Capítulo nove

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Colégio Pantawittaya, 7:00h- Bangkok.

POV SAM

Todos pensavam que seria apenas mais um dia, mas eu nem mesmo pude sair do dormitório, os inspetores bateram na minha porta antes do horário de aula e levaram eu e Mier pro auditório. Eu já estava começando a ficar nervosa quando chegamos e todos os nossos colegas estavam lá, coincidentemente todos os que faziam parte do grupinho que Nanno criou um tempinho atrás, foi feito pra todo mundo se inturmar e planejar mais eventos como a minha festa. Será que fomos descobertos? Mas quem é que tentaria nos prejudicar?

-Anda, fiquem nas suas posições. -Um professor exclamou. -Vamos, eu quero todo mundo em silêncio.

-Na cabeça. -Aquela mini inspetora dos infernos murmurou, nos entregando junto com mais um aluno, ela e seu irmão estavam auxiliando na captura de todos os delinquentes.

-Que merda! Como os professores descobriram? -Um garoto chamado Arun resmungou com suas mãos atrás da cabeça. -Deve ter um caguete no grupo.

-Ah... É, a gente vai ter que ficar aqui até amanhã?

-Qual é seu nome? -Uma professora pergunta, anotando em um caderninho todos os nomes e séries dos alunos.

-Sam Anong, senhora.

-Qual turma? -Ela perguntou enquanto anotava.

-65, senhora.

-E você?

-Mier...

POV NARRADOR

Ao longe, professora A conversa com Yuri.

-Obrigada, Yuri, fez um excelente trabalho hoje. Agora pode ir descansar.

-Quer que eu guarde a pasta pra senhora?

A mulher entrega a pasta pra garota, então Yuri vai até a sala da professora e revira até o último arquivo, pra finalmente encontrar o que tanto procurava, com essa informação o caos se instalaria. Enquanto isso, ainda no auditório vazio, todos os alunos detidos permanecem na mesma posição, aguardando.

POV SAM

-Diretor, estão prontos. -A professora A diz em frente ao palco acenando para o homem careca que vestia um terno rosa neon extravagante e brega, parecia uma caneta de marca texto.

-Estão arrependidos de suas ações?

-Nós estamos, diretor. -Todos nós murmuramos em um coro, extremamente desanimados com tanta humilhação.

-Estão arrependidos das suas ações? -Ele perguntou de novo, demonstrando sua insatisfação com a resposta.

-Nós estamos, diretor. -Repetimos, dessa vez, ainda mais alto.

-Muito bom, sempre existe um lugar para aqueles que se arrependem.

Pude ver a professora A cruzando os braços com raiva enquanto encarava eu e Mier, nós sabíamos que faltava alguém naquele monte, a causadora de tudo isso.

-De agora em diante, quem cometer algum delito será punido severamente. Eu quero que todos os alunos sigam as regras da escola rigorosamente, quero que sejam fortes e nunca cedam às tentações. -Ele disse orgulhoso de seu próprio discurso. -Isso é tudo, alunos, voltem para as suas aulas.

Todos os alunos relaxaram e se moveram cautelosamente, com medo de que o homem pudesse mudar de ideia. A professora, ainda furiosa, sussurrou algo no ouvido do diretor e ele confirmou, ela então desceu até nós. Mier tentou me esconder, ela também sabia que as chances da professora vir atrás de mim eram muito maiores, conforme os dias foram se passando, Nanno se tornou cada vez mais próxima de mim e isso era visível até mesmo pra ela.

Sua última vítimaOnde histórias criam vida. Descubra agora