Capítulo VII - Responsabilidades e Refúgio

133 12 0
                                    

Sábado 20 de dezembro de 2021 – Apartamento de Levi Ackerman – Centro de Tóquio

- Eu sinto muito pelo meu tio. – Ele lamentou.

- Não se preocupe. – Ela respondeu.

- Às vezes ele consegue ser inconveniente. – Sua destra alcançou a gravata preta em cima da cama, estendida junto ao terno. – Ou sempre.

- Estou acostumada com parentes sem noção. – Ela riu, deixando de lado a bolsa preta de lado e caminhando até Levi. – Tenho uma tia que vive me perguntando quando vou me casar.

- Não sei se é a mesma coisa. – Ele disse, desistindo da gravata e deixando Sakura conduzir o nó da peça.

A manhã chegou rápido para ambos. Levi e Sakura adormeceram depois de se limparem e conversarem.

Conversaram sobre o dia, e de como seria de agora para frente. Como seriam suas noites, como seriam as noites de Ikitaru.

Afinal, Levi tinha uma responsabilidade.

E mesmo que essa responsabilidade tenha sido jogada para o seu colo sem seu consentimento, e sem a opção de negar, ele zelava pelo jovem Yeager.

Talvez Sakura teria que pegar algumas folgas no porão. Talvez Levi tenha que pegar algumas folgas da empresa, de quebra, Sakura também teria.

Mas agora, a menor das preocupações de Levi seriam as férias que estava precisando.

Sua mãe estava prestes a ter os aparelhos desligados e seu tio problemático estava hospedado em sua casa.

Sem contar com Mikasa.

Teria que ligar para a mulher ainda hoje pela manhã para avisar sobre sua decisão.

- A agenda de hoje está apertada? – Ele perguntou, enquanto era apertado pelo nó da gravata que ela fazia.

- Não muito. Só se quiser ter uma reunião com os Uchiha's. Madara pediu por uma ontem quando saímos. – Ela respondeu. Seus dedos deleitando pelos ombros largos do Ackerman. – Mas creio que não é necessário.

- Não mesmo. – A destra do maior encontrou com as de Sakura, enquanto mantinham uma distância considerável. – Só preciso falar com Mikasa ainda essa manhã.

- Vou cancelar as reuniões pela manhã. – Sakura sorriu e se afastou de repente caminhando pelo quarto. – Vou passar as reuniões para a senhora Tsunade.

- Ela vai ficar irritada. – Leva sorriu enquanto seguia a menor para fora do cômodo.

Ambos saíram sorrindo pela sala, até chegarem na sala com a voz estrondosa de Kenny saindo da cozinha.

- Os pombinhos acordaram? – O homem saiu segurando um pote grande de pasta de amendoim e uma torrada queimada.

- Tio. – Levi chamou. – Acordado essas horas? Não tinha pedido que fosse acordado?

- Tenho muito o que fazer na cidade sobrinho. E os pombinhos demoraram tanto para acordarem que decidi não ir ao hospital hoje. – Ele explicou. – Talvez mais tarde.

- Vou preparar um café. – Sakura ditou, caminhando para a cozinha.

- Vou ligar para a Mikasa essa manhã e contarei minha decisão. – Levi anunciou.

- Ainda não havia falado com sua irmã? – Kenny ralhou. Balançou a cabeça em negação por alguns segundos até encarar Levi novamente. – A primeira coisa que devia ter feito, era contactar Mikasa moleque.

- Ela está fora a muito tempo. Não dá o mínimo de suporte para o filho, e não vem visitar nossa mãe a anos. O que exatamente eu deveria contactar, a não ser que nossa mãe vai ter os aparelhos desligados? Na cabeça dela isso já devia ter acontecido. – O moreno se irritou.

Preto no branco - levisakuOnde histórias criam vida. Descubra agora