───── 09, idiota merecedor.

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[𝐋𝐢́𝐯𝐢𝐚 𝐀𝐧𝐝𝐫𝐚𝐝𝐞,
𝐞𝐦 𝐜𝐚𝐬𝐚.]

Despertei na manhã seguinte com os raios solares ultrapassando pelas brechas da minha cortina. Abri o olho lentamente e passei o olhar pelo quarto, eu estava em casa de novo. Cocei os olhos e me sentei na cama, com uma enorme dor de cabeça, passei a mão pela testa sentindo dor e olhei pra cômoda, Richarlison tinha feito o prazer de deixar uma cartela de remédio de dor de cabeça na cabeceira e um copo da água, amo meu irmão. Peguei e tomei o remédio, largando o copo na cômoda outra vez e pegando meu celular.

Haviam muitas mensagens de várias pessoas, olhei rápido os nomes dos contatos e joguei o celular na cômoda também, indo pro banheiro. Tomei um banho tirando o estresse da noite seguinte sentindo meu corpo se renovar. Peguei apenas meu celular, troquei de roupa e fui descendo as escadas, encontrei Antony sentado mexendo no celular enquanto estava largado pelo sofá. Ele notou minha presença, mas me olhou rápido e voltou a olhar o celular. Eu passei pela frente dele sem dizer nada e nem sequer observá-lo e fui em direção a cozinha, sentindo a raiva subir. Richarlison tinha mesmo que convidar o Antony depois do que aconteceu?

Peguei um lanche frio que sobrou do dia anterior e coloquei um pouco de refrigerante em um copo. Coloquei o lanche pra esquentar no micro-ondas e meu celular vibrou, olhei atenta para a bancada aonde eu tinha deixado e li o nome do contato. Ia ignorar, mas surgiu uma segunda notificação. Bufei irritada e peguei o celular, desbloqueando a tela e entrando na conversa.

"Olha, eu sinto muito por você pensar que eu sou um merda agora. Eu também queria ser seu amigo."
"Liv, não me ignora! Eu sei que você tá lendo."
Antony.

Eu olhei muito furiosa, mas eu não conseguia não o responder. Contudo, era difícil de entender se ele realmente estava arrependido, ele podia estar mentindo e me iludindo, esse pensamento me convenceu a não deixar tão fácil pra ele essa situação.

"Me deixa quieta, Antony Matheus."
visualizada

- Não consigo. - ele apareceu atrás de mim, com uma expressão séria. - Para de me olhar assim, eu sei que errei. - ele cruzou os braços. - Para de graça, eu sei que você quer me perdoar.

Ignorei ele e fui pegar o lanche pra comer, aproveitei pra me sentar no banco da bancada e continuei lá, ele se sentou ao meu lado e ficou quieto. Olhei pra ele confusa mas tentei não falar nada, porém não durou muito tempo quando percebi que ele iria ficar ali mesmo.

- Antony... O que você quer comigo?

Eu não entendia, um dia a gente estava se odiando e no outro dia ele queria resolver tudo ou fingia que nada aconteceu, como se ainda estivesse tudo bem. Eu ficava confusa e ele parecia nem perceber, ele sumiu, me deixou, me ignorou e agora estava ali outa vez atrás de mim.

- Você me deixa confusa.

- Eu não queria te deixar assim, mas você sempre quer brigar comigo e eu só quero resolver as coisas. - ele falou e eu ri sarcástica.

- Eu sou a errada agora... Entendi. - falei. - Eu acho que não preciso citar os meus motivos, não é?

- Lívia, eu não estou te culpando mas nas duas últimas vezes em que eu fui falar com você, você gritou comigo, me insultou e me expulsou.

- Eu vou precisar mesmo dizer todos os motivos que tenho pra gritar muito com você durante todo esse tempo? - soltei o lanche no prato irritada, olhando pra ele.

- Não, não precisa Liv. As pessoas já me avisam o suficiente o quão filha da puta eu sou.

- Ainda bem que você sabe... - murmurei desgostosa e ele ignorou, continuando a falar.

- Mas eu não queria ter sido assim com você.

Eu não soube como reagir então voltei a comer. Outra vez eu estava confusa... Não sei se ele merecia as minhas desculpas, tinha medo de ele fazer a mesma coisa de antes mas ao mesmo tempo ele parecia tanto se importar comigo, porque está há dias tentando se reconciliar comigo. E eu também gostava dele, queria ele por perto, ele era uma pessoa legal e o fato de estarmos afastados e brigados me deixava chateada, porque não era pra ser assim. Eu sentia algo diferente em relação a ele, algo que eu não conseguia explicar mas que eu achava péssimo pra mim... O fato de eu não conseguir me distanciar.

- A gente pode tentar uma amizade? Por favor, Liv. - ele pediu sorrindo e eu suspirei, aceitei antes que eu me arrependesse e ele saiu da cozinha, sorrindo.

"Sabia que você ia me perdoar. :)"
Antony.

xoxo, vi.

𝗗𝗘𝗔𝗥 𝗔𝗡𝗧𝗢𝗡𝗬, 𝗜 𝗛𝗔𝗧𝗘 𝗬𝗢𝗨Onde histórias criam vida. Descubra agora