04 - Harumi Gojo

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O casamento passou e Harumi mal consegui ver o que estava acontecendo. Era como se estivesse em choque. Viu vagamente alguns rostos, mas passou o casamento todo apática.

Quando tudo terminou, as malas dela já estavam prontas. O pai agora estava eufórico pelo casamento ter dado certo apesar de tudo. Misaki seria problema para outra hora.

Eles acompanharam o casal até a porta para se despedirem. Harumi parecia dopada de zolpidem ou algum remédio similar, mas era só a ficha que ainda não tinha caído.

-Harumi, a Keiko vai com você. Para não se sentir sozinha. Amanhã de manhã ela estará lá. - Fumiko deu um abraço na filha. - Estou aqui caso precise.

Não. Não está.

-Bem, genro. Na segunda providenciaremos os negócios. Bem vindo a família Massaro!

-Obrigado, sogro. - Esta última palavra saiu com um leve desdém.

Harumi e Gojo entraram no carro e seguiram viagem até a mansão onde eles viveriam.

A casa extremamente tradicional, datada de pelo menos mil anos de antepassados. A casa cheia de lagos, flores e jardins muito bem feitos e conservados. Na casa morava apenas Gojo e a futura esposa. A mãe dele morava numa casa próxima junto com outros membros do clã. Era similar a onde ela fora criada, só que ainda mais grandioso.

Ele a guiou até o quarto principal onde eles dormiriam. Harumi tremia da cabeça aos pés. Nunca esteve com um homem antes e provavelmente a primeira vez que ela teria aquela noite seria um trauma para o resto da vida.
Ele entrou e sentou-se na cama. E ficou olhando para a jovem ainda parada no meio do quarto.

-Nós vamos dormir aqui. - Ele disse finalmente.

Ela não conseguia dizer nada. O rosto queimava como fogo.

-Bem, eu acho que ouvi você falar... então.. muda você não é...

-Eu... eu não... - ela começou a chorar- Caramba... O que que eu estou fazendo?

-Se sente mal? Se quiser posso chamar alguém...

-Olha Gojo-sama. Eu não estou pronta! Eu sinto muito! Por favor não me force! E-eu nunca fiz isso!

-Calma! Primeiramente, me chame de Satoru.

-Satoru...?

-Não seja formal, somos casados agora, então me trate pelo nome.

-Sim.

-Segundo, eu não vou fazer nada! Eu ainda nem gravei seu nome!

-É... Harumi.

-Harumi... posso te chamar de Haru? Fica mais fácil.

-P-pode...

-Ok, se quiser dormir aqui ok, se não. Eu pedi para prepararem um quarto para você.

Ela finalmente observou o homem com mais calma. Alto, mãos grandes, olhos muitos azuis, os cabelos que caiam sobre o rosto, o corpo atlético. Elegante. Ela desviou o olhar envergonhada.

-Você achou que eu ia te estuprar?

-N-Não seja ridículo! Eu só achei que você quisesse que eu cumprisse minhas obrigações!

-Se não for bom pra você que graça vai ter? - Ele a encarou de uma maneira diferente. Harumi ficou desconcertada.

Ele levantou e foi até ela que ainda estava rígida no meio do quarto. A diferença de altura era absurda.

-Você pelo menos já deu um beijo na boca?

-C-claro! - Mentiu.

Harumi estudou em escolas para garotas a vida toda e a faculdade ela não ficou nem 3 meses.

O rosto dela se avermelhou como brasa ao ver o marido tão próximo.

-Agora sou seu marido. De vez em quando pelo menos um selinho eu tenho que dar em você, ou as pessoas vão comentar.

O coração de Harumi começou a bater mais forte, como se fosse sair pela boca. Ele tocou o queixo dela, pedindo consentimento, ela cedeu meio receosa e se aproximou dele mais um pouco. Ele se curvou até o rosto dela e lhe deu um selinho nos lábios. Ela mal conseguia respirar.

-Viu, vai ser assim. Eu toco no seu queixo e você me corresponde. E se posso sugerir, pelo menos hoje a noite durma aqui.

Ela acenou a cabeça positivamente e ficou olhando ele se afastar. De costas para a moça foi tirando a roupa do casamento para vestir o kimono já separado em cima da cama para ambos. A jovem ficou constrangida e desviou o rosto.

-Não precisa esconder o rosto. Não há nada demais em ver seu marido como veio ao mundo.

-N-Não! Eu não!

-Quem você acha que vai te ajudar a tirar este kimono? Falando nisso preciso que venha aqui.

As roupas tradicionais tinham muitas peças e algumas eram vestidas e tiradas por outras pessoas.

Ela se aproximou ainda trêmula e foi desamarrando as peças com certo desajeito.

-Seu pai tinha razão.

Ela ergueu o olhar para o marido.

-Você é mesmo desajeitada.

-Não deboche de mim!

-Não estou debochando. É um fato.

-Perfeita era minha irmã. Eu sou o que sobrou. Sinto muito por isso.

-Não ligo para isso.

Ela ficou irritada e envergonhada ao mesmo tempo. Depois de certa dificuldade foi tirando as peças uma por uma, deixando a pele pálida do homem a mostra. O peitoral definido chamou a atenção de Harumi, as longas pernas, as costas largas. Depois ele mesmo se vestiu de maneira mais confortável e tocou no obi da esposa para ajudá-la a se despir.
Ela se afastou bruscamente.

-Calma. Não vou te machucar. Me permita por favor. - Ele disse calmamente.

Ela cedeu. Ele puxou os punhos fechados dela para baixo e a fez relaxar de leve. Ao contrário dela, ele era bom no que fazia. Tirando peça por peça lentamente, deixando o corpo esguio da jovem a mostra. Assim que teve oportunidade abraçou os próprios seios e se encolheu constrangida. Ele ainda fez questão de soltar o acessório de cabelo e deixá-los cair suavemente. O cabelo de Harumi ela longo e muito preto. Depois ele gentilmente cobriu seus ombros com o kimono. Depois entregou a ela uma sacolinha de presente.

-O que é isso?

-Um presente.

Ela abriu a embalagem e dentro uma camisola longa de seda na cor champanhe. Ela ficou vermelha e sem graça.

-Você tinha comprado para a Misaki.

-Não. Este mandei comprar para você, antes de chegarmos aqui. Vista.

Ela virou-se de costas para que ele não visse os seus pequenos seios e vestiu a elegante camisola de núpcias. Depois virou para ele.

-Ficou maravilhoso em você.

-Você só me viu uma vez, hoje. Como acertou o tamanho?

-Perguntei sua dama de companhia. Agora venha, deite-se. Vamos dormir.

Ela obedeceu, deitou de costas para ele e demorou a adormecer. A cabeça dela estava a mil. Ela acordou como Harumi Massaro e estava indo dormir como Harumi Gojo.

O preço de uma esposaOnde histórias criam vida. Descubra agora