O poder esmagador do imperador do universo

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- Oh! A tua auréola desapareceu, Piccolo! Voltaste à vida! - Exultava Chaos.
- Então significa que a Bulma e o Kuririn fizeram um bom trabalho! - Dizia Yamcha, orgulhoso sobretudo da namorada. - Será que vai demorar até nos ressuscitarem também?!
- Senhor Kaio do Norte, pode por favor verificar porque motivo apenas Piccolo ressuscitou? Não deveríamos ter ressuscitado todos ao mesmo tempo? - Intrigava Ten Shin Han, de braços cruzados, e sobrancelhas franzidas.
- Sim, irei já fazer isso! - O Kaio do Norte fecha os olhos, concentrando-se, e redireccionando as suas antenas na direcção de Namek. Alguns segundos em silêncio depois, a expressão do Kaio era de puro terror. - Não... Não pode ser... - Ele balbuciava.
- O que se passa?! - Perguntaram Ten Shin, Chaos e Yamcha.
- Não... Freeza! Freeza e as suas forças especiais estão em Namek! Eles estão a combater porque eu sinto a energia deles aqui! É terrível, terrível!!
- Quem é esse Freeza? - Questiona Piccolo.
- Freeza... É o ser mais maléfico e poderoso do universo! Vocês não querem conhecê-lo, fujam dele, nunca se cruzem no caminho dele, estão a perceber?! A Bulma e o Kuririn precisam de sair urgentemente de Namek!! - O senhor Kaio estava em pânico e não era para menos. A situação era grave e não tendia a melhorar...

- Namekuseijin... - Kakaroto estava com muitas dificuldades em falar, nem sequer se conseguia colocar de pé, e tossia sangue em quantidades preocupantes. - Foge... Leva a Kaya e a terráquea contigo e foge... Por favor... Leva-a...

Neil estava estarrecido. Tinha-se convencido que aqueles saiyajins eram egoístas, sanguinários, incapazes de se preocuparem com alguém que não eles próprios. Mas aqui estava este saiyajin, às portas da morte, implorando para que ele salvasse a sua companheira... Naquele momento Kakaroto não mais se importava consigo. Só conseguia pensar em Kaya, em como era um inútil, incapaz de fazer frente às forças especiais, incapaz de a ajudar, incapaz de protegê-la como jurou fazê-lo. Falhara-lhe. E isso estava a despedaçar o seu coração de forma muito mais violenta do que os duros golpes que sofrera por parte do seu adversário. Kakaroto jurou protegê-la, jurou que podia confiar sempre nele, mas agora falhava miseravelmente. Não conseguia nem defender-se a si próprio... Era um merdas, um inútil mesmo, como Vegeta dizia. Esperar que Neil fosse rápido e astuto o suficiente para desaparecer com a mulher que já sabia amar, era neste momento a única esperança que tinha.

Neil voltou a olhar o saiyajin desesperado e bastante ferido, que jazia no chão. Podia concordar em tentar salvar a vida das duas mulheres...

- Eu não acredito que chamaste o meu pai. - Vociferou Kaya, rangendo os dentes de raiva. - Maldito sejas! Será que o chamaste porque tens medo que eu vos vença a todos? - Soltou agora uma gargalhada perversa.
- Ahahaha, como tens sentido de humor! Nada disso, princesinha! Falei com o teu pai porque o grande mestre estava a ficar muito ansioso, e achei que uma situação tão grave merecia a intervenção dele. Não é todos os dias que a sua bela filhinha perpétua uma traição destas!
- Grrrr! Idiota! O combate ainda não acabou! - E Kaya lançou-se para Ginyu, atacando-o ferozmente. Neste ponto, o capitão das forças especiais começava a ter até algumas dificuldades em pará-la. A saiyajin parecia ficar cada vez mais forte com o aumento da raiva. Ginyu ia defendendo-se como podia, mas alguns golpes revelavam-se certeiros, fazendo mais estragos sobretudo onde já estava ferido.
- Vou ajudar-te!! - Gritou Yuz, desviando-se de um murro de Kuririn.
- Nem penses! - Ginyu ordenou. - Toma atenção ao teu combate! Eu consigo lidar com a princesinha!
- Vamos ver se consegues, "sensei". - Respondeu Kaya, ironicamente. Irritava-a profundamente que o seu pai tivesse escolhido Ginyu para seu sensei. Claro que aprendeu imenso com ele, sem dúvida, mas não é menos verdade que sofreu torturas inolvidáveis às mãos do capitão das forças especiais, ainda em tenra idade. Ginyu poderia ter-lhe ensinado tudo o que efectivamente ensinou, sem a necessidade de ter sido tão cruel. Os seus combates eram sempre pautados por requintes de malvadez. Nos primeiros tempos de aprendizagem, Kaya, com apenas cinco anos, tremia e vomitava quando sabia que teria um encontro agendado com Ginyu, não conseguindo dormir, chorando até finalmente ser levada pelo cansaço. Com o passar dos anos, aprendeu a defender-se emocionalmente daquilo que os treinos físicos com Ginyu lhe causavam. Assim, quando passou a ter também a companhia do seu pai em algumas sessões de treino individualizadas, estava mais preparada para o crescente nível de dificuldade e de perversão que esses treinos acarretavam. Havia duas coisas que lhe iam dando mais e mais motivação para continuar a superar-se: o olhar de orgulho do seu pai ao observar o seu espantoso desenvolvimento, com este exultando por estar a preparar a sucessão do trono para alguém com um poder próximo do seu, e o sonho que acalentava de um dia ultrapassar o seu pai. Por isso, quando Vegeta lhe falou no poder oculto de Namekusei, e ainda que reticentemente tivesse ido contra o seu pai, sabendo das consequências que podia acarretar caso o plano desse errado, não conseguiu não arriscar a ser mais do que ele, sabendo que finalmente alcançaria o seu definitivo objectivo se o plano desse certo. Mas esse plano saiu em tudo furado... E agora ela estava lutando contra o oponente temível que era Ginyu, o seu pai estava a chegar, provavelmente furioso, e Kakaroto e Vegeta estavam mortos ou algo muito próximo disso. Tudo se desmoronava na sua frente, e as paredes à sua volta começavam a fechar-se, deixando-a sem escapatória possível. Mas iria lutar. Afinal era uma changelling e uma saiyajin, e esses dois povos nunca perdem o seu orgulho. O sangue que corria nas suas veias nunca a deixaria entregar-se sem dar a luta da sua vida.

Amor Proibido - Dragon BallOnde histórias criam vida. Descubra agora