FAIRYTALE || jamie campbell bower

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Sendo oficialmente o ultimo ano escolar de Graham e Drew no colégio, consequentemente, de Harper e Frankie Flanagan também, na festa que Donna Dyers promovera com todos os alunos a partir dos 15 anos para comemorar a formatura, e gerara o que garantidamente havia sido o mês mais caótico da vida da família Sawyer desde o falecimento de Cecilia.

Harper convencera que como estavam se formando, deveriam ir nesse evento, já que nenhum deles iria no baile que aconteceria naquela mesma semana. Ainda mais que, fora Drew, os outros três não iam em eventos sociais fora do colégio desde os 14 anos, provavelmente. Com esse fato, lá estava o trio chegando juntos na luxuosa mansão Dyers. Drew sempre na frente de eventos. Só faltava a garota Flanagan mais velha.

O gêmeo mais novo seguiu fingindo que a chegada dela não o abalava, mas os dois sabiam que era mentira. Ele era incapaz de não prestar atenção aquele ser humano de expressão séria e riso fácil. Ela era tudo pra ele e o fato de ele estar mais simpática com ele desde o evento envolvendo seu irmão, o deixara bem mais e esperançoso que o habitual. Contava os dias para o final das aulas para poder finalmente contar a ela tudo o que desejava dizer nos últimos anos.

E isso não havia passado desapercebido por outras pessoas.

Muitas garotas ainda batalhavam arduamente pela atenção do famoso bad boy Drew Sawyer, porque "elas iriam curar seu coração ferido" porque "ninguém resistia aos seus encantos" e ele "apenas precisava de alguém que lhe cuidasse". Claro que para quem o conhecia genuinamente essa era a maior besteira do mundo porque o coração dele estava ferido da exata mesma maneira que as outras crianças Sawyer, pela falta de naturalidade que o mundo lhes recebera após a morte da mãe. Quanto a seu coração, ele já tinha dona e, apesar de muitas damas não aceitarem essa questão porque ele era um defensor da teoria não celibatária, muitos de seus colegas já haviam percebidos os olhares abandonados que o ruivo lançava à Frankie Flanagan.

Um deles, em especial, havia reparado e adorava provocar a questão, apesar de seu melhor amigo e, que por acaso era uma das crianças Sawyer, vivesse colocando um breque. Floyd Sawyer renegava cada pedaço que lhe era possível renegar por conta de seus traumas com os fantasmas, adorava tirar um sarro de alunos mais "fracos" porque isso o fazia esquecer cada vez mais de si mesmo , em especial da ilustre "Frankie-stein" Flanagan. Contudo, ele realmente não aprovava a insistência de Colt James em ficar atrás da garota porque genuinamente achava que aquilo beirava perseguição.

-- Olha olha só quem está aqui! – James riu, soltando a fumaça pelo canto do lábio, fazendo o amigo virar e ver que não muito após da chegada dos irmãos, Frankie havia chego com a melhor amiga – Kitty-cat finalmente decidiu chegar!

-- Desencana cara – o ruivo atlético revirou os olhos, tomando mais um gole de cerveja enquanto observava o irmão mais velho com os olhos presos nela mesmo que outras garotas nitidamente flertassem com ele – Ela não vai te dar moral, está tentando há um ano e meio e nada...

-- Ela só não reparou ainda que apesar dos dois anos de diferença, ela foi feita para mim. Fora que eu pareço mais velha que ela, não o contrário...— o mais alto riu sacana, soltando a fumaça mais uma vez, encarando a garota, que estava totalmente distraída sem perceber muito o que acontecia ao redor enquanto conversava animadamente com uma amiga, apesar de claramente estar se sentindo totalmente deslocada naquele ambiente – Ela só precisa me olhar com os olhos certos que tudo se resolverá. E nada que um pouco de álcool não ajude!

O Sawyer fingiu não ter ouvido o absurdo que o amigo acabara de falar e inventara que tinha que cumprimentar alguém que estava próximo. Por mais que estivesse decidido à negar qualquer raiz em sua vida, tinha como princípio básico e fundamental nunca, jamais e sob nenhuma hipótese forçar uma garota a lhe beijar. Nunca lhe soara certo, então ouvir o amigo falar aquelas coisas sobre uma garota que eles passavam mais tempo importunando que qualquer outra coisa parecia uma ideia consideravelmente absurda. Colt tinha uma régua moral bem diferente da sua e a mãe sempre lhe ensinara que era errado medir os outros por sua própria régua moral, mas era difícil não fazer isso com ele as vezes.