59. Você nem se importa!

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— Chame Vermax, Príncipe Jacaerys.

— Sirva. — Jace comandou. — Venha.

Alicent fazia questão de que seus filhos estivessem sempre vestidos de verde. Verde Hightower, enquanto os filhos de Rhaenyra estavam em azuis Targaryen e as meninas de Vhaera em vermelho e preto. Pequeno Vis não era grande o suficiente para dragões, e seu ovo ainda não havia chocado, mas Vhaera estava confiante.

Como se os filhos de Alicent com cabelo prateado contra Rhaenyra e Vhaera com preto espesso não os distinguissem o suficiente.

— Vamos... — o guardião do dragão encorajou enquanto seu irmão mais novo e sua prima riam.

— Vermax! — Jace gritou. — Vermax! — Ele chamou novamente mais alto desta vez. Vermax guinchou. — Vamos, vamos.

— Bom trabalho meu príncipe.

— Bom trabalho Jace. — Haezel disse batendo nele com o ombro.

— Zaldrizo aoho syt aeksio sagon ao bevilza, darilaros nuhys... — ele começou a falar em alto valiriano tentando acalmar o dragão quando uma ovelha foi trazida. — Holtz. — Jace declarou.

— Você deve manter o domínio sobre o seu dragão, meu joven príncipe.

— Hae Darilarot Aegot Vvsperzomy.

— Como o principe Aegon fez com Sunfyre. — O guardião do dragão disse a ele.

— Zijosy aot tetiri ozlettosy, não sei o que fazer.

— Uma vez que eles estão totalmente ligados a você, eles se recusarão a receber instruções de qualquer outro. — Vermax rosnou movendo-se contra o comando para chegar às ovelhas.

— Mamãe ama isso. — Aemma comentou.

— Posso dizer? — Jace perguntou esperançoso.

— Mm-hm. — O guardião do dragão concordou. A ovelha baliu nervosamente enquanto era amarrada. Jace deu um passo à frente com um sorriso vertiginoso no rosto.

— Dracarys, Vermax! — Jace gritou e seu dragão cuspiu chamas nas ovelhas alegremente antes de mover-se para seu cadáver e despedaçá-lo.

+

— Haezel Rose. — Vhaera gritou. — Zeus foi bom hoje?

— Ele ouve bem. — Haezel concordou.

— Mas? — Vhaera empurrou.

— Eu quero voar com você mamãe. — Haezel disse a ela.

— Zeus gostaria disso, eu acho. — Vhaera concordou. — Aemma... Venha aqui amor. — Vhaera ajoelhou-se diante dela. — Como está Poseidon?

— Ele ainda é pequeno como eu, mamãe. — Aemma disse a ela quando Vhaera a pegou.

+

— Aemond, temos uma surpresa para você.

— O que é? — Aemond questionou enquanto Aegon o levava mais fundo na caverna do dragão.

— Algo muito especial. — Aegon disse a ele presunçosamente.

— Você é o único de nós sem um dragão. — Jace comentou.

— De fato.

— E nós nos sentimos mal com isso, então encontramos um para você. — Aegon meditou.

— Um dragão? Como? — Aemond disse alegremente enquanto esperava que o dragão emergisse.

— Os deuses fornecem. — Aegon disse a ele presunçosamente. Jace veio andando com um porco com asas amarradas nas costas. O sorriso de Aemond caiu quando ele se aproximou. O porco estava grunhindo e bufando enquanto Jace lutava para segurá-lo.

— Eis aqui... — Aegon declarou enquanto todos gritavam.

— O Terror Rosado! — Os meninos começaram a rir do desânimo de Aemond.

— Certifique-se de montá-la com cuidado. O primeiro vôo é sempre difícil. — Aegon refletiu enquanto o porco continuava bufando.

Desanimado, ele se moveu mais fundo no túnel apenas para ver um dragão de verdade, ele rugiu, um estrondo de fogo explodiu de seus pulmões e Aemond vacilou para trás nervosamente antes de sair correndo, sentindo-se mais desanimado do que nunca. Ele correu
direto para Vhaera.

+

— Oh amor, o que aconteceu? — Vhaera questionou.

— Aegon e Jace, eles... — Aemond parou, ele não queria ser um bebê, ele queria ser corajoso.

— O que seu irmão fez? — Vhaera questionou beijando sua bochecha.

— Eles disseram que me dariam um dragão. — Aemond disse a ela tristemente enquanto ela enxugava os olhos. — Mas eles me deram um porco, colocaram asas nele...

— Oh querido... isso foi muito maldoso da parte deles. Você quer que eu bata em Aegon? Eu vou. — Vhaera ofereceu enquanto o abraçava. — Um dia meu lindo menino você terá um dragão. Eu sei disso.

+

— Este tem 60 anéis... e dois pares de pernas em cada um. São 240. — Helaena comentou olhando para a criatura rastejando sobre suas mãos.

— Sim, é. — Alicent concordou entediada. Ela não entendia o fascínio de sua filha por insetos.

— Ele tem olhos... embora... eu não acredito que ele possa ver. — Helaena disse a ela baixinho completamente cativada pela criatura.

— E por que isso, você acha? — Alicent questionou a filha, ela estava entediada, a maternidade não combinava com ela, ser esposa de Viserys também não combinava com ela.

— Está além da nossa compreensão.

— Eu suponho que você está certa. Algumas coisas simplesmente são. — Alicent concordou.

Ela não entendia a filha, ela era uma menina estranha, mas todos os seus filhos eram meio esquisitos. A porta se abriu chamando sua atenção.

— Tua graça, Aemond. — A guarda do rei anunciou quando o filho de Alicent entrou.

— O que é que você fez?

— Ele fez isso de novo. — Aemond murmurou.

— Quantas vezes você foi avisado?! Devo confiná-lo em seus aposentos?! — Alicent questionou incrédula.

— Eles me obrigaram a fazer isso! — Aemond disse a ela inocentemente.

— Como se você precisasse de encorajamento. Sua obsessão por essas feras vai além da compreensão. — Alicent não era uma Targaryen, ela não entendia de dragões, ela nunca entenderia. Mas foram os dragões que governaram. Ela podia vestir seus filhos de verde, mas isso não os impedia de serem Targaryens e terem sangue de dragão.

— Eles me deram um porco! — Aemond declarou.

— Um o quê?

— Eles disseram que encontraram um dragão para mim. — Aemond disse a ela.

— O último anel não tem pernas. — Helaena continuou.

— Mas era um porco. — Aemond disse a sua mãe.

— Você terá um dragão um dia. — Alicent disse a ele. — E se não... quem se importa?! — Alicent sibilou. — Pare de chorar sobre isso.

— Ele vai ter que fechar um olho. — Helaena continuou falando consigo mesma e com seu pequeno rastejador assustador.

— Todos eles riram. — Aemond disse a ela com um grande beicinho no rosto. — E você nem se importa!

ILLICIT AFFAIRS - Harwin Strong//Criston ColeOnde histórias criam vida. Descubra agora