Because you?

Capítulo 3: A casa de Elrond

Muito longe de Mordor, num lugar em que a guerra não atingirá, Elrond, o senhor de Valfenda, esperava com ansiedade a chegada de seus amigos, pois tinha o pressentimento de que alguém estava brutalmente ferido.

Valfenda era um lugar muito tranquilo, cheio de flores, riachos, cachoeiras e diversas espécies de árvores. Felizmente a escuridão não chegou naquelas belas terras.

A guerra foi ganha. Sauron foi finalmente destruído. Mordor agora era nada mais nada menos do que um imenso buraco no chão, que descia até os confins da terra. Lá apenas jazia orcs mortos, e as enormes rochas ígneas que foram formadas pela lava que a montanha da Perdição jorrou para todos os lados.

Sam e Frodo iriam ser resgatados por Gandalf e suas maravilhosas águias, que com cuidado e agilidade, vão os pegar com suas enormes garras e os levar para Valfenda.

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No campo de batalha, onde jazia muitos soldados e criaturas mortas, podíamos encontrar o rei de Gondor com o príncipe de Trevamata em seus braços.

— Legolas? Diga-me que ainda está aí! - Aragorn segurava o elfo, que parecia estar apenas dormindo entre seus braços. Porém, quando as duas flechas cravadas em seu precioso corpo eram vistas, muitos poderiam dizer que ele estava morto.

Após resgatar Frodo e Sam, Gandalf ordena para as águias que leve-os para Valfenda, pois Elrond cuidaria bem deles.

O Mago Branco desceu de sua águia, pousando a alguns pés de Aragorn e Legolas. O rei percebe quem chegara ao seu lado, e o chama rapidamente.

— Gandalf! Por favor, salve-o. - Ele indica o elfo em seus braços com um aceno de cabeça.

— O que aconteceu com ele? - O mago pergunta, se agachando ao lado deles.

— Foi atingido por duas flechas disparadas por um orc. - O velho analisa os ferimentos - Gandalf, por favor, diga-me que ainda está vivo... - O rei estava quase entrando em colapso de tanta preocupação.

— Deveras, são graves os ferimentos do príncipe élfico, porém seu amigo tem muita sorte Aragorn. Se essa flecha - ele aponta para a que estava um pouco abaixo de sua costela - tivesse sido acertada um pouco mais para cima, ele já teria morrido. Pegaria em uma de suas costelas e iria a perfurar, quebrando-a em pedaços.

"Difíceis serão de curar seus ferimentos. Sabemos que mestre Elrond tem muitas habilidades, contudo, talvez seu amigo não volte a acordar tão cedo, e se voltar, saiba Aragorn, que ele é muito forte mas precisará de muitos cuidados."

Gandalf olha para o rei, que não tirava os olhos do elfo. Sua visão estava turva por conta das lágrimas que não foram derramadas.

— Eu mesmo cuidarei dele. Se não fosse por mim, ele não teria levado essas duas flechadas. Tudo isso é minha culpa. - O rei lamenta.

— Sua culpa, Aragorn? - Gandalf pergunta - Não, nada do que aconteceu com Legolas foi sua culpa. Ele percebeu que você precisava de ajuda, e então o ajudou, matando o troll, o livrando de uma morte dolorosa. Eu o vi, Aragorn, ele deixou tudo que estava fazendo para lhe salvar. Nem eu poderia impedi-lo, acho que nada poderia.

"Vi seu amigo derrubar vários orcs, desviar de golpes quase impossíveis de serem evitados e mirar uma flecha tão certeira, que em minha visão, parecia que ela fora programada para passar dentre todos e acertar bem na cabeça daquele maldito troll. Não, Aragorn, tu não tens culpa por nada disso. Legolas sabe a escolha que fez, a partir do momento em que aceitou fazer parte da Sociedade do Anel, ele sabia que sua vida estaria em risco e que nunca estaria seguro até essa batalha acabar, o mesmo com todos os outros membros."

— Veja bem, Gandalf: A batalha acabou, porém ele não está seguro, sua vida está em risco, precisamos partir rapidamente! Gosto de conversar com você, mas agora não é a hora. - O rei fala em tom sério, porém preocupado.