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Com a cobertura de Andrew, Evangeline acelerou os passos para pôr os pratos na mesa de jantar porque era o dia dela realizar esta tarefa com Will e Owen, dentro da gigante cozinha branca com pedras pretas e armários de madeira clara, com janelas gigantes, que mesmo durante a noite, em dias de lua cheia como aquele, tinha toda uma iluminação bucólica.

-- O que estava fazendo que não me ouviu chamar, Bee? – Margareth sorriu ao ver a neta saltitando de , colocando a colher de madeira de volta na panela e secando a mão – Estava me esgoelando de te chamar, criança!

-- Estava brincando vó! – ela sorriu, pegando os garfos, fingindo naturalidade, enquanto seus irmãos pegavam os pratos – Estava no quarto de brinquedos do último andar e por isso não ouvi! Drew que me avisou!

-- Uma brincadeira incrível, claramente! – a mais velha sorriu, fazendo a mais nova rir – Pedi pra ele te chamar mesmo porque você não estava indo. Owen! – a idosa sorriu mais uma vez, virando-se para a outra criança com um ar preocupado -- Pegue menos pratos, tantos assim ficam muito pesado querido e corre o risco de quebrá-los!

-- Mas eu sou forte vovó! – o garoto de cabelos ruivos que pareciam chamas sorriu orgulhoso e tentou pegar a pilha que estava no armário baixo, falhando na tarefa – Tá bom, talvez eu não sou tão forte assim!

-- Pode deixar, tampinha! – o mais velho apareceu, passando os braços por cima da cabeça do irmão enquanto sorria – Eu alivio esses pra você!

-- Como que você diz pro seu irmão que está te ajudando, Owen?

-- Não vó... – o adolescente riu, carregando os pratos em direção à sala de jantar – Não precisa...

-- Precisa sim! – Maggie ralhou ainda sorrindo, o que fez o neto rir e revirar os olhos – Eles precisam ter educação, Andrew! Seus pais te deram educação e quiseram que nós continuássemos a dar essa educação para vocês.— ela sorriu novamente para o caçula – Como se diz pro seu irmão?

-- Obrigado Drew! – o menor sorriu largamente, tirando sorrisos dos outros dois enquanto o mais velho fazia uma reverencia exagerada – Posso tentar fazer isso, vó?

-- Não, pirralho! – o mais velho gargalhou, retornando logo em seguida – Muitos anos de treino até esse momento. Oito anos ainda não é uma idade de treino o suficiente pra você fazer isso. Te ensino com limões depois!

O mais novo teve seus olhos brilhando ao ouvir isso e continuou seus passos até a mesa, dando meia volta, orgulhosamente, para pegar a segunda rodada de louças, enquanto os mais velhos se sentavam em seus lugares. Os outros dois menores fizeram o mesmo trajeto porque também estavam encarregados de levar os copos. Os gêmeos já haviam levado os refrigerantes e sucos e assim que os nove copos foram postos, cada um foi para seu respectivo lugar.

As crianças Sawyer sempre se alternavam entre os lugares, mas os avós se sentavam sempre nas pontas da mesa de doze lugares. Dessa vez, Evie se sentara de frente para Graham e ao lado de Floyd. Drew se sentara a dois lugares do gêmeo, de frente para Floyd, que estava ao lado de Beau e os gêmeos-não-gêmeos, Will e Owen, se sentaram de frente um ao outro, juntos à cabeceira onde a avó estava e foi aquela bagunça habitual que eles estavam acostumados.

Gaspard Sawyer não tinha problemas de se sentir sozinho. Com sua aparência similar à do velho Gepeto, ele sorria de seu quase constante silêncio, nesses momentos esquecia de todos os problemas pelo qual sua família passava. As crianças reunidas na mesa na hora das refeições criavam seus momentos favoritos do dia, mais ainda do que quando estava sozinho criando na oficina. Graham perdia sua expressão sempre preocupada. Drew parecia alguém totalmente diferente de quem era em público. Floyd não forçava em momento algum a respeito de nada. Beau não estava contido, era livre. E, por fim, os três mais novos estavam conversando com pessoas de verdade que não fossem eles três ou os criados, mas acima de tudo Evie não falava dos tais fantasmas. E era isso que trazia a maior tranquilidade possível à esses momentos.

FAIRYTALE || jamie campbell bowerOnde histórias criam vida. Descubra agora