e não consegui escrever por um tempo, só nessa última semana que consegui sentar no note e botar a história no papel. 

Espero que gostem.


Capítulo 14 – A terceira tarefa

Os dias pareciam estar voando e isso não fazia Harry sentir-se melhor. Sua mente ainda fervilhava com a verdade sobre Snape ser seu pai biológico e como sua mãe foi capaz de uma mentira daquela magnitude. Eram informações que o visitavam todas as noites em seus sonhos, muitas vezes o fazendo passar a noite em claro. Durante o dia o volume de lições de casa e trabalhos para serem entregues o consumia de uma forma que agradecia não conseguir pensar. Talvez o único momento durante as aulas que pudesse voltar a pensar nisso era durante a aula de poções, onde se sentava o mais distante possível de Snape que fazia questão de não chegar perto de si, uma vez que pedira distância e tempo.

- Você ainda está com raiva dele? – Perguntou Hermione uma tarde na biblioteca após Rony dizer que tinha que voltar ao dormitório para pegar um livro que esquecera na mochila.

- Não sei. – Respondeu Harry largando a pena em cima do pergaminho e entrelaçando os dedos da mão. – Acho que um pouco, talvez menos que antes, mas ainda sinto algo fervendo em mim. É tudo tão inacreditável, sabe, um dia eu sou filho de Tiago Potter e no outro não sou. Sou filho do Snape. É difícil de acreditar em algo assim.

- Acha que ele estava mentindo?

Harry demorou um pouco para responder a pergunta da menina, seus olhos fugiram para os livros das estantes ao lado, mas no fim voltaram a se prender nos dela. Quando as palavras saíram de sua boca, sabia que eram verdadeiras.

- Não, não acho. E isso é o pior. Eu sei que ele estava falando a verdade.

- Harry, talvez... – Iniciou Hermione se aproximando e postando a mão no braço do grifinório. – Talvez não seja de todo ruim dar uma chance a Snape para ser de fato seu pai. Você disse que ele só soube nesse ano e que não falou por medo. É bem compreensível. – A menina deu uma pausa curta em que ouviu Harry respirando fundo enquanto os olhos verdes marejavam. – Você gosta dele, Harry, e ele te ama também. Quem sabe é a sua chance de ter finalmente a família que tanto te faz falta. Pensa nisso.

E Harry pensou, pensou em cada segundo que estava disponível, aqueles em que não havia livros abertos a sua frente para fazer os trabalhos daquele ano. Pensou e descobriu que em meio a raiva e ressentimento havia também a saudade e carência. Sentia falta de jantar com o professor e da calma que os aposentos nas masmorras proporcionava, mas mais do que tudo sentia falta dos momentos juntos, de ficarem na sala lendo algo ou só conversando, das vezes que Snape lhe contava algum fato bruxo da forma mórbida e irritada dele. Das vezes em que dormira naqueles aposentos sentindo-se completamente seguro e sem pesadelos, e até mesmo dos dias em que os pesadelos o visitaram e Snape o acolheu em seus braços mexendo em seus cabelos até que se acalmasse e voltasse a dormir.

Demorou dias e dias para que finalmente, ainda que sentisse algo forte dentro de seu peito, decidisse que após a terceira tarefa iria conversar com Snape e sugerir que voltassem aos poucos a conversar, talvez retornando a princípio com o jantar nas masmorras. Faltava apenas algumas semanas para a terceira tarefa, usaria esse tempo para concretizar essa ideia.

Paternidade surpresa (Severitus)Onde histórias criam vida. Descubra agora