50 - Saudade de te beijar

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Hᴏᴘᴇ Fᴇʀʀᴇɪʀᴀ

Ajudei Pedri em tudo que pude desde que ele sofreu o acidente e fico muito feliz em ver ele se recuperando tão bem. Faz poucos dias que ele recebeu alta do hospital e felizmente não sente mais nenhuma dor pelo corpo. Ele ficou com uma cicatriz no joelho, outra em um dos braços e uma pequena na testa. Acredito que as cicatrizes devem sumir em breve, já que ele optou por comprar um produto para passar nos locais cicatrizados.

Mesmo me sentindo bem na casa do Enzo, estava com saudade de ficar no meu cantinho. Conversei com ele e Nathy sobre o assunto e os dois decidiram voltar para o apartamento comigo. Meu relacionamento com Pedri está melhor do que nunca e quando não estamos juntos, nos falamos por facetime. Ontem fui surpreendida quando meu amor apareceu no CT para me buscar e me presenteou com um lindo buquê de flores.

Questionei qual o motivo daquele gesto tão lindo e inesperado e fiquei emocionada quando ele disse que fez aquilo na intenção de conseguir alegrar meu dia, pois sabe que estou ficando acordada até tarde para estudar para apresentação de um seminário da faculdade e acordo cedo para trabalhar. Ele passou o resto do dia comigo, levou eu e Nathy para faculdade e só não foi nos buscar porque Enzo já havia mandado o motorista.

Já apresentei o seminário e só precisarei ir à faculdade na próxima semana, então conseguirei regular meu sono. A primeira coisa que fiz após chegar em casa fui ir direto para o banho, depois vesti uma camisola e estava tão cansada que adormeci pouco tempo depois que deitei na cama.

Escuto meu celular tocando e penso em ignorar, no entanto, abro os olhos, viro para o lado e estico a mão para pegar o dispositivo na escrivaninha. Deixo um sorriso escapar ao ver quem está me ligando e atendo a ligação.

— Oi, González.

— Como você está, meu amor? — ele pergunta.

— Estou bem, só quero saber por qual motivo você está me ligando uma hora dessa — falo, assim que percebo que nem 6:00 am são ainda. — Aconteceu alguma coisa? Você está bem, amor?

— Pode ficar tranquila, pois estou bem, princesa — afirma ele. — Te liguei porque estou parado na frente do prédio que você mora e quero te ver. Pode vir até aqui?

— Uhum — murmuro e bocejo. — Só preciso procurar algo para vestir por cima da camisola.

— Imaginei que você já estivesse se organizando para ir trabalhar, mas me enganei — diz ele. — Desculpa mesmo por te acordar.

— Meu turno no trabalho não começa tão cedo assim, amor — digo. — Vou sair para te ver daqui a pouco.

— Posso ir até você — ele diz. — Está sozinha no apartamento?

— Não, Nathy e Enzo estão aqui.

Ele informa que está entrando no prédio e me pede para espera-lo na frente do meu apartamento. Solto o celular, levanto da cama, corro até o banheiro e passo enxaguante bucal. Dou uma boa olhada no espelho e me assusto ao ver o estado do meu cabelo. Como não vou ter tempo de arruma-lo direito, opto por fazer um coque.

Saio do banheiro, pego um perfume e passo um pouco. Abro a porta do quarto, ando para fora do cômodo devagar e noto que o apartamento se encontra silencioso, o que me faz deduzir que Nathy e Enzo continuam dormindo. Chegando na sala, me aproximo da porta e tenho um susto ao escutar alguém me chamando.

Viro de um lado para o outro e ao direcionar meu olhar para entrada da cozinha, vejo Enzo. Ele está vestindo uma roupa social e com um notebook aberto nas mãos.

— Pensei que você e Nathy estivessem dormindo.

— Irei viajar daqui a pouco para uma reunião de negócios em Madrid e só volto mais tarde — revela ele. — Nathy irá dormir mais um pouco, pois está de folga. Imagino que você não vai para o trabalho agora, muito menos de camisola. Então, aonde estava indo?

𝐎 𝐀𝐌𝐎𝐑 𝐀𝐂𝐎𝐍𝐓𝐄𝐂𝐄 - ᴘᴇᴅʀɪ ɢᴏɴᴢᴀʟᴇᴢOnde histórias criam vida. Descubra agora