POV's AKAGAMI
Por sorte ou azar, acabei parando no navio do Garp e aquele homem me detestou. Eu era capitã, mas ele tratava o maldito Koby como se fosse e eu lavava o convés mais que qualquer um ali.
Eu juro que se pudesse faria ele engolir aquela touquinha que ele usava. Ele não desconfiava de mim, ele me achava tão insignificante que jamais pensaria que sou capaz de alguma ameaça a ele ou ao seu navio, de certa forma era bom, mas também uma merda.
— Capitã. O Garp vai nos enviar a uma missão. Precisamos chegar a uma ilha para investigar uma pessoa. Isso é um máximo! — Koby se aproximou de mim animado. Eu forcei um sorriso, e isso deixou ele sem jeito, então suspirei já irritada.
— Porque ele mesmo não me passa essas informações todas?! — Perguntei o óbvio e ele deu de ombros totalmente sem graça.
Fui até o Garp em sua sala, cheguei sem bater mesmo e ele brincava de lançar dardos. Me impressiona que ele não esteja gritando ao Sengoku que quer embarcar em um navio, esse homem não para quieto em escritório algum.
— Quer parar de informar a um cadete o que você deveria passar para a capitã primeiro? Porque precisa de nós dois numa missão sozinhos?! — Falei cruzando os braços e ele me olhou de cima embaixo. Koby logo me alcançou e se enfiou na sala.
Acredito que só não fui agredida porque seu cadete de estimação favorito estava vendo.
— Bom. Já que os dois estão aqui. Vou informar. Vocês irão a Water 7. Não posso dar detalhes, mas uma organização secreta do governo estão lá, e vocês precisam ajudar. — Ele falou aquilo de forma muito superficial, então eu duvidei que fosse algo de fato necessário.
— Porque uma organização precisa da ajuda de dois novatos?! — Sorri divertida e ele me encarou.
— Porque eu quero vocês lá! A pessoa que eles estão atrás é alguém que eu também quero capturar. — Ele falou inconformado. Eu notei que ele ainda estava mentindo em partes, mas a vontade de estarmos lá era real.
Olhei para Koby de canto de olho e ele estava tremendo. Acredito que ele imagine o nível dessa organização comparado a nós.
— Velho, você deve guardar algo muito sujo para saber de informações secretas. Só o Sengoku deveria saber esse tipo de coisa. Beleza, como vamos navegar em dois?! — Sorri divertida e olhei para o rapaz de madeixas roxas. Ele se perguntava o mesmo, tenho certeza.
(...)
Quase me lancei no mar quando soube que iríamos em uma navegação menor, e quando falo menor. É numa canoa. Nossa sorte era o dispositivo que nos levava sozinho, assim chegaríamos rápido, mas até lá não iríamos conseguir fazer nenhuma refeição e nenhuma necessidade fisiológica.
— O Garp me paga. — Praguejei com todo ódio do meu ser por aquele homem desprezível.
Koby estava igualmente desconfortável, mas jamais discontaria no vice-almirante.
— Não entendo porque ele não a respeita. Eu sempre disse a ele para que a tratasse como deve. — Koby parecia distraído, ou apenas estava pensando alto. Eu me senti envergonhada com aquela informação, eu não esperava que ele defendesse minha honra. Se é que eu ainda tinha.
— Ele me daria de isca para um rei dos mares se pudesse, só para colocar você como capitão. — Comentei. Ele negou com a cabeça e ajeitou os óculos. Ele é fofo.
— Ele reconhece sua inteligência e sua força. E ele sabe que é poderosa. — Ele falou tranquilamente. Eu arqueei a sobrancelha confusa.
Ele percebeu minha confusão e sorriu nervosamente.
— Olha, ele sabe que você tem poderes. Ele pediu que fosse a capitã dele, depois de todo alvoroço com Akainu. — Ele comentou e eu fiquei realmente surpresa.
— Se ele vê potencial em mim, porque me desprezar para ensinar você?! Eu respeitava ele. Agora só o vejo como um velho chato. — Falei cruzando os braços com o frio que estava sentindo. Koby tirou a blusa extra que ele vestia e me ofereceu por bondade.
Aceitei a blusa estranhando um pouco a gentileza. Eu estou na posição que seria designado a ele, porque ser gentil?!
— Eu não tento entender, você não deveria. Vamos seguir nossa viagem. Me pergunto porque ele precisa dessa criminosa. — Ele falou finalizando aquele assunto. Dei de ombros por também não entender a importância de uma mulher que é procurada desde criança.
— Garp não quer de fato essa mulher. Não me pergunte como sei, eu só sei. Ele precisa da gente lá, mas não por ela. — Torci o lábio e vi ele curioso. Eu não tinha o que fazer naquele barco além de falar com ele.
Ele me olhou como se quisesse ler meus pensamentos, cheguei a sorrir divertida pela ironia.
— Qual é seu poder afinal? Você é mesmo poderosa, ou só sabe quando mentem?! — Ele parecia pensar alto, mas não deixava de direcionar as perguntas para mim.
Sorri dando de ombros e deixei que ele usasse a imaginação. Ele não era tão ruim quanto eu pensava. Acho que me deixei levar pela raiva do Garp, e direcionei essa raiva ao rapaz de madeixas roxas, que inclusive melhorou muito com o tempo.
— Vai saber meu poder quando for necessário, mas torça para não ser. — Falei sorrindo fraco. Ele pareceu assustado e assim nós dois seguimos o restante da viagem em silêncio, até chegar na cidade submersa.
(...)
Chegando a cidade, Koby e eu nos entreolhamos surpresos. Eu não esperava que a cidade fosse realmente coberta por água. Aquilo me causava arrepios, mas eu precisava encarar.
— Certo, precisamos encontrar a Robin ou então os companheiros dela. — Koby pareceu incomodado com aquilo. Algo me dizia que ele conhecia a mulher, ele não parecia nada confortável com aquela busca.
Os Chapéus de palha. Não foi a primeira vez que ouvi falar deles. Um bando pirata novato que estava aprontando bastante segundo o governo, mas eu não via grande coisa neles além de um capitão muito novo e impulsivo. Ele até me lembra o gênio de Garp, parecem agir por pura vontade do instinto.
— Poxa, vamos conhecer a cidade antes de sair procurando alguém nessa cidade desconhecida. Vai, vamos turistar antes de cumprir nosso dever. — Falei torcendo o lábio. Passei meu braço pelo braço do garoto e ele ficou vermelho como um pimentão.
Ele resmungou sobre nosso dever e nossa missão, mas argumentei que eu era a capitã então tudo bem ter um momento como civis normais. Assim eu conheceria ele melhor e quem sabe me divertia antes de me afundar nas obrigações.
Koby amolecendo a casca dura da Miwa. Amizade de milhões!
O que vocês esperam dessa missão dos dois? Não sejam leitores fantasma, o dedo não vai cair se comentar 🤍
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Creating Bondes - One Piece
FanfictionMiwa Akagimi cresceu com sua avó, após ter sua mãe morta e ser abandonada por seu pai. Seu pai, um pirata desconhecido, era suspeito de ter matado a mãe da garota, que não tinham lembranças de sua infância, então não se conformava com a história qu...