— Eu não sei como é fazer amor de verdade — A desconhecida disse, fitando o chão.
Chaeyoung, poderia dizer: "Você ainda é nova", mas ela também era e dentre todas as suas transas, não envolvia amor, ela estava apenas usando um corpo, usando o sexo como um escape.
— Eu também não — Chaeyoung, suspirou, encolhendo os pés.
— E se nós duas transar?... Ou melhor, fazer amor, como pessoas apaixonadas.
O que são pessoas apaixonadas? Uma pessoa apaixonada é obsessiva, rigorosa e perfeccionista, algumas vezes hipócrita também. Já ouviu aquela frase, "o amor é como uma droga?" Pois bem, estavam certos, porque eles têm as mesmas reações.
— Você tá louca? — Chaeyoung, não queria que sua voz soasse o mais penetrante e nervosa possível, ela realmente não queria transparecer o que achava disso. Afinal, isso ia contra a ética da posição de aluna e professora.
— O que foi? Ninguém vai ficar sabendo. E acho que enquanto transamos você poderia cantar, eu adoro aquela banda e na sua voz ela ficou melhor — Disse a garota, dando de ombros e enrolando a ponta do seu cabelo no dedo. Chaeyoung, chegou até corar na presença de uma adolescente atrevida.
— Como você acha que eu sou? — Tentou desviar do assunto, embora, muito em breve, as duas cairiam no mesmo diálogo de novo.
"A primeira impressão é a que fica" Chaeyoung não levou isso no pé da letra, não mesmo, não quando viu uma garota há semana atrás em lágrimas no armário do zelador, de início a professora não vai mentir, achou que a desconhecida era mais uma chorando pelo término com o namorado.
Nessa fase, era bem frequente ela pegar meninas escandalosas chorando no pátio da escola.
A adolescente deu uma pausa, pensativa.
— Acho que você é alta, loira, olhos azuis, magra e com um corpo igual daquelas modelos de desfile — Chaeyoung, deu risada, da sua mentalidade fértil.
— Tá descrevendo a Barbie? Mas sou quase isso, alta, loira, e meus olhos são cor de mel.
— E como você acha que eu sou?
— Baixa, morena, olhos escuros e com um corpo ainda em andamento — Agora foi a vez da garota rir.
— Ei, meu corpo já tá bem desenvolvido — Bateu no ombro da professora e logo elas caíram no silêncio. — Vamos fazer amor? — Chaeyoung, sabia que isso era errado, como ela sabia, mas a essa altura a garota já estava no seu colo, sussurrando palavras indecentes no seu ouvido.
— Só fazem amor pessoas apaixonadas. — E elas certamente não eram, não passavam de estranhas!.
— Podemos atuar, vamos fingir que somos essas pessoas loucamente apaixonadas — A garota deu ênfase em "loucamente".
Uma pessoa com a saúde e estado perfeito, pode viver até 150 anos, mas a ciência acredita que ao mínimo é de 115 anos. E dentre desses 115 anos, aonde, Chaeyoung, teria outra chance dessas?
— Atuar? E se eu for uma péssima atriz? — Chaeyoung, fechou os olhos, pois não conseguia assimilar que faria amor com essa garota em poucos minutos.
— Você não vai ser.
— Acho que devemos fazer um teste. — Chaeyoung, propôs e se arrepiou quando seu nariz encosto na bochecha da desconhecida. — Se for convincente, eu aceito sua ideia maluca.
— Fechado — Respondeu, antes que, Chaeyoung, muda-se de ideia.
A loira então levantou, desabotoando sua blusa branca social e a jogando ao chão, logo após, voltou para perto da garota, pegando seu corpo de maneira delicada e colocando sob sua camisa.
— Cadê sua camisa? — Perguntou a menina, assim que levou suas mãos para a pele de, Chaeyoung.
— Você está deitada nela — Chaeyoung, disse, enquanto fazia um coque improvisado no cabelo.
— Uau!, que gentil — A garota levou à mão até a bochecha de, Chaeyoung, acariciando com o polegar.
— É o que pessoas apaixonadas fazem
— E estamos apaixonadas?
— Completamente — Chaeyoung, falou, incorporando no papel do personagem.
— O quê? O quê você ama em mim? — A estranha questionou e, Chaeyoung, ia tirando seu uniforme sem pressa alguma. O intervalo não era infinito, mas para as duas poderia ser.
— Os seus olhos, o como você enrola o cabelo no dedo quando está nervosa, o seu cheiro de Cranberry, a meneira como você ama milk shake de morango mais do que me ama e quando você recita Shakespeare para mim — A garota sorriu, haviam mesmo entrado no personagem. Sentiu seu estômago dá um puxão, pois após o ato cairia na real que aquela mulher com quem estava, não era dela.
— Você é muito convincente
— Posso ser várias outras coisas — Chaeyoung, beija a boca da garota, logo após a sua mandíbula, bochechas e sobe os beijos até o lóbulo da sua orelha.
Sua boca ficou seca e amarga com as palavras que estava prestes a dizer, hesitou, quase desistindo. Mas uma parte dela gostaria que fosse verdade, talvez se fosse em outras circunstâncias, por fim, acabou expondo:
— Eu te amo — A garota estremeceu e sorriu, com as bochechas fervendo e começando a ficar quente.
— Canta para mim, eu amo quando você faz isso quando fazemos amor — Frisou o "amor". A desconhecida já havia citado isso, portanto não negou e conforme suas mãos passavam pelas coxas da garota, iniciou:
— Eu não posso te perder, amor
Eu não posso te perder, amor.Estou cansando de ficar em casa sozinho
Eu costumava ter uma garota por diaSim, eu quero que você fique
Quero que você fique, eiE foi entre toques mais profundos e ao som de The Weekend, que duas estranhas estavam fazendo amor.
●
Chaeyoung, retirou com cuidado, a cabeça da garota do seu peito, levantando do chão duro e vestindo sua roupa.
— Você é linda, obrigada por isso, amor — Chaeyoung, revelou ainda no personagem e escutou aquela risada gostosa da garota que balançava seu coração. — Sabia que eu poderia acender a luz agora e descobrir quem você é.
— Você não faria isso, fora que não saber quem somos ficou mais excitante — E era verdade, só tornou tudo melhor. Chaeyoung, levou a mão a maçaneta e mesmo distante sem poder vê-la a encarou.
— Nos encontraremos no nosso lugar de sempre?
— Você sabe que sim!
Era uma pena ser tudo encenação.
Assim que, Chaeyoung, saiu do armário do zelador, sentiu seu celular vibrar em seu bolso, e na tela estava escrito o nome da sua irmã mais velha.
— Alice? O que foi?
— Chaeyoung, vem rápido para delegacia, o papai foi preso.
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O Que O Amor Faz Com A Mente? - Chaennie
FanficUma professora de biologia e pesquisadora, estava fazendo uma pesquisa no campus de uma universidade, de como o amor pode afetar a mente e suas relações, em meio a tudo isso ela acaba encontrando uma voluntária para apaixonar-se por alguém e Rosé es...