Vítima

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Olá Pessoal, desculpem a demora.
Eu tinha o plano de fazer esse capítulo focando no baile de inverno, mas eu fui escrevendo, escrevendo e quando eu vi tinha 5000 palavras e nada do baile. Então decidi dividir. Vou postar esse agora e então terminar a parte do baile e postar no final de semana.

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Capítulo 10 – Vítima

- Harry, onde você vai todo dia no jantar?

- Já falei, Rony, eu tenho aulas de reforço com o professor Snape.

Hermione olhou de soslaio para Harry enquanto arrumava seus materiais na mochila e saiam da sala de feitiços. O amigo lhe dissera há semanas que continuaria com o reforço junto a Snape para confirmar se o professor tinha intensões ruins, visto que era Snape e eles sempre bateram de frente. No entanto, Harry nunca mais tocou no assunto e o reforço continuou, inclusive, pensou a amiga puxando na memória, Harry ficara mais tranquilo e até mesmo Snape se tornara mais tolerável em aula, inclusive com Neville, o que era curioso.

- Eu preciso ir na biblioteca para pegar um livro que esqueci. Rony, pode levar minha mochila para o salão comunal? E Harry, você pode vir comigo?

- Já está quase na hora do jantar. - Disse Rony. - Pega o livro amanhã.

- Não, preciso estudar essa noite. Nós encontramos você no grande salão.

Antes que Harry pudesse dizer qualquer coisa Hermione o puxou e caminhou contra o fluxo de alunos até virar a uma esquina e então puxar o garoto para uma sala vazia.

- Hermione? - Questionou Harry erguendo a mão em clara confusão.

- Desculpe, mas não sabia como conseguir falar com você sozinho. - Disse a menina colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha e olhando seriamente para o amigo. - Agora que passou o alvoroço da primeira tarefa, me fala, descobriu algo sobre Snape? Do por que ele estar querendo te ajudar? Você não falou mais nada e aliás o Rony está desconfiado, não seria legal contar a ele?

- Uau, respira Hermione. - Pediu Harry com os olhos arregalados e usando esse mínimo tempo para pensar na resposta. - Eu descobri algo sim, mas...

- O que?

- Eu quero contar aos dois juntos. Então hoje à noite quando todos já tiverem ido dormir, na sala comunal, aí eu conto.

Hermione franziu a testa para Harry, a grifinória estava desconfiada, mas respirou fundo e soltou os ombros.

- Tá bom. Vamos.

Apesar da promessa de que contaria e explicaria tudo para os amigos quando voltasse do reforço, Rony ainda mostrava-se muito desconfiado e por um momento imaginou que o amigo o seguiria até às masmorras. Por fim Hermione carregou o ruivo rumo o salão principal e Harry se escondeu sob a capa de invisibilidade caminhando-se para o corredor onde havia a porta escondida sob um quadro grande de flores. Em poucos minutos estava afastando a tapeçaria de corsa e encontrando Snape sentado em sua poltrona de sempre lendo um livro. Harry se perguntava se o professor tinha algum outro hobbie.

Assim como toda noite o professor fechou o livro e sem dizer nada dirigiu-se a mesa de jantar onde com um aceno de mão fez aparecer um mini banquete para os dois, então se sentou em uma ponta da mesa e Harry ao seu lado. O menino nem sabia dizer quando isso acontecera, seu lugar era na outra ponta da mesa na primeira vez que jantou ali. Snape serviu-se de pouca coisa como sempre, enquanto o menino, após muita insistência de sua parte, deixava seu prato com uma quantidade razoável para sua idade, o que aos poucos fazia seu corpo deixar o aspecto magricela para trás e trazia um ar saudável.

- O que foi? - Perguntou Snape vendo Harry brincar com a comida.

- Nada. - Respondeu Harry baixinho.

- Então não brinque com a comida. Se não quiser é só não comer.

Paternidade surpresa (Severitus)Onde histórias criam vida. Descubra agora