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POV's AKAGAMI

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POV's AKAGAMI

Não revelar a marinha que tenho poderes foi algo que minha avó me pediu, implorou praticamente, não entendo a razão, mas por puro respeito e desconfiança, obedeci. Isso dificultou meu treinamento como cadete no início, já que eu não podia usar minha força através dos poderes, mas com isso ganhei resistência física e aprendi combate corpo a corpo.

Com o tempo foi ficando mais fácil, e não demorou que me colocassem em um navio para acompanhar um vice-almirante. Eu fiquei feliz em ver que me reconheceram como uma prodígio, não demorou que eu subisse de patente e me tornasse capitã, e tudo isso sem meus poderes. Eu só rezava que não me pedissem para nadar ou algo assim.

Eu já estava no quartel há uma semana depois de uma ultima convocação, confesso que sentia falta de navegar, mas não sentia falta de estar rodeada de homens. Minha tripulação não era das piores, mas quando eles bebiam revelavam uma péssima personalidade e eu detestava lidar com aquilo.

— Capitã Akagami. — Ouvi meu nome ser chamado e me virei para o vice-almirante Akainu. Meu encarregado. Engoli em seco na hora.

Aquele homem me causava arrepios, mesmo que ele nunca tivesse sido ruim comigo. Minhas habilidades empáticas gritavam por um sentimento de raiva vindo daquele homem. Só espero que não seja de mim.

— Sim, senhor? — Falei me inclinando um pouco e sorri fraco. Espero que não seja uma bronca.

— O Almirante de Frota quer ver você. — Ele falou apontando para a sala, que aparentemente ele havia acabado de sair, despreocupado. Eu estava surpresa com aquilo, Sengoku irá me expulsar ou algo assim?!

Fiquei encarando o tempo, Akainu até se afastou de mim, ele já conhecia minha personalidade a ponto de saber que eu estava assustada e ele nunca foi do tipo que consola alguém, nem mesmo com palavras.

Eu entrei na sala de Sengoku enquanto pedia licença, eu sabia que ele estava na sala, mas ele estava se escondendo por alguma razão. Ele surgiu das sombras e me encarou nos olhos, eu quis ler os pensamentos dele, mas seria um inferno para conseguir controlar os limites da telepatia.

— Você sabia que eu estava aqui. — Ele afirmou desconfiado e eu dei de ombros fingindo confusão.

Ele se sentou em minha frente e tirou o chapéu. Ele estava calmo, seus sentimentos eram apenas de curiosidade, então não me preocupei antes da hora.

— Fiz alguma coisa de errado? O vice-almirante pediu para que eu saísse da tripulação dele?! — Perguntei só para desencargo de consciência e ele sorriu negando com a cabeça.

— Miwa, se acalme. Você é a favorita do Akainu, seu único defeito do ponto de vista dele é ser uma mulher frágil. — Ele comentou divertido e eu inflei as bochechas sem graça. Eu não era frágil coisa nenhuma.

— Eu não sou frágil.. — Falei meio que emburrada. Sengoku era um homem bom, eu gostava dele e não precisava ficar tão engessada, não da forma que eu ficava com meu encarregado.

— Miwa, Akainu e eu estávamos de olho em você há um tempo. Quero que seja honesta comigo. Porque escondeu que é uma usuário de akuma no mi?! — Assim que ele finalizou a pergunta eu engoli em seco. Ele não parecia bravo, mas curioso.

Se eles perceberam que sou usuária de uma fruta do diabo, eles já sabem meus poderes?

— Eu queria provar que sou útil, mesmo sem poderes. Não queria ser vista como poderosa, mas frágil. Senhor. — Falei um pouco mais séria e ele concordou em silêncio. Em partes era verdade, mas foi a primeira coisa que pensei.

— Tudo bem, eu entendo. Se te tranquiliza, não sabemos seus poderes, e tão pouco sua fruta, mas percebemos em seu comportamento desconfiado que sentia falta de alguma coisa. — Ele pontuou. Sorri fraco e me senti envergonhada por deixar tão óbvio.

— Akainu queria usar uma abordagem um pouco mais ríspida, mas eu o convenci que você me diria seus poderes de bom grado. Por mais que eu seja superior a ele, ele não costuma seguir ordens, e me preocupo que ele te faça alguma coisa. — Ele falou com toda honestidade do mundo. Eu estava surpresa com tamanha sinceridade. Era evidente a preocupação dele.

— Ele acha que sou um risco para o governo ou algo assim?! — Tive que perguntar. Tudo que eu menos queria era confusão.

— Em partes, sim. Você é capitã do navio dele. Braço direito dele. Ele teme que seja um risco para nós e de trabalho para ele. — Ele falou novamente deixando sua preocupação evidente.

Neguei com a cabeça e olhei séria para meu superior. Minha avó me implorou que não contasse nada a eles. Ela é a única que realmente quer meu bem.

— Se ele quiser usar alguma abordagem, partir para agressão ou tortura, diga a ele que tente. Não vou falar de bom grado, por mais que eu respeite e confie no senhor. Isso diz respeito a um pedido da minha avó, e se ela pediu que eu não contasse, eu não contarei, nem mesmo ao senhor. — Falei me levantando da mesa indo em direção a porta para sair. Ele correu até mim e segurou meu pulso.

— Vou designar você a ser capitã de um outro navio. Não pode confrontar seu superior encarregado. Vai acabar sendo presa ou pior.  — As palavras dele soaram como uma ameaça, mas tudo que ele emanava era preocupação.

— Tudo bem, obrigada pela preocupação, senhor. — Falei saindo finalmente dali. Eu estava encrencada. Logo o Akainu queria saber sobre meus poderes.

Acredito que como veteranos da Marinha, isso acabaria trazendo à tona quem é meu pai. Pode ser que não, mas se minha avó disse para ocultar essa informação, acredito muito que sim.

— Espero que ele me designe logo para outro vice-almirante, se Akainu me atacasse eu teria que revidar. — Falei comigo mesma e neguei com a cabeça. Aquela ideia era horrível. Isso seria o mesmo que declarar guerra à eles.

Eu preciso ficar em alerta, caso contrário eu serei queimada viva por aquele que diz me ter como favorita. Que favoritismo em.

E aí meus amô

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E aí meus amô. Tudo bom com vocês?

Eu espero que gostem do capítulo novo, essa semana teremos mais, mas vai depender de como vão receber esse primeiro capítulo.

Não esqueçam de deixar a estrelinha e de comentar bastante. 💕

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