Advice: Até que aconteça

825 132 46
                                    

Notas: Obrigada pelos 5K, amo vocês. Cap curtinho, mas espero que gostem <3


[]


Heungmin levantou os olhos novamente. A sensação de carinho emanando do rosto do camisa 9. A mão pesada em sua cabeça lhe acolhendo, e as palavras ditas em um tom suave.


- Como assim? - Son perguntou com a voz baixa arranhando com o choro preso na garganta.


Richarlison empurrou o coreano com o ombro, abrindo um sorriso grande.

- Não sei se você sabe, mas eu era o cara dos gols no Everton, até hoje sentem a minha falta lá. Eu não viria pra Tottenham sem um grande motivo. Haviam alguns... você era um deles. - O brasileiro parecia bem satisfeito com a confissão.


Sonny sorriu também, chutando levemente a perna de Richarlison.

O camisa 7 se inclinou, fazendo o brasileiro naturalmente se aproximar. Os lábios próximos, sendo desviados pelo asiático que sussurrou no ouvido do camisa 9:

- Se você quiser me pegar, espere um pouco e venha para a minha cabine... Vou estar lá dentro.


Ele se apoiou no chão, levantando e batendo no uniforme, acenando e deixando Richarlison para trás. O brasileiro olhou para os jogadores que estavam no gramado, contendo a vontade de correr para Sonny na mesma hora.


"Esse coreano vai me deixar maluco, completamente pirado."


Ele esperou tempo suficiente, imaginando que Son iria tomar um banho e trocar de roupa. O brasileiro correu diversas voltas no campo, tentando diminuir a excitação e a tensão que envolvia estar com Heungmin.


"Sim, eu vou ficar maluco." Richarlison caminhou para dentro do CT; a maioria dos jogadores estavam se arrumando para irem pra casa, outros já se despedindo e saindo. Ele acenava com a cabeça para alguns, enquanto guardava as chuteiras na bolsa, e ia em direção a um chuveiro. Ele se apressou na ducha, colocou uma calça de moletom, e a jaqueta sem nada por baixo. Ficou em silêncio por alguns instantes, olhando pelo corredor para ver se a movimentação dos colegas de clube continuava, quando viu que estava tranquilo caminhou para a cabine de Son Heungmin.


A porta do pequeno cubículo que os jogadores usavam para se trocarem, com o número 7; o brasileiro respirou fundo e entrou, agindo como se fosse levar uma bronca.

Nem teve tempo suficiente para reagir quando Heungmin abraçou-o, escorregando as mãos por dentro da jaqueta alheia, e passando os dedos pela cintura.


- Ninguém viu você entrar aqui, certo? – Sonny pediu com a cabeça encostada no peito de Richarlison; os batimentos dos dois estavam acelerados.


- Se alguém viu vai ter que fingir que não. – O brasileiro se distanciou o suficiente para colocar uma das mãos no pescoço do coreano, puxando-o para um beijo. - Você nem usa essa cabine, sempre se troca lá fora, acha mesmo que ninguém vai desconfiar? - Ele distribuiu beijos pelo rosto do coreano, finalizando com um na pálpebra esquerda, pensando na pintinha no olho de Son, achava fofa.


Heungmin se afastou depois, sorrindo de lado e abrindo a jaqueta do brasileiro, sem pouco se importar se estivesse frio; com certeza tinha algum motivo para Richarlison ter colocado a peça sem nada por baixo. Ele deslizou a roupa pelos ombros do camisa 9, beijando o dorso nu, mordendo os ombros e beijando a tatuagem de coração no peito esquerdo. Conseguia sentir o corpo esquentar, com suspiros profundos; as mãos dos dois apostavam corrida em percorrer o corpo um do outro, Richarlison se sentia em desvantagem, com Heungmin usando tantas camadas de roupa enquanto ele só usava a calça de moletom.


Eles resmungavam coisas inaudíveis enquanto ficavam colados. Os lábios ficando inchados e cada vez mais difícil de esconder o que estavam fazendo. A excitação flutuando no ar, fazendo os segundos virarem minutos.


- O CT logo vai fechar... - Richy suspirou enquanto sentia a língua do coreano tocar a tatuagem no pescoço.


Sonny passou a mão entre as pernas do brasileiro, sentindo o volume e tendo que se afastar.


- Eu sei... - o camisa 7 deixou um selar nos lábios vermelhos de Richarlison, entregando-o a jaqueta outrora jogada no chão.


- Você vai me dar uma carona? - Andrade perguntou, virando o coreano e abraçando-o por trás.


- Sim..., só vamos ficar um pouco afastados antes, acho que não dá pra voltar assim. - Ele olhou para si mesmo, os dois não estavam diferentes, excitados da mesma forma.



Na cabeça do brasileiro, ele tentava esquecer que a foto no carro ainda o preocupava, esperava o dia que Son iria tirar ela de lá.

Ele ficou em silencio pensando, enquanto lutava para se afastar de Sonny. "Não que a gente tenha algo..., mas ainda é alguma coisa, não é?" 


[]

ADVICEOnde histórias criam vida. Descubra agora