Amor Proibido - Dragon Ball

Together Again

Kuririn sabia que tinha de acelerar se não quisesse ser descoberto. Bulma pedira-lhe uma missão quase impossível, mas ao mesmo tempo inegável.

Estava a acabar uma tarefa naquela parte do universo, sozinho, quando Bulma o localizou, chamando-o por scouter, explicando-lhe o que teria de fazer. Sim, ajudar Kakaroto se necessário na batalha contra o rei Gobi, e levá-lo de volta para o planeta Vegeta. O problema não era a tarefa em si... Era conseguir fazer tudo isso em tempo recorde para não levantar suspeitas.

Quando chegou a Fujik, Kakaroto estava tão mal que Kuririn inicialmente não conseguiu detectar qualquer energia vital nele. Teve de recorrer ao scouter para se certificar se o saiyajin estava morto. Não estava. Melhor assim. Na verdade não sabia muito bem, tudo o que ele tinha podido conhecer de Kakaroto é que se tratava do general máximo do exército do planeta Vegeta, e que tinha uma paixão pela imperatriz. Claro... Era por ela... Foi por ela que Bulma lhe pediu ajuda para salvar aquele saiyajin. Respirou fundo e voltou a acelerar. Estava a correr riscos desnecessários por alguém que nem conhecia direito. Só esperava ter tomado a decisão correcta... E que ninguém descobrisse, claro.

Bulma respirou fundo por perceber que o seu plano daria certo, Kuririn já transportava Kakaroto com destino ao planeta, e Vegeta chegaria a qualquer momento. Só teriam de ter cuidado para que ninguém descobrisse a chegada das naves e posterior partida de Kuririn, e apagar o rasto digital das aterragens e descolagens do planeta. Nada de muito complicado para Bulma Briefs, na verdade.

Vegeta chegou num estado lastimável e Bulma sentiu o coração apertar-se ao ver o saiyajin saindo com dificuldades da nave. A roupa rasgada, os ferimentos expostos... Bulma controlou-se para não chorar, mas Vegeta percebeu.

- Ei, Bulma, eu estou bem! - Sorriu discretamente, na verdade estava cheio de dores. - Eu venci-o, Bulma! Eu venci! - Os olhos brilhando, orgulhosos. Os dela também estavam, mas ao percorrer o corpo fragilizado do guerreiro, viram que ele se contorcia. Beijou-o suavemente nos lábios, não aprofundado o beijo, parando no exacto momento em que Vegeta se preparava para mais.
- Agora, a máquina de regeneração está à tua espera, saiyajin. - Ele concordou com a cabeça, não havia como discordar. Colocou um dos braços em torno dos ombros da sua Terráquea, que o encaminhou rapidamente para a ala médica. Não levaria mais de três dias para estar totalmente recuperado. Um pequeno preço a pagar.

Kuririn chegou dois dias depois de Vegeta, e Bulma nem queria acreditar no estado de Kakaroto... Pois é... Era mau demais... Recordava-lhe a visão de Kaya quando fora espancada pelo pai. Apertou os olhos com força, não queria recordar-se dessa lembrança nunca mais. Conseguiram colocar Kakaroto num dos tanques medicinais e após isso, abraçaram-se comovidos.

- Ufff... Que sufoco Bulma! Agora só tenho de sair daqui e garantir que ninguém me vê, e que sou rápido o suficiente a voltar para os meus companheiros. - Bulma concordou com a cabeça. - Como vais fazer para justificar o estado do general e do príncipe?! - O baixinho interrogava-se, coçando a cabeça.
- Não te preocupes com isso... - Claro que Bulma Briefs tinha um plano... O mesmo consistia em encenar que Vegeta e Kakaroto se envolveram numa briga tão violenta devido a Akane. O plano era perfeito, pois não só justificava os ferimentos dos dois, como ainda o afastamento de Vegeta e Akane, para com o rei Vegeta. Era a desculpa perfeita. E quanto a Lazo? O próprio Hunio o matou, a propósito da tentativa de uma indiscrição para com a princesa. Seriam as justificações perfeitas. Hunio, claro, morrera como um herói, protegendo a imperatriz, em Fujik. Não tinha como falhar...
- Muito bem... Eu tenho de voltar logo, caso contrário irão desconfiar, mas gostei de te ver, minha amiga. Cuida de ti! - Despediram-se com um abraço e Bulma viu o seu amigo partir rapidamente. Voltou a respirar fundo e a focar a sua atenção no computador. Teria agora de apagar e modificar os registos das viagens de todas as naves, tarefa simples também.