FAIRYTALE || jamie campbell bower

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Quando bateram na porta e a campainha tocou, Anne Elizabeth Roseberry nunca pensou que se depararia com a cena que se deparara a sua frente ao abrir a porta. Uma das crianças Sawyer, um dos mais velhos que todos adoravam falar por aí que era um agente do caos, estava ali, parado ao lado de seu primogênito, como se não fosse nada.

-- Jamie, querido – ela comentou pausadamente enquanto saía da frente da porta, forçando uma simpatia que não tinha – Quem é o seu novo amigo?

-- Nosso vizinho, mamãe, me deu carona de volta! – o loiro deu de ombros e começou a ir para dentro de casa enquanto o mais velho seguia parado na soleira como se não estivesse vendo a adulta encará-lo com completa desconfiança e confusão – Até o jantar!

-- Jantar? – a mais velha o encarou confusa – Virá jantar aqui?

-- Não! – o ruivo riu de maneira educada – Na verdade vim convidar a senhora e sua família para jantar em casa! – a boca dela formou uma impressão chocada em formato de "O", o que o fez precisar se segurar para não gargalhar – Minha avó adora receber pessoas apesar de não recebermos ninguém faz tempo, então nada mais justo do que um jantar de boas vindas para os nossos novos vizinhos! – a expressão se tornava cada vez mais incrédula e ficava cada vez mais difícil conter o riso porque parecia que quanto mais naturalmente ele falava, mais abismada ela ficava – Não precisa agradecer pela carona, é uma simples cortesia. O castelo não é mal-assombrado ao contrário do que dizem e como nossa família é em nove, somos acostumados a ter comida para o batalhão! Então não precisa se preocupar em trazer nada!

Dito isso, ele deu meia volta e partiu em direção à gigantesca construção vizinha, deixando a mulher literalmente atônita e sem palavras, palavra na porta de entrada, após fechá-la.

-- Está tudo bem, querida? - David questionou a esposa quando a viu com aquela expressão confusa e imóvel frente à porta – Parece que viu um fantasma...

-- Quase isso – Anne respondeu absorvendo as informações que acabara de receber, gerando uma expressão preocupada na face do marido – Um dos Sawyer trouxe o Jamie pra casa e praticamente nos intimou a irmos jantar lá hoje a noite!

-- É uma boa ideia, não? – o mais alto questionou – Quer dizer, vai ser bom para os meninos conhecerem os vizinhos. E é um ótimo negócio para quando temos mais trabalho, como hoje! – ele sorriu e passou um braço nos ombros da esposa – E você prometeu para os meninos que iriamos conhece-los! É uma ótima oportunidade, ainda mais que estudam na mesma escola que nosso menino. Dê uma chance!

-- Não – ela resmungou baixo, tendo ciência de que nenhum dos dois filhos estava tão distante assim – Eu queria primeiro que nós dois fossemos conversar com os adultos responsáveis com eles e depois resolver se apresentávamos ou não! Você sabe os boatos! – sua voz se acelerou, exalando sua preocupação com a situação – E se acontecer algo? E se tiver mesmo algo com aquela família e piorar os pesadelos de Jamie!? Ou fizer o Sam mais barulhento?! – ela parou por um instante curto e encarou o marido com uma expressão que há muito ele não via em seu rosto – E se realmente eles viverem com fantasmas?! Como os nossos meninos vão lidar com isso?! Como nós vamos lidar com isso?!

-- Você acha normal os artistas conhecerem os meninos, mas não acha normal os vizinhos os conhecerem? – David sorriu e comentou baixo – Eles precisam conhecer pessoas. E, sejamos sinceros, o Jamie precisa começar a fazer novos amigos. Os atuais dele não são exatamente as melhores pessoas do mundo apesar de estudarem juntos e serem amigos desde sempre... – ele tocou o ombro da esposa de leve, de maneira tranquilizante – Fora que com ou sem fantasmas, a maioria dos Sawyer são crianças. De várias idades, mas crianças. Não tem como ser tão ruim assim...