Feliz Aniversário, Kaya

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Não. Ele não tinha o direito. Vegeta não podia chegar e decidir que queria "fazer amor com ela", porque provavelmente levara uma tampa de Akane, e portanto Bulma estava ali como um prémio de consolação. Ela não era nem nunca o seria! Caramba, ela era o primeiro prémio, o prato principal! Como poderia reagir a este desaforo?!

Fechou os olhos, obrigando-se a não olhar para ele, pois a sua sensualidade era ainda mais difícil de evitar visualmente.

- Eu não quero estar contigo. Pelo menos não agora.
- Mas Bulma... - Vegeta deu um passo atrás. - Eu pensei...
- Hoje não.
- Hmmmmppftt! Nem hoje, nem nunca! - Respondeu o príncipe, enfezado, saindo esbaforido e zangado do laboratório, dando passos pesados.

Bulma suspirou. Arrepender-se-ia com toda a certeza, pois ele era tudo em que pensava, mas não podia deixar que Vegeta a tratasse assim. Não conseguiu dormir nessa noite.

- Mandou chamar-me, grande Freeza? - Kakaroto bateu na porta do escritório do tirano, tendo este dado permissão para o saiyajin entrar.
- Sim. Estive a ler os teus relatórios da missão ao planeta Terra e devo confessar que fiquei agradavelmente surpreendido. Estão precisos e bastante detalhados, tal como eu solicitei.
- Obrigado. - Kakaroto praticamente engolia as palavras. Só ele sabia o esforço hercúleo que fazia ao estar na presença daquele monstro sem o desfazer em pedaços. - Há mais alguma coisa que posso fazer por si?
- Sim. O teu pai, Barrock, pediu especificamente que não fosses destacado neste momento para nenhuma missão, em virtude da gravidez avançada da tua futura esposa... - Os olhos de Freeza brilharam mais um bocadinho quando percebeu claramente o sangue do saiyajin ferver. - Portanto não me acompanharás. Mas tenho intenções de ir à Terra, e partirei imediatamente a seguir ao aniversário da minha filha. Levarei a tua tripulação. Gostaria que os informasses e preparasses para a missão.
- Com certeza. Mais alguma coisa?
- Não. Estás dispensado.

Kakaroto saiu do escritório com um nó no estômago... Não sabia porque se sentia assim pelos terráqueos, mas lamentava por eles, agora que Freeza iria visitar a Terra. Em princípio, o tirano não pretendia destruir o planeta, mas nada era na realidade seguro com ele. Freeza poderia mudar de ideias mais rápido do que alguém muda de camisa, já o fizera inúmeras vezes...

Suspirou fundo e dirigiu-se para casa dos pais de Dhalia, teria de resolver este assunto assim que possível.

- Finalmente dignas-te a visitar a tua noiva grávida. - Dhalia atirou, ao vê-lo chegar. Kakaroto bufou.
- Em primeiro lugar, não és minha noiva. Segundo, posso entrar? - Dhalia cedeu passagem ao saiyajin moreno por quem suspirava. Ela tentava mostrar-se desagradada com ele, mas apenas a sua presença era o suficiente para a desarmar, o cheiro dele que mexia com os seus sentidos e agora as suas hormonas... Para si, jamais houvera homem mais atraente.
- O que te traz aqui? - A saiyajin sentou-se no sofá e convidou-o a fazer o mesmo. - Espero que seja os preparativos do nosso casamento!
- Precisamente. Venho comunicar-te que não haverá casamento nenhum. - Kakaroto respondeu, com toda a calma do mundo.
- Como?! Como ousas dizer uma heresia dessas?! - Dhalia levantou-se esbaforida.
- Eu não irei casar contigo. Nem tu, nem os teus pais me poderão obrigar a fazê-lo. Assumirei essa criança que carregas no ventre... Apesar de ter dúvidas que realmente é minha.
- O QUÊ?! Quem pensas que és para vires a minha casa insultar-me dessa forma?! E achas que isto vai ficar assim, que me engravidas e depois não casas comigo, e eu torno-me numa saiyajin sem honra?!
- Eu nunca quis engravidar-te, e tenho a certeza que tomei todas as medidas para impedir que isso acontecesse.
- Obviamente que não, caso contrário não estaríamos a ter esta conversa! - Dhalia respondeu, sobranceira.
- Já te disse que assumirei essa criança. Não lhe faltará nada. Agora, o que acontece com a tua reputação, isso já não é um problema meu. - Kakaroto foi peremptório e levantou-se para se preparar para sair.
- Estás muito enganado se achas que isto vai ficar assim... - Dhalia atirou, com raiva.

Amor Proibido - Dragon BallOnde histórias criam vida. Descubra agora