Essa história é um relato de amor proibído que a morte separou temporariamente, mas a reencarnação deu mais uma oportunidade. Em 1890, Célia Blake foi prometida para um duque, Bernard March, mesmo que seu coração pertencesse à outro alguém, Arthur T...
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Passei dias sem ver o pessoal e principalmente o meu melhor amigo. Apenas fiz alguns exames de rotina nessa semana para entregar para Thomas, mas não cheguei o ver também. Aquilo que ele havia me dito mexeu com a minha cabeça. Ninguém sabia o que havia acontecido de fato, nem mesmo a minha família. Nesse momento, eu assistia televisão e uma propaganda me fez mudar totalmente minhas rotas. "Você não pode mudar o que aconteceu, mas pode evitar acontecer outras vezes. " Na mesma hora, peguei o meu celular e mandei uma mensagem para Chris e o informei que tinha algo para contar. Fiquei me preparando para ter a reação dele ao saber de tudo. Sentia tremores pelo meu corpo até que ouvisse a campainha tocar algumas vezes. Quando me levantei para abrir era Chris, que estava curioso.
— E então? — ele entra em minha casa e eu fecho a porta. — Vamos sentar, acho que eu te devo satisfação. — eu disse, enquanto fechava a porta e o acompanhava até o sofá.
Chris estava preocupado e eu precisava desabafar, como sempre dizia aos meus pacientes desabafar é algo terapeutico.
— O real motivo da minha mudança para cá foi por causa do Charles. — suspirei fundo.— Lembra que você foi me visitar há dois anos atrás? — Sim, você me garantiu que Charles era o homem perfeito e que tudo estava bem. — Eu menti, não estava tudo bem. — me desabei em choro.— Charles me traiu todo esse tempo com uma amiga dele, eu descobri um dia depois que você foi embora e quando o confrontei, ele me bateu. A mãe dele me convenceu a lutar pela família e eu, boba, aceitei e continuei ao lado dele. Eu descobri que estava grávida e ele me garantiu que havia terminado com a amante, me tratava como uma princesa até eu descobrir que ele continuava com ela. Acabei o nosso noivado, eu perdi o bebê, perdi tudo. — O que?— saiam lágrimas dos olhos do meu amigo.— Por que você não me contou isso antes? Você denunciou ele antes de ir embora? — Não, eu só disse que era melhor rompermos o noivado e ele aceitou de uma forma tranquila, ele me deixou no aeroporto. — Pois nós temos que viajar até a Austrália e denunciá-lo. Já pensou que ele pode repetir isso em outros relacionamentos? — Eu tive medo de denunciar e ele vir atrás de mim. — me levantei e ergui a saia longa que usava. — Quando eu perdi o bebê, há seis meses atrás, ele marcou a minha coxas com a fivela do cinto. —Nós vamos hoje à noite mesmo. — ele me disse e me deu um abraço. — Ficará tudo bem com você, okay? Ele não vai atormentar você.
Um peso havia sido liberado de mim e eu pude finalmente ficar tranquila com tudo aquilo. Chris disse que iria falar com Scarlett, ela era advogada e poderíamos processar Charles. Partiríamos durante a madrugada para fazer a denúncia, para que pudéssemos voltar em seguida para Nova Iorque. Ele partiu, mas logo voltaria para me buscar. Eu arrumei algumas coisas em uma mala pequena, seriam apenas três dias para resolver isso e coloquei algumas coisas que precisaria. Arrumei o meu cabelo e os prendi em um rabo de cabelo e fui tomar um banho. Em seguida, troquei de roupa, colocando um moletom azul com uma calça jeans e um tênis nos pés, esperando quem nos levaria. Ouço a buzina do carro e corro até o lado de fora do apartamento, trancando tudo e deixando tudo em ordem. Chris me ajudou a colocar minha bagagem no porta-malas e depois entrei no carro, dando de cara com Tom e Scarlett que já sabiam do assunto.
— Vamos resolver isso, okay? — disse a loira. — Trouxe Tom comigo porque ele era médico perito legista e trabalhou com alguns psicólogos e psiquiatras na área. — Eu sinto muito. — lamentou Tom.
