63. Não posso aceitar.

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— Laenor escreveu. Rhaenyra deu à luz outro filho. — Laena disse enquanto se aproximava de Daemon na torre.

— Seu irmão mencionou se este também tem uma semelhança marcante, mas inteiramente coincidente, com o irmão do Comandante da Patrulha da Cidade? — Daemon disse com uma risada. Ele foi visitar Vhaera algumas vezes ao longo dos anos. Quando sua segunda filha nasceu e Vhaera escreveu sem parar para ele. Dizendo que ele precisava á visitar, que ela sentia falta dele e o amava muito e Daemon nunca poderia dizer não a Vhaera. Ele sentia falta de casa. Ele sentia falta de Vhaera e Rhaenyra.

— Ele parece ter deixado esse detalhe de fora. — Laena disse suavemente enquanto se sentava ao lado dele.

— Mm. — Daemon concordou, todos sabiam das atividades de Laenor. Não foi surpresa que os filhos de Rhaenyra tivessem cabelos pretos.

— Sinto falta do meu irmão, Daemon. Como eu pensei que você também sente. — Laena ofereceu.

— Sinto falta do vinho forte de Westeros. Podia-se contar com algumas horas de esquecimento pacífico. Essa merda de âmbar que eles bebem aqui. — Daemon retrucou derramando seu vinho enquanto se levantava. — Vhaera... alguma notícia dela sobre outro bebê? Normalmente, quando Rhaenyra tem um, Vhaera não fica muito atrás. — Daemon meditou.

— Você nunca sente falta de casa? — Laena respondeu ignorando a pergunta.

— Não. — Ele ansiava por amor, amor verdadeiro como ele sabia que sua Vhaera tinha com Harwin. O que ele esperava que Rhaenyra tivesse com Gael também. Ele queria aquele caso de amor proibido que tornava cada toque ardente.

— Eu não acredito em você. — Laena contra-atacou.

— Acredite no que quiser. — Daemon disse com indiferença.

— Você elogia as virtudes de Pentos, mas não tem interesse nisso. Se o fizesse, você se aventuraria na cidade, mas em vez disso, você passa seu tempo aqui, na biblioteca, lendo relatos dos mesmos montadores de dragões mortos cujo legado você afirma não ter nenhum poder sobre você. — Laena exigiu saber.

— Não sabia que estava sendo tão minuciosamente observado.

— Você não dorme.

— Bem, como posso com você assombrando cada movimento meu? — Daemon respondeu olhando para ela.

— A vida, eu sei, decepcionou você. — Laena ofereceu e Daemon riu por que ela sabia que não era sua primeira escolha. — Talvez eu também não seja a esposa que você gostaria de ter.

— Laena. — Daemon disse exasperado.

— Não me dói. Eu fiz a minha paz. Mas você é mais do que isso, Daemon. O homem com quem me casei era mais do que isso.

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— É a alegação de Lord Blackwood, portanto, que os Brackens moveram as pedras da fronteira na calada da noite e colocaram seus cavalos para pastar em seu campo. — Lyonel declarou.

— Por que essa questão não foi trazida a Lorde Grover? Ele ficou tão fraco que não consegue resolver uma briga por causa das pedras? — Alicent atacou.

— Ouvi dizer que o filho de Lorde Grover agora governa Correrrio em tudo menos no nome. — Jasper Wylde comentou.

— Bem, ele também é um Tully e isso continua sendo um problema dos Tully. — Alicent disse a todos eles.

— Eu concordaria. — Viserys concordou.

— Se podemos seguir em frente, meus senhores...

— E, no entanto, os Brackens e os Blackwoods usarão qualquer desculpa para derramar o sangue um do outro. Então... vale a pena investigar essa disputa. Haverá gente do campo que sabe onde as linhas foram traçadas por gerações.

ILLICIT AFFAIRS - Harwin Strong//Criston ColeOnde histórias criam vida. Descubra agora