1- The beginning

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                                      Akemi's pov

Os últimos meses antes de vir pra esse mundo desconhecido foram os piores que já vivi, aquele sentimento de arrependimento e magoa simplesmente não iam embora. Era tudo culpa dele. Ele tinha mudado, ele já não era mais aquele homem com quem eu tinha começado a namorar a alguns anos atrás, eu já não o reconhecia mais.

No dia que vim parar aqui nesse... país, realidade paralela ou sei lá, eu tinha decidido que iria o deixar. Eu não iria tolerar o jeito que ele me tratava, eu merecia alguém que me valorizasse. Confesso que demorei meses pra criar coragem de terminar tudo por conta da grande dependência emocional que eu tinha e o sentimento que conseguiria mudá-lo de alguma forma, mas eu estava decidida, hoje todo esse inferno iria acabar.

Andava pelas ruas rapidamente a fim de chegar no meu destino final, shibuya. Estava perto do meu destino quando do nada fogos de artifício começaram a estourar no céu, desde pequena sempre tive medo dessas coisas e naquele momento a única coisa que passava pela minha cabeça era entrar em algum lugar para me abrigar até aquele barulho cessar e assim fiz, entrei um pouco desesperada dentro de um mini mercadinho e fechei meus olhos com certa força. O barulho havia parado porém decidi ficar mais alguns segundos naquele mercado com os olhos fechados para garantir que não houvesse mais nenhuma explosão.

Fiquei aliviada ao não ouvir nada e quando abri os olhos novamente a luz do mercado estava apagada e não havia mais ninguém dentro do estabelecimento. Gelei por alguns segundos e resolvi sair de lá. Gelei novamente quando me deparei com a rua inteira vazia, aquilo era impossível, a poucos segundos atrás a rua estava lotada, isso não podia ser real.
Andei mais alguns passos e finalmente estava em shibuya, eu não estava acreditando no que estava vendo. Não havia ninguém, nenhum alma se quer, todo mundo havia desaparecido. Andei por mais alguns minutos a fim de achar alguém e nada.

Já faziam algumas horas que eu estava lá naquela Tokyo vazia e não sabia mais o que fazer, eu fui até meu apartamento que tinha uma boa vista pra cidade e não consegui ver ninguém. Andei por horas e horas até chegar em shibuya novamente, eu estava desesperada e as lágrimas corriam no meu rosto incontrolavelmente, o que aconteceu com tudo mundo?

Eu estava prestes a ter um colapso quando um luz forte se acendeu. Olhei direto pra luz e era um telão, no telão estava a seguinte frase "Os jogos foram iniciados, siga para alguma arena". Jogos?? Arena??Que porra é essa???

Cheguei até uma fábrica abandonada e haviam uma mesa com 11 celulares em cima, peguei um por curiosidade e ele fez um reconhecimento fácil em mim. Alguém segundos depois 3 homens chegaram e eu quase os abracei de tanta felicidade por saber que não estava sozinha. Mais algumas pessoas chegaram e então as inscrições foram encerradas. Logo apareceu um carta de baralho na tela do celular e fiquei confusa, era um 6 de paus, uma moça percebeu minha feição confusa e me explicou a diferença entre os naipes nos jogos.

-Bom, veja bem... - A mulher que aparentava ter uns 40 e poucos anos falava- ...paus indica um jogo de trabalho em equipe, espadas é jogo físico, ouros indica jogo de inteligência e copas... brinca com o sentimento alheio, é um jogo de traição. -Ela disse com uma feição um pouco apavorada - Ah, e o número indica a dificuldade.- Ela concluiu.

-Obrigada. - Foi a única coisa que consegui falar pois ainda tinham muitas perguntas na minha cabeça.

Quebra de tempo

Eu... Eu não tinha reação. Após sair daquele jogo, eu estava em estado de choque, não conseguia esboçar nenhuma reação, eu apenas me sentei na saída daquela maldita arena ainda sentindo o sangue de um homem no meu rosto. Eu tinha visto 3 pessoas morrerem na minha frente, eu estava desacreditada, que porra de lugar é esse?

-Depois de três jogos você se acostuma, acredite em mim. - A mulher que havia me explicado os naipes falou parando do meu lado e se agachando para que pudesse ficar no mesmo nível que eu. - Você vai se dar bem querida, eu tenho certeza, você parece ser bem inteligente. - Ela disse e em seguida saiu junto com outra mulher.

Eu não entendia tudo aquilo que tinha acabado de acontecer, só sabia que um instinto louco de sobrevivência surgiu em mim. Eu não podia morrer, não nesse lugar e não antes de falar com ele.

O jogo já havia acabado a uns 30 minutos e não havia mais ninguém por lá, porém eu continuava lá, estática sentada no chão com cara nenhuma. Comecei a sentir muito frio então fui obrigada a levantar de lá e achar algum lugar pra passar a noite. Entrei em uma casa qualquer e fui procurar comida, já que desde que tinha chegado aqui não tinha enfiado nada na boca. Comi e fui me deitar, eu estava mentalmente e fisicamente acabada, eu só queria fechar os olhos e acordar desse pesadelo. No momento que deitei na cama senti uma avalanche de sentimentos vindo à tona, e quando percebi estava chorando igual bebê, não demorou muito e então adormeci.

No dia seguinte acordei ainda desacreditada no que havia ocorrido na noite passada e ainda tentando assimilar tudo. Eu tinha tantas perguntas. Eu precisava de respostas, então a melhor opção que encontrei foi sair daquela casa e novamente passear por Tokyo em busca de qualquer mísera informação. Como no dia anterior, fiquei horas e horas andando e não encontrei nada. Começou a escurecer novamente e fiquei com medo de ter que jogar de novo, porém lembrei de algumas coisas que ouvi durante aquele jogo. Um homem que estava do meu lado dizia a sua parceira que o seu visto expiraria naquele dia e então ele teve que jogar para não morrer. Confesso que fiquei confusa quando ouvi aquilo porém depois de passar o dia pensando, conclui que o visto de quatro dia que eu havia recebido correspondia a quantidade de dias que eu não precisaria jogar e quando o visto expirasse eu precisaria jogar novamente.

Já estava completamente noite e decidi novamente procurar um lugar pra me abrigar, logo entrei em uma casa e análise o local. Seria lá que passaria a noite.

Passei o dia interino sozinha e tive muito tempo pra pensar. Não podia mais negar a realidade, eu precisava aceitar e me adequar a aquele lugar se quisesse sobreviver. Já estava decidido, eu iria jogar novamente antes que meu visto expirasse. Eu precisava ganhar experiência e achar respostas, então estava decidida. No jogo do dia anterior, eu observei e notei que a maioria das pessoas estavam em grupos ou em duplas e todos eles sobreviveram, já os que estavam sozinhos... então conclui que seria benéfico achar um parceiro de jogos, estava determinada a achar alguém pra jogar comigo, porém não poderia ser qualquer um.


Notas da autora:
oi genteee, e aí o que acharam do primeiro capítulo??? aaaaa to tão feliz

Bom, antes que perguntem do Chishiya: se acalmem amores, logo logo ele aparece eu prometo. Esse primeiro capítulo foi só pra mostrar como a Akemi entrou em borderland e um pouco do seu primeiro jogo (não quis dar detalhes do jogo pq não achei muito relevante).

Desculpem qualquer erro de concordância ou ortografaria, eu reviso os capítulos porém posso deixar algo passar de vez em quando.
Beijo meus leitores lindos, amo vcs<3

Don't run away -(Chishiya X Akemi) Onde histórias criam vida. Descubra agora