Mudanças

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2 anos depois

As dores, eram carregadas todas na alma de, Jennie, preenchida só pelo vazio, tudo era tão profundo que ela sentia que iria afundar, mergulhando!
Em pensamentos fundos.

Jennie, era igual o homem de lata, enferrujada e sem coração. Imergiu de baixo d'água da piscina, estava frio e passava de 1 °C, porém a garota não se importava caso morresse de hipotermia, a água gelada ardia sua pele e seus lábios tremiam, mesmo assim ela continuava lá. Jennie era um tipo de masoquista? Talvez, mas ela só queria que de algum modo aquilo passasse.

Que seus monstros sejam pequenos e que não precise entrar toda vez no quarto do pânico, porque cada vez que ela voltava para lá, eles ficavam maiores, sombrios…

Voltou a superfície com o corpo gelado, estava toda arrepiada, com certeza ela pegaria um resfriado de imediato.

Suspendeu seus braços na borda da piscina, deixando que o resto do seu corpo flutuasse na água. Com a ajuda de um esqueiro, acendeu um cigarro, vendo o maço queimar, e entre dois dedos, puxou a fumaça para dentro, a soltando logo depois.

Jennie, adquiriu esse vício após perder a mãe, não foi o suficiente perder a irmã, a vida ainda a deixou com uma família incompleta.

— Jennie Kim! — Uma voz penetrante e rude ecoou de longe, reconhecia ser seu pai e por seguinte apagou o cigarro, e quando ele chegou onde estava, tentou disfarçar, sendo a boa atriz que era.

“Ele finalmente resolveu aparecer”

Após perder a filha e a esposa, o senhor Kim deixou de ser uma pessoa flexível, passando para um pai rígido, pegando no pé de, Jennie, querendo que ela se vira responsável e criasse independência.

A garota se sentia mais sozinha ainda, quando seu pai preferia passar noites em plantões do que com ela, para o Kim mais velho, o escape era seu trabalho.

— O que foi? — Seu pai repudiava qualquer tipo de comportamento considerado falta de educação da sua filha, principalmente o como ela revirava os olhos quando ele aplicava sermões. Jennie, já era maior de idade, porém, suas ações eram de uma pessoa imatura.

— Sei que você tava fumando, você disse que ia parar — Jennie, não ligou para o que ele dizia, pelo contrário, agora que seu pai já sabia o que ela estava fazendo, acendeu outro cigarro, encarando o papel na mão do homem a sua frente.

— O que isso? — Indicou com a sobrancelha para o papel.

— Você passou na faculdade — Jennie, arregalou os olhos e no ar soltou anéis de fumaça, enquanto, seu pai, não esboçava nenhuma reação, ele apenas queria que sua filha tomasse um rumo na vida.

— Aposto que por mérito meu não foi — E ela estava certa, com a influência que seu pai tinha, deu um empurrãozinho na reitora para acertá-la na Universidade. Jennie, sempre foi uma boa estudante, aplicada, dedicada, mas começou a torna-se "rebelde”. Seu pai odiava aquilo!

O senhor Kim, ficou calado, apenas ajustou o jaleco ao corpo, ele ainda estava com a roupa de trabalho, provavelmente voltaria para suas funções, só as parou para dá a notícia para a filha. Uma notícia desagradável, afinal!.

— Pelo menos é a faculdade que você quer, e sua mãe se formou lá — Jennie, não gostava quando seu pai tocava no assunto sobre sua mãe, mas ela não escondia que queria seguir os passos da mãe falecida, ser bióloga.

Na verdade, Jennie, era muito parecida com a mãe, tanto que quando ela morreu a garota decidiu não se olhar mais no espelho, fotos… De tantos traços semelhantes e ela pensava na dor que causava ao pai toda vez que a via.

“Será que era isso? Ele passava mais tempo no hospital do que em casa para não olhar para mim?”

— As aulas começam semana que vem e você vai morar no dormitório — Senhor Kim, expressou inexpressivo, às vezes, Jennie, queria ter morrido no lugar da sua irmã, era pesado falar isso, sim!. Mas, Nayeon era a filha mais velha excelente. — Aja como adulta, Jennie.

Foi a última coisa que seu pai disse, antes de caminhar até a porta, a deixando sozinha naquela imensa casa, onde tudo era vazio, solitário e triste.

Ele ao menos nem se importou que a filha estava na água gelada!

Jennie, saiu pela casa molhando todo o piso e junto a ela, pegou uma garrafa de whisky do seu pai, ele nem ao menos notaria. Tomou um banho quente e aqueceu-se, aproveitou para mandar uma mensagem para seu ex, Kai, por quem ela sempre tinha uma recaída, Jennie, simplesmente não sabia explicar, mas por em torno de algum período sentia-se vazia e o preenchia com uma simples foda.

[14:20 pm.] Kai

Tô a caminho

Sorriu satisfeita, eles sempre terminavam e voltavam, Jennie, não entendia esse meio tempo de deslize, mas de uma coisa ela sabia, seu ex gostava das suas recaídas.

Sorriu satisfeita, eles sempre terminavam e voltavam, Jennie, não entendia esse meio tempo de deslize, mas de uma coisa ela sabia, seu ex gostava das suas recaídas

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O Que O Amor Faz Com A Mente? - ChaennieOnde histórias criam vida. Descubra agora