A tristeza de aniversários

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Jennie, estava se quebrando toda vez que, Rosé, ía e vinha, a garota gostava das suas voltas, mas não das suas idas. A professora de biologia, não tinha noção que havia alugado um duplex na cabeça de Kim, mexendo com seu psicológico.

Eram apenas 7:00 da manhã e a caloura queria desabar em um abraço que amenizasse sua tristeza, pois aquele dia iniciou-se péssimo, mas não havia ninguém.

Era seu aniversário e também o dia em que sua mãe morreu. Por esses motivos, Jennie, passou a não celebrar a data em que ela fica um ano mais velha. Afinal, comemoraria o quê? Se há dois anos enquanto sua mãe morria no hospital, ela apagava as velas do bolo.

Estava triste e não só pelo fato de ser a data de falecimento da sua mãe, mas sim, por ter envolvido-se emocionalmente com, Roseanne.

Achava que a teria como um entretenimento, quando, na verdade, Jennie, serviu de entretenimento para a professora.

Todas às vezes, despedia-se de, Chaeyoung, mesmo sabendo que ela iria voltar e a essa manhã de tempo nublado, amanheceu chorando, com lágrimas que molhavam o rosto e desenhava um sorriso que não dava há dias. Sentia-se sozinha, estava sozinha e tudo que a garota queria era companhia.

Conforme anda pelos corredores com, Jisoo, ela sorria por hábito para a veterana, querendo demonstrar que estava tudo bem, é um sentimento anestésico, é se despedir sabendo que em algum momento ela não vai mais voltar.

— Jennie, espera — Jisoo, a chamou, antes que a caloura caminha-se até o laboratório de, Roseanne. Jennie, se virou, como quem perguntasse:
O quê?. — Meu irmão acabou de voltar da Coreia… — Jisoo, inicia sem jeito e coça a nuca buscando palavras. — E aparentemente ele tá noivo, então minha família vai fazer um jantar nesse sábado pra conhecer a noiva dele, se você quiser ir…

Será que a veterana a chamou por dó? — pelas suas crises de ansiedade — Ou por que quis convidar?

Isso faz, Jennie, lembrar, que aos finais de semana, sua família também fazia jantares de família, mas sem precisar de uma ocasião especial, era aleatório, Kim, sabe, no entanto, ela sente falta.

Constantemente, Jennie, sente falta de muitas coisas.

A garota pensou em recusar, afinal, era um jantar de família — em sua cabeça ela deu ênfase em “família” — não queria ser uma entrusa.

— Acho melhor não é um jantar de família e eu não faço parte da família — Jennie, nem tinha mais uma família, exceto pelo seu pai, que era um membro da família que se desmembrou.

— Deixa de ser boba, é só pra você não passar o sábado sozinha — Kim, nunca está sozinha, sempre acompanhada dos seus pensamentos sugadores, como um aspirador de pó.

— Tá bem — Estava sem forças para entrar em relutância. Jisoo, sorriu e acenou com a cabeça, indo para sua aula.

Assim que, Jennie, pisou o pé no laboratório, encontrou, Chaeyoung com o rosto no microscópio, seus ombros pareciam tensos e sua mandíbula estava rígida.

A professora estava concentrada.

A garota, questionava, se, Roseanne, lembra-se da noite anterior? Em que ela foi até o dormitório de Jennie a sua procura, em que transaram pela terceira vez e dessa vez ela não hesitou.

Talvez só fosse o álcool falando mais alto, Rosé poderia usar a bebida como desculpa.

— Você lembra da noite anterior? — A mulher assusta-se, batendo a cabeça em uma prateleira e ela resmunga um palavrão. Olha para, Jennie, confusa, ela nem ao menos faz questão de tentar se lembrar.

O Que O Amor Faz Com A Mente? - ChaennieOnde histórias criam vida. Descubra agora