28 - Amar, também é deixar ir

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O bebê de Maki nasceu pouco tempo depois. As famílias antes morando sob o mesmo teto agora seguiram suas vidas independentemente. Ichiro e Kasumi saíram da empresa da família e acabaram indo trabalhar na empresa Gojo. Misaki montou o próprio consultório e Suguru continuou com seu trabalho de coaching e também montou um podcast junto com Misaki. Os dois se casaram apenas no cartório com a presença apenas dos irmãos de Misaki.

O pai da família Massaro teve que responder as acusações da filha, além de outras coisas que foram aparecendo como lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. Kendi gastou boa parte da fortuna com advogados e a mancha do nome Massaro se alastrou como um câncer. As empresas aliadas cortaram relações e com isso, a família Gojo comprou boa parte dos bens para que a família não ficasse pior do que já estava.

Harumi cumpriu a promessa e manteve olhos diante do pai para que não fizesse nenhuma besteira. Contratou advogados, pagou a terapia. Mesmo que ele não a respeitasse, ela ainda o amava como um pai.

Kazumi divorciou-se formalmente de Mai e foi morar com Megumi. Os dois montaram uma clínica especializada em atendimento para crianças.

Maki balançava o pequeno Inari no colo olhando para os olhos do pequeno. Ela se emocionou ao ver a semelhança com Yuta. Ela se perdia em seus pensamentos quando alguém a chamou.

-Senhora. Você tem visita.

-Peça para entrar.

Maki continuou a cantarolar para o seu filho.

-Maki... - a voz de Yuta chamou a sua atenção.

-Yuta! - Ela se assustou ao ver o pai de seu filho parado em frente à porta.

-Desculpa, eu vim sem avisar. Fui na sua antiga moradia e eles me deram este endereço. - a voz branda do rapaz a deixou desconcertada. Nem se parecia com o último encontro que terminou com ameaças e xingamentos.

-Tudo bem... eu só não esperava você aqui.

-Sinto muito pelos problemas da sua família.

-Tudo bem. Na verdade acho é pouco. A bagunça com os Massaros afetou também os Zenin, que não estão numa situação melhor.

Yuta olhou carinhosamente para Inari no colo de Maki.

- Você quer segurá-lo? - Maki perguntou olhando para Yuta.

-Eu posso?

-Claro, ele é seu filho.

Yuta pegou o pequeno Inari e olhou no rosto do filho. Os olhos do pai se encheram de lágrimas em meio a um sorriso tímido.

-Ele é tão lindo... - Ele disse segurando os dedinhos do bebê.

-Parece muito com você.

-Maki... eu queria tanto que a gente pudesse ter ficado juntos. Criar nosso filho juntos... mas, agora você tem um marido. E...

Maki abaixou o olhar. O coração palpitava forte. O que sentia por Ichiro era intenso, mas o sentimento que tinha por Yuta era puro. Um amor puro. Ela o amava de todo o coração e olhando ali para ele, ela teve certeza disso. Toda a raiva, mágoa, tristeza havia ido embora e aquele sentimento puro invadia seu coração mais uma vez.

-Yuta... você e a... Sati...?

-Não. Não temos nada.

-Hum.

Ele andou pelo quarto segurando o bebê e cantarolando.

-Maki, eu acho que nunca vou amar ninguém como eu amo você. É isso.

A jovem começou a chorar silenciosamente. As lágrimas rolavam sem parar. No fundo do coração ela sabia que com ela era a mesma coisa.

-Desculpa, eu não queria ficar chorando assim.

O preço de uma esposaOnde histórias criam vida. Descubra agora