Enrolados

Capítulo 24°

— Droga! — distraída derrubou pela milésima vez os documentos ao chão.

Se ajoelhou, levou seus cabelos para trás do ombro e não notou o quanto rápido eles estava crescendo. Anda distraída que até esqueceu que o tempo também se passava com rapidez, já não olhava no calendário ou muito menos para o relógio.

— Parece que você criou inimizade com o vento, mais o que poderia ajudar é isso — se assustou quando o viu parado em sua frente, logo depois foi até a janela e a fechou com um sorriso diferente no rosto.

Já havia três dias desde sua última conversa, e que no final acabou arrancando o coração dos dois. Stella procurou pelo estresse do seu trabalho, mergulhou afundo no poço em que os papéis se formaram em meio as suas preocupações.     

Não queria pensar, pois se fizesse então bateria na porta dele e o diria o quanto ama.

— Tudo bem? — perguntou como se nada tivesse acontecido, mas carregando nesse sorriso algo incompreensível.

— ahm...sim? — não sabia formula uma palavra, no seu cérebro só vinha o quanto Augusto é o amor de sua vida.

— Vem, acho que ía não é seu lugar — estendeu sua mão para ajuda-la, e assim, ela entregou sua mão como havia entregado seu amor.

Como havia temido ele agarrou sua mão e não a soltou, levou Stella para seu escritório e depois e fechou a porta.

Na rapidez sentiu seu corpo sendo chocado contra a parede, e logo encontra o olhar mais intenso grudados no seu.

Assustada com o que poderia acontecer se o deixasse se aproximar e ao mesmo tempo ansiosa para provar o sabor de seus lábios pois sentia falta.

Augusto encostou seus lábios na ponta do seu nariz.

— Stella — rouco pronunciou seu nome como se confessasse seu segredo mais profundo com um toque de te quero.

Stella com as palavras pressas fechou os olhos e inspirou o perfume dele.

As mãos pesadas com um toque sutil escorregou dos ombros até o antebraço. Seu corpo todo reagiu a essa carícia, mas com medo de abrir os olhos pois não queria arriscar a ilusão de ser um sonho e ter que acordar em desgosto.

Apenas sentiu a respiração dele sobre seu rosto, suas dedos trilhando caminhos de volta para o pescoço.

— Augusto — o chamou quando os beijos por sua clavícula fizeram as borboletas se agitarem no estômago e incentivarem retribuir.

— Como sentir sua falta, amor — roçou seu nariz na bochecha dela enquanto ouvia dois corações batendo acelerados.

— Por favor — implorou, mas não sabia o que implorava exatamente.

Se afastou um pouco para encarar o rosto de Stella vermelho e triste.

— Não me afaste, não faça isso com a gente — enfim, os lábios pedindo passagem foram até os dela.