Capítulo 14°

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Augusto desceu as escadas com a respiração pesada

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Augusto desceu as escadas com a respiração pesada. O seu coração com o sentimento de fúria, e a sensação de não ter protegido Stella o fez pensar na sua inutilidade. Não devia ter deixado ela sozinha, sabia que tinha deixado espaço para que ele fizesse mal a ela. Quando Henry saiu com a desculpa de que tinha algo para fazer sobre o casamento, não pensou que ele faria nada contra ela.

Fechou o olhos e as imagens das marcas bem desenhadas em cada braço fez com que o ódio transbordasse do seu corpo e cada célula quente dos seus nervosos palpite.   

— Onde está o Henry? — chegou na porta e tocou na maçaneta, perguntou sem se virar para olhar quem estava na sala. Sabia que o crápula não estava, pois quando chegou não o viu.

— Ele saiu com um amigo, estão no bar da cidade — Donna respondeu concentrada no computador.

Abriu a porta e sem pensar nem duas vezes puxou as chaves do bolso. Entrou dentro do seu carro e dirigiu pelas ruas segurando o volante com tanta força até as pontas dos seus dedos ficarem vermelhas.

Não acredito que ele a tocou. Infeliz!

Controlar suas emoções sempre foi algo bastante delicado, principalmente a raiva. Quando mais novo quebrou o braço de um rapaz em uma briga de escola e outra vez se meteu em outra briga para defender William. Seu pai achou que ser impulsivo era algo que lhe atrapalharia quando assumisse seu lugar na empresa. Augusto fez terapia e desde então controla sua raiva, mas ao ver aquelas marcas é impossível se conter. Ninguém pode maltratar ela, não ela.

A raiva consumiu seus pensamentos, e tudo que lhe vinha a cabeça era quebrar a cara de Henry para que saiba que suas palavras não foram em vão.

Desligou o carro bem na frente do único bar perto da rua da casa de Stella. Entrou e encontrou Henry sorrindo e conversando com uma mulher ruiva atendendo.

Se aproximou. Pegou na gola de sua camisa e acertou o soco bem na sua cara.

— Eu te avisei para não tocar nela — Gritou agitado, afastou com a palma da mão seu cabelo para trás.

— Tá louco cara? — Um homem baixo, moreno apanhou Henry do chão.

— Não devia ter feito isso — Henry pulou encima de Augusto.

Os dois homens altos e fortes se chocaram entre as mesas até cair no chão. Henry acertou um soco de direita no lábio de Augusto, o moreno enforcou o crápula enquanto levava socos na costela.

Alguns correram, enquanto o amigo de Henry tentava separar os dois.

— Se quebrarem minhas mesas vou enviar a conta pra casa de vocês! — a ruiva avisou.

Augusto conseguiu se libertar e ficar por cima, assim, deixou três socos bem dados no rosto de Henry.

— Solta ele cara — Sentiu seu braço sendo puxado, dois homens desconhecidos o puxaram  pra longe de Henry abatido no chão.

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