Prólogo

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Após vestir o uniforme da marinha e me olhar no espelho eu senti um no se formar em minha barriga. Só de pensar que procuraria piratas e que um deles poderia ser meu pai.

— Miwa, estou feliz que esteja seguindo um caminho honesto. — Minha avó segurou meu rosto em suas mãos e me olhou sorridente.

— Não estou fazendo isso por mim, vovó. — Comentei sorrindo fraco e ela acariciou meu rosto.

— Sei que irá atrás de seu pai, não irei impedir. E não se preocupe sobre isso, quando ele bater os olhos em você ele a reconhecerá. — Ela beijou minha testa e seus olhos encheram de lágrimas.

— Vovó, eu não vou sumir no mundo. Eu vou voltar assim que conhecer meu pai! — Eu a abracei com um sorriso fraco. Não me admira ela estar com medo, já havia perdido a filha.

— Oh, mas como ficarei tranquila se você irá para o mar e não sabe nadar, se cair é um machado sem cabo. — Ela choramingou, mas tudo que conseguiu foi me arrancar uma risada.

— Esqueceu o poder que tenho, posso levitar meu corpo e voltar para o navio, e não se preocupe. Os homens são idiotas e vão querer salvar uma bela companheira, vou ficar bem. — Falei divertida e então ela sorriu abertamente. Eu odiava a ideia de deixar a pessoa que eu mais amava, mas eu precisava entender o que aconteceu com minha mãe e os motivos do meu pai nunca me procurar.

Posso estar indo somente para me decepcionar, e se for o caso eu mesma prendo-o e resolvo as coisas da forma que a marinha mandar. Se ele tiver bons motivos, posso abraçá-lo e aceitá-lo como minha família, mas se ele tiver matado minha mãe, eu serei a primeira da fila para vê-lo ser executado.

— Você é igualzinho sua mãe. Sei que não vai tomar cuidado algum, mas vai saber se virar. Vocês duas se parecem muito nesse aspecto, são duas imprudentes. — Minha avó não perdeu a oportunidade de me ofender e sorriu abertamente ao me dizer aquelas palavras.

— Prometo voltar e trazer respostas, vou mandar cartas sempre que puder. Eu amo você. — Falei beijando o rosto dela e fui puxada para um abraço apertado e doloroso.

— Não apareça aqui sem respostas do maldito do seu pai. Amo você. Agora vá atrás do que é seu, da sua história. — E após aquelas palavras, minha avó me soltou do abraço e saiu pela casa em silêncio.

Eu havia saído daquela pequena ilha em busca do meu pai, mas no caminho havia encontrado minha verdadeira família.

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