Capítulo 13

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Depois de devidamente vestidos, Aoi e Rengoku saíram do quarto e se encontraram com os demais no hall de entrada da Mansão Borboleta. Tanjiro segurava uma manta de cor esverdeada para que Aoi se protegesse do sol, o mesmo estava com a caixa onde ele mantinha quando precisava viajar durante o dia, o que mostrava que a irmã também participaria da reunião. Shinobu não estava ali, provavelmente já se encontrava no pátio da mansão do mestre da milícia.

Rengoku pegou a manta e colocou por cima de Aoi, cobrindo sua cabeça e deixando somente o rosto de fora. Ela o olhou preocupada e ele a abraçou fortemente.

- Estou aqui, Aoi. Ninguém irá lhe machucar – garantiu, fazendo um carinho nas costas dela.

- Nós também vamos garantir sua proteção, Aoi-san – Tanjiro falou, tendo o aceno de Zenitsu e Inosuke.

- Melhor irmos, Kagaya-sama não gosta de atrasos – falou o Pilar das Chamas.

A manta era grande e grossa, Aoi sentiu-se sufocada e com calor, mas não disse nada, apenas se manteve agarrada no braço de Kyojuro enquanto seguiam em direção a mansão. Tanjiro e os outros vinham atrás.

Em questão de minutos estavam atravessando o portão da mansão e seguindo pela trilha que levava até o pátio onde normalmente ocorria as reuniões com os Hashira durante o dia. A noite era em um cômodo dentro da mansão. Rengoku sentiu um aperto mais forte em seu braço e se virou para olhar para Aoi e a viu suspirar pesadamente e logo se preocupou.

- Aoi, você está bem?

- Está muito quente – comentou, respirando com dificuldade – A manta é ótima para me proteger, mas aquece meu corpo. Não estou conseguindo respirar direito – disse.

Rengoku assentiu, compreendendo e rapidamente a tomou nos braços, a colocou em suas costas de cavalinho e depois continuou a seguir em direção ao pátio. Tanjiro e Zenitsu vieram mais perto dela para caso a manta caísse, Inosuke vinha atrás fingindo indiferença, mas também estava preocupado com a oni. E então, logo estavam adentrando o grande pátio da mansão do mestre, um lugar com arbustos bonitos e bem cuidados, um laguinho ao fundo e sons de pequenas cachoeiras ao longe, o chão era todo de pedrinhas que faziam barulho ao serem pisadas.

O som das mesmas atraiu a atenção de todos os presentes ali. Os Hashira logo avistaram Rengoku chegar, com alguém em suas costas e Tanjiro e seus amigos logo atrás, mas amparando de certa forma a pessoa que o Pilar das Chamas carregava. Rengoku não disse nada e muito menos cumprimentou os colegas, coisa que era difícil dele não fazer, pois, Kyojuro era sempre animado e comunicativo, e cumprimentava a todos, até mesmo Giyu, que era o mais antissocial dentre os Hashiras.

Rengoku simplesmente passou por eles, subiu no e adentrou a varanda aberta do Mestre que já se encontrava no local também, sentado sobre uma almofada confortável. Uma de suas filhas cochichou no ouvido dele que Rengoku havia chegado junto dos outros. E ele assentiu, sorrindo minimamente.

Os olhos dos companheiros de luta de Kyojuro estavam todos fixados na pessoa que ele escoltava, e quando a manta foi retirada de cima dela, as expressões deles foram as mais diversas. Alguns arregalaram os olhos, outros ficaram em silêncio e outros exclamaram em voz alta a indignação.

- Rengoku, o que significa isso? - indagou Obanai, ficando-se de pé e apontando para Aoi como se ela fosse o ser mais desprezível. O que na visão dele, ela era.

- Como ousa trazer essa criatura para dentro da casa do nosso mestre? Você o ofende! - Sanemi rosnou .

Mitsuri mantinha uma expressão de surpresa e perplexidade, mas não expressou nada além disso. Shinobu e Giyu ficaram em silêncio, enquanto os outros exclamavam em voz alta. Mas Rengoku nada disse, apenas se posicionou diante de Aoi de forma protetora, principalmente ao ver Sanemi levar a mão da sua katana. Ele fez a mesma coisa, encarando o amigo com um aviso no olhar que antes era tão expressivo.

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