[𝐋𝐢́𝐯𝐢𝐚 𝐀𝐧𝐝𝐫𝐚𝐝𝐞,
𝐞𝐦 𝐜𝐚𝐬𝐚.]Sentindo a liberdade do ar novamente, ansiava por algo além das paredes hospitalares. Apenas Neymar me acompanhava, pois Richarlison estava em um breve hiato de treinos, e a Copa se aproximava inexoravelmente. Mesmo com uma calma emergindo e uma sensação ligeiramente melhor, a sombra do recente acontecimento persistia.
Os flashes da imprensa atingiram-nos assim que deixamos o hospital, uma multidão de câmeras focadas em mim. Apressei-me a entrar no carro enquanto Neymar tentava proteger-me com uma blusa.
— Está tudo bem? – ele questionou, preocupado. Respondi com um sorriso fraco, uma mentira óbvia, mas uma necessidade para seguir em frente, especialmente com a iminência da Copa do Mundo e a necessidade de não distrair meu irmão.
Olhando pela janela do carro, recordei o post de Antony. Liguei o celular para conferir se havia mais informações, mas Neymar interveio, impedindo-me de ler.
— Sem celular hoje, certo? Você merece um dia de princesa para lembrar o quanto é especial. – Neymar afirmou, retirando o celular da minha mão. – A mídia deturpa muito as coisas, Liv. Não use isso como fonte de informação.
A mídia, de fato, podia distorcer, mas a verdade permanecia. Eu era retratada como hipócrita, duas caras e mentirosa. Antony, prometendo desmentir qualquer calúnia contra mim, permaneceu em silêncio. Mais uma vez, a mídia glorificava o homem que seduz e eu arcava com as consequências. Neymar, porém, tentava ajudar-me a superar a insegurança e medo gerados por tudo o que havia ocorrido.
— Chegamos! O Richarlison pediu para avisar que o Antony, Paquetá, Vini e Martinelli estão aqui também. E, além do Antony, ninguém sabe o que aconteceu. Não se sinta culpada, nem com medo do que eles vão pensar, Richarlison disse que você só ficou doente, sem dar detalhes. – Neymar informou ao chegarmos à casa.
Sorri fraco e segui-o para dentro. Na sala, cumprimentei todos, mas Antony permanecia desanimado, com o semblante fechado desde a minha entrada. Minha atenção desviou-se quando Richarlison apareceu com uma caixa de lanches.
— Fez a boa, Richarlison! – Paquetá comentou animado, enquanto Martinelli brincava sobre a namorada do colega tê-lo "domesticado". Ri junto, mas a atmosfera estava tensa, especialmente com a apatia de Antony.
As risadas e brincadeiras soavam como um eco distante em minha mente, abafadas pelas preocupações que persistiam. Sentada no sofá, observei o vai e vem dos pensamentos, tentando decifrar as emoções entrelaçadas. Neymar, ao meu lado, parecia compreender o peso que carregava. Será que ele também percebia o desconforto que pairava no ar? A incerteza, como uma névoa densa, envolvia-me, obscurecendo o caminho à frente.
[...]
Desde que cheguei do hospital, não tive qualquer conversa com Antony. Ele não fez questão de um simples "Oi" para mim, nem mesmo as desculpas que esperava. Richarlison, aparentemente, apreciava o afastamento, preocupado em me proteger de possíveis mágoas. No fundo, eu desejava não me importar com o afastamento de Antony, mas era difícil não lembrar das risadas compartilhadas naquela noite. Contudo, eu não nasci para sofrer por meninos, especialmente se esse menino for Antony Matheus.
Conversei com minhas amigas sobre o ocorrido, principalmente com Duda, que foi a primeira a saber. Ela, namorada de Lucas, me aconselhou diante da situação, mas suas tentativas de me fazer considerar Neymar como opção romântica não prosperavam.
Eu me perguntava se, em meio às confusões, eu conseguiria traçar um caminho claro. As relações humanas, sempre tão complexas, agora pareciam um labirinto emocional. As palavras de Richarlison ecoavam em minha mente, alertando-me sobre Antony. Será que ele estava certo? Será que eu deveria evitar Antony, mesmo que o desejo de entender, de compreender o que se passava em sua mente, persistisse?
A dinâmica na casa prosseguiu, com risadas e planos para a noite, mas a presença de Antony era como uma sombra pesada. Eu queria seguir em frente, mas as peças do quebra-cabeça emocional ainda não se encaixavam completamente. Enquanto me esforçava para assimilar todas as informações, uma mistura de emoções me envolvia, revelando a fragilidade das relações humanas. E, no silêncio dos meus pensamentos, questionava-me se havia mesmo um caminho claro ou se estava destinada a percorrer um labirinto de incertezas.
Duda, confidente de longa data, também opinou sobre a situação. Sua intensidade, no entanto, revelava uma preocupação genuína por minha felicidade e bem-estar. Mesmo diante das incertezas e do turbilhão emocional, mantinha-me firme na ideia de não sofrer por Antony. Se ele escolheu afastar-se, era um caminho que eu também estava disposta a trilhar.
xoxo, vi.
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𝗗𝗘𝗔𝗥 𝗔𝗡𝗧𝗢𝗡𝗬, 𝗜 𝗛𝗔𝗧𝗘 𝗬𝗢𝗨
Fanficᵃⁿᵗᵒⁿʸ ˢᵃⁿᵗᵒˢ ˣ ᶠᵉᵐ ᵒᶜ ᶠᵘᵗᵉᵇᵒˡ ᶠᵃⁿᶠⁱᶜ. ───── ❝𝗢𝗡𝗗𝗘 𝗟𝗜𝗩𝗜𝗔 𝗔𝗡𝗗𝗥𝗔𝗗𝗘, a irmã de um dos jogadores mais famosos da copa do mundo, acaba saindo com o seu pior pesadelo, 𝗔𝗡𝗧𝗢𝗡𝗬 𝗦𝗔𝗡𝗧𝗢𝗦.❞ 𝗙𝗜𝗡𝗔𝗟𝗜𝗭𝗔𝗗𝗔 (𝗲𝗺 𝗿𝗲𝘃𝗶𝘀𝗮̃𝗼)...