Capítulo oito

127 17 15
                                    




Mansão Anong 8:35h- Bangkok.

Entrei na brisa de Mier, o que não foi uma ideia tão boa, já que o suposto refrigerante me fizera mal. Que tipo de refri te deixa tonto? Nunca ouvi falar, isso só pode ser coisa da idiota da Mier mesmo, ela vai ver só quando eu conseguir levantar desse banheiro. Eu estava sentada no chão, observando a parede que mexia levemente. Meu raciocínio foi quebrado quando ouvi batidas leves na porta e ao dizer que podia entrar, vejo Nanno entrar timidamente e se sentar ao meu lado, visivelmente preocupada, eu sorri xoxa, ela estava mesmo muito bonita.

POV NARRADOR

-Abaixa as pernas, dá pra ver muita coisa desse jeito. -Ela disse, tentando abaixar a roupa da garota com respeito. -Sam.

-Que é... -Se aproximou do ombro dela resmungando e suspirou fundo. -Você tá cheirosa.

-O que você tem, hein? -Nanno perguntou verdadeiramente confusa. -Por que tá agindo dessa forma?

-Hm... -Murmurou sem sentido ao encarar fixamente a boca de Nanno, ato que conseguiu deixar a garota nervosa. -Nanno?

-Oi? -Respondeu com o mesmo olhar fixo nos lábios da garota que, de forma provocativa, se abriram num sorriso travesso.

-Me beija?

Sam deixou com que as palavras escapassem da sua boca, a bebida no seu sangue permitia com que nenhum limite fosse imposto. Pra falar a verdade a garota nunca se sentiu tão leve pra expor seu sentimentos, era essa a sensação que a garota lhe causava, de liberdade excessiva. E ela amava essa sensação, era tudo que ela sempre desejou desde o dia em que se entendeu como gente. Nanno não sabia como agir ou reagir, se mantinha parada observando a garota que já praticamente fechava os olhos pra receber aquilo. Ao invés de se aproximar, tentou puxa-la pro próprio colo, ato esse que, mesmo com relutância, foi bem recebido.

-Não acho que você vá gostar do que teria acontecido quando se der conta do que está fazendo... -Nanno murmurou com puro arrependimento. -Isso não devia ter acontecido... Eu espero que você me perdoe...

Sam não pôde ouvir já que caíra no sono no segundo em que seu corpo se relaxou sobre o da outra. Nanno não ousou se mexer durante aquele tempo, pelo contrário, observava estática a boca entreaberta da garota que depois de um tempo começou a babar, observava os olhos azulados agora fechados e seus cílios naturalmente grandes, o peito subindo e descendo lentamente e suas mechas extremamente convidativas a um cafuné.

Pov Sam

Acordei desnorteada. Só isso. Sentia tonturas e uma dor de cabeça relativamente forte. Demorei a perceber que estava deitada no colo de Nanno e até que isso acontecesse ela continuou mantendo seus olhos fixos em mim, me senti envergonhada, ela faz isso o tempo todo.

-Merda. -Sussurrei. -Dormi?

-Capotou. -Nanno riu baixinho.

-Por quanto tempo??

-Sei lá. Tô sem celular.

-Imprestável. -Murmurei, me levantando. Péssima ideia. -O que é que aconteceu comigo?

-Deve ser sono. -Deu de ombros ao se levantar tranquilamente. -Pressão caiu...

-Hm. -Me olhei no espelho pensativa, tentando ajeitar o cabelo bagunçado. -Certo, vamos voltar. A Mier deve estar me procurando.

Sua última vítimaOnde histórias criam vida. Descubra agora