Resquícios da culpa

22 2 4
                                    


Vasto, bonito e pungente, sua superioridade deprimente.
O medo que amplifica e afaga, da solidão uma companhia frequente.
O peito em brasa chora, inflando- se com um vazio crescente.
Os lábios engolem grossas palavras, restos de um sentimento ausente.

Seu âmago em angústia gritante chama por auxílio com veemência:
- Lhe peço com fervor, ajudá-me, ó ser de tamanha onipotência!
O silêncio lhe aflige mais que qualquer mal em sua abrangência.

Um erro jamais passa batido, tamanho é o peso em sua consciência.
Dilacerada a alma chora por clemência.
Desejando jamais ter abusado de sua competência.
- Perdoai-me de tal negligência!

Seu fim se aproxima; lentamente a culpa vem lhe adentrando.
A dor nada ajuda, só está corroborando.
O mundo todo caiu, mas o globo continua girando.

introspecções de uma mente em caos.Onde histórias criam vida. Descubra agora