Capítulo 2: Uma vitória e um desastre

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Inúmeros orcs começavam a formar uma enorme roda ao redor do pequeno círculo de pessoas. Os soldados iam se encolhendo cada vez mais, por causa do medo, do pânico, e a falta de esperança.

Aragorn avança a frente. Enquanto andava de um lado para o outro com seu cavalo, olhando para todos aqueles rostos, apavorados e assustados, ele começa seu discurso:

— Filhos de Gondor, de Rohan, meu irmãos! Vejo em seus olhos o mesmo medo que tomou meu coração. - Sua voz se sobressai ao meio da passadas dos orcs - Poderá haver um dia em que a coragem abandonará os homens e quando abandonarmos nossos amigos e trairmos os laços de amizade, mas esse dia não é hoje! Uma hora de lobos e escudos despedaçados, quando a era dos homens for destruída, mas este dia não é hoje! Hoje nós lutamos! Por tudo que amam nesta bela terra, eu peço que resistam, homens do ocidente! - O Rei saca sua espada, e todos os outros fazem o mesmo, tomando coragem pois sabiam que a pessoa que os liderava era de fato muito sábia e não os abandonaria até o final da batalha.

Legolas e Gimli estavam um do lado do outro. O anão observava com raiva os orcs se aproximarem. Já os olhos azuis claros do elfo estavam atentos, mas não nos bichos em sua volta. Ele tentava enxergar Frodo em Sam na Montanha da Perdição. Ele parece ver algo lá longe, porém ele não poderia afirmar nada. A fumaça que a montanha liberava era muito densa, até mesmo o elfo mais poderoso da Terra Média teria dificuldade em enxergar a tais condições.

— Nunca pensei que morreria lutando lado a lado com um elfo. - Falou o anão, desviando a atenção de Legolas da montanha. O loiro dá um pequeno sorriso.

— E quanto lado a lado com um amigo? - Legolas o pergunta, sorrindo.

— Ah, sim. Isso eu posso fazer. - Ele sorri.

— Um anão sorrindo? Isso é novidade para mim. - Aragorn chega, ficando no meio de seus dois amigos, preparado para iniciar a luta. Sua voz não mostrava medo, ao contrário, seu tom foi brincalhão.

— O que fazes aqui, Aragorn? Tinhas que estar lá na frente, és o rei. - Legolas o encara, sério.

— Mellon, não é porque eu sou rei que deixarei de fazer tudo ao lado de vocês. Além do mais, ainda não fui coroado, não posso ser chamado de rei.

— Mas...- Legolas começa a falar mas Aragorn coloca sua mão em seu ombro.

— Nada de mas, Legolas. Não tens como defender-te. Sem coroação não posso ser chamado de rei. - Ele olha preocupado em sua volta, estavam cercados. Ele aperta o ombro de Legolas. Sente então uma mão sobre seu próprio ombro.

— Seus amigos estão com você, Aragorn. - Ele sorri.

— Obrigada, Legolas.

O "rei" dá um passo para frente e ergue sua espada. A última guerra entre homens e orcs estava prestes a começar.

— Por Frodo e Sam! - Todos os outros repetem o mesmo e começam a correr. Brandindo suas espadas, em gritos de guerra. A batalha tinha começado oficialmente, nada poderia para-la. O barulho das flechas Legolas sendo lançadas já ressoava no ar.

Conseguiram o que queriam. O olho do inimigo estava focado neles, e em algum lugar da montanha da perdição, dois jovens hobbits estavam prestes a destruir o Um anel, se não fosse por Gollum.

O orcs atacaram com tudo, porém os soldados de Gondor e Rohan pareciam ter tomado uma dose de coragem após o discurso de Aragorn. Eles lutavam, todos bravamente.

A espada de Aragorn dançava em suas mãos, ele fincava ela nos corações dos orcs, arrancava pernas, braços e até mesmo cabeças. Sua fúria era tão imensa que nem percebeu algo vindo em sua direção.

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