28. A contaminou

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— O rei exige uma audiência, meu príncipe.

— Tire suas malditas mãos de cima de mim. — Daemon exigiu quando foi agarrado, ele resmungou durante todo o caminho até a sala do trono, onde foi jogado no chão. Daemon ouviu a porta bater e os sapatos de Viserys batendo agressivamente contra o chão, ele olhou para o irmão no chão.

— Minha filha. — Viserys gritou chutando Daemon, ele gemeu no chão de dor. — Você não vai nem negar? — Daemon tossiu limpando a garganta.

— Preciso entender a acusação antes de tentar desacreditá-la. — Ele disse oferecendo um sorriso encantador.

— Você a contaminou, você contaminou Rhaenyra. — Viserys gritou chutando-o novamente, e novamente, Daemon gemeu de dor segurando seu estômago. — Ainda assim, você não diz nada. — Viserys gritou para ele.

— Oh, o que isso importa, irmão? Quando tínhamos a idade de Rhaenyra, transamos na maioria dos bordéis da Rua da Seda. — Daemon rebateu. — Inferno, na idade de Vhaera. — Daemon acrescentou presunçosamente.

— Nós éramos jovens. Ela é apenas uma garota. Sua sobrinha! E não fale o nome de Vhaera assim. — Viserys alertou.

— Rhaenyra é uma mulher adulta, ambas são. — Daemon rebateu.

— Vhaera-

— Não é mais sua garotinha... Melhor que a primeira experiência de Rhaenyra seja comigo do que com uma prostituta. — Daemon refletiu.

— Seu filho da puta... — ele chutou Daemon novamente. — Você a arruinou! Que senhor se casará com ela agora? Nesta condição? — Ele ainda tinha Vhaera, sua boa e perfeita Vhaera. Ela não foi corrompida por Daemon.

— Quem se importa com o que algum senhor pensa? Você é o dragão. Sua palavra é a verdade e a lei. — Daemon o lembrou.

— Passei a vida inteira defendendo você. Mas seu coração é ainda mais escuro do que eu pensava. Eu deveria deserdá-la como já fiz com você e acabar com isso.

— Case-a comigo. Quando ofereci minha coroa, você disse que eu podería ter qualquer coisa. Eu quero Rhaenyra. Vou tomá-la como ela é e desposá-la segundo a tradição de nossa casa. — Daemon ofereceu e Viserys não pôde deixar de rir, ele não era tão estúpido.

— Você já está casado. — Viserys o lembrou.

— Isso não impediu Aegon, o Conquistador, de tomar uma segunda esposa. — Daemon ofereceu.

— Você não é um conquistador. Você é uma praga... enviada para me destruir. — Viserys gritou.

— Dê-me Rhaenyra para tomar como esposa e nós devolveremos a Casa do Dragão à sua devida glória.

— É claro. Não é minha filha que você deseja, é? É o meu trono. Volte para o Vale, Daemon, para sua legítima esposa. Esforce-se para restaurar qualquer resquício de honra que resta em você. Ou não. Não importa para mim. Contanto que você tenha sumido de minha vista para sempre.

— Como quiser, irmão. — Daemon disse se levantando e saindo.

+

— Tio Daemon! Eu queria... o que aconteceu? — Vhaera questionou saindo do lado de Harwin.

— Nada de problemas. — Daemon assegurou beijando sua cabeça. — Oh, você cheira a fumaça. — Daemon comentou com um sorriso.

— Calypso. — Vhaera concordou. — Ontem à noite... — ela sussurrou. — O que aconteceu depois que Harwin me trouxe para casa? — Vhaera questionou.

— Nada amor. — Daemon assegurou. — Vou embora por um tempo.

— Não! — Vhaera declarou. — Você não pode ter ir, tem coisas que preciso discutir com você... melhor dizer em particular. — Ela acrescentou em voz baixa e Daemon sorriu para ela.

ILLICIT AFFAIRS - Harwin Strong//Criston ColeOnde histórias criam vida. Descubra agora