Helaena Velaryon era a primogênita de Rhaenyra com Laenor. Ela era uma pessoa tímida, quieta e considera esquisita para todos do castelo. O único que a tratava bem além dos pais e dos irmãos, era Aemond Targaryen, seu tio.
Ela será uma peça importa...
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Caraxes ainda tentou voltar para a superfície, soltando urros de desespero. Antes de afundar, o dragão vermelho soltou o último Dracarys e depois descansou embaixo do lago.
Os gritos das meninas foram horríveis, Rhaena gritava chorando no chão, Baela correu para a beira do rio se abaixando. Helaena ficou ali ajoelhada, sentindo as lágrimas rolando pelo seu rosto. Os dragões soltaram um suspiro, sentido o tamanho da perda. Daemon não podia estar morto, não ele, não Daemon. Ele era o pai delas, ele ainda tinha tanto para viver, tinha que ver os filhos crescerem, tinha que ver a filha se casar, ele tinha tanto....
Ela deitou a testa na grama, soltando um soluço de dor. O choro engasgou na garganta dela várias vezes, duas perdas tão próximas, duas perdas tão valiosas, duas vidas que eram tão importantes e agora não eram mais nada além de corpos que virariam ossadas. Daemon nunca seria velado feito um Targaryen, nunca teria seu corpo queimado, porquê ele estava dentro de um lago.
Rhaena tentou levantar, mas estava tremendo muito para isso. Helaena teve que a ajudar, e só então prestou atenção em Alys. Sangue escorria pelas pernas da mulher, Helaena sabia muito bem do que aquele sangue se tratava, mas ver a mulher não demostrando nem um pouco de dor assustou ela. Rhaena também percebeu e ficou encarando a cena, mas assustada do que ela.
- Helaena....- sua irmã sussurrou, dando um passo para trás.
- Alys, está tudo bem?- Helaena perguntou se aproximando.
A mulher virou o rosto para ela e depois olhou para os próprios pés. O olhar dela se voltou para o rosto de Helaena.
- Isso iria acontecer uma hora ou outra, uma linhagem não pode sobreviver sem o dono dela. Alyn morreu, a linhagem dele também morre, ou cedo ou tarde.- dor, ela não demonstrava nem um pingo de dor, e Helaena sabia que isso doía mais do que uma facada.
- Vo... Você precisa de ajuda?- Helaena perguntou, observando que Baela se aproximava.
- Não, já passei por vários assim. Esse foi o que menos doeu, talvez seja porque a semente do pai dele seja fraca!- a mulher respirou fundo.- Até em breve Helaena, nos veremos mais rápido do que você imagina!
Ela então caminhou, caminhou como se não estivesse grávida a uns minutos atrás, como se não tivesse acabado de perder um bebê, caminhava como se não sentisse nada.
As três mulheres encararam aquela mulher indo embora, assustadas.
- Talvez a gente devesse ir embora....- Baela disse com a voz trêmula.
Helaena sentiu uma sensação estranha, como se tivesse que ficar ali.
- Vocês podem ir, podem ir indo. Eu... Eu preciso de mais um tempo aqui!- ela disse segurando um soluço.
- Helaena....- Rhaena tentou.
- Não, eu perdi duas pessoas que eu amava aqui. Eu preciso ficar aqui um pouco. Encontro vocês em Porto Real, não se preocupem, não vou deixar vocês sozinhas, muito menos a minha mãe!- a voz dela estava rouca, mas as meninas concordaram, sabendo de como ela ficava.
