Miwa Akagimi cresceu com sua avó, após ter sua mãe morta e ser abandonada por seu pai.
Seu pai, um pirata desconhecido, era suspeito de ter matado a mãe da garota, que não tinham lembranças de sua infância, então não se conformava com a história qu...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
POV's AKAGAMI
Já haviam alguns dias que estávamos navegando, eu não me sentia mais uma estranha na tripulação. Era como se eu estivesse a muito tempo com eles.
Meu joelho já estava relativamente melhor. Eu já conseguia me apoiar nele, mas não podia andar normalmente. Eu estava em um processo de fisioterapia. Eu tinha o processo de cicatrização relativamente maior que o normal, isso ajudava muito.
— Você quer ajuda para caminhar, Miwa-chan? — Sanji me ofereceu ajuda por ver que eu tentava andar sem apoio algum, com bastante dificuldade.
Me propus aquele desafio, caso eu não conseguisse eu usaria meu poder de telecinese. Sanji segurou sutilmente minha cintura e eu passei um dos braços ao redor de seu pescoço apoiando o peso do meu corpo com ajuda dele.
— Fala sério, ela pode voar imbecil. Não adianta de nada ajudar ela! — Zoro comentou dando um soco na nuca do loiro que caiu no chão, por pouco não me levando junto.
Neguei com a cabeça e após Sanji se levantar, segurei a gola da camisa do cozinheiro para impedir uma possível briga. Ele já estava em direção ao espadachim.
— Zoro, de que adianta voar se no chão não consigo dar três passos sem mancar. Não enche, cacto! — Falei irritada com a atitude do espadachim. Se o Sanji quer me ajudar, é cavalheirismo da parte dele.
Ignorei a presença do esverdeado e estendi a mão para o cozinheiro que prontamente a segurou. Zoro praguejou novamente e Sanji imediatamente agiu.
— Ora sua.. ruivinha maldita. Não me chame dessas coisas! — Ele falou inconformado com o apelido que lhe dei.
Sanji me segurou nos braços de uma só vez e me tirou de perto do espadachim. Ele me levou para a cozinha e me ofereceu uma água. Nem mesmo Sanji aguenta minhas interações com o rapaz.
— Aquele imbecil. Ele sempre age como um animal com as garotas. — Sanji comentou me entregando o copo. Bebi o líquido e sorri agradecida.
Minha relação com cada um naquele navio estava caminhando para uma amizade, ou então para poder chamá-los de companheiros, porém com Roronoa não.
Sanji sem dúvidas era com quem eu tinha mais liberdade, eu me sentia segura e não recebia investidas da parte dele para minha sorte.
— Ele age assim com todos. Ele ainda não gosta de mim. Ele acha que vou entregar vocês. — Falei sorrindo fraco e neguei com a cabeça. — Não culpo ele, admiro a postura dele. Ele é leal, me lembra um pouco o Koby.
Fiz um comparativo dos dois em minha mente. Zoro é um pouco mais agressivo e mais relaxado, mas assim como Koby ele é um ótimo companheiro para se ter.
— Ele é um marimo estupido, isso sim. — Sanji comentou. Sorri divertida e torci o lábio insatisfeita. Minhas interações com o esverdeado sempre são carregadas de implicância.
Sentimentos negativos me afetam mais que sentimentos normais. Meu poder empático é algo que não consigo "desligar" como faço com a telepatia, estar perto de Zoro as vezes me causa náuseas, não quero manter esse tipo de relação com alguém que divido o mesmo espaço todos os dias.
— Queria me entender melhor com ele. Me dou bem com todos, menos ele. — Cruzei os braços e torci o lábio inconformada.
Sanji pareceu pensativo sobre o que falar. Ele não era o melhor para me dizer como me entender com o esverdeado.
A relação daqueles dois também era carregada. Os dois claramente não se suportavam, mas durante uma batalha sabiam dividir o mesmo ambiente, mesmo que com xingamentos e ofensas.
— Aquele idiota vai precisar de uma provação sua. Não se prenda a tentar agradar aquele idiota. Você é nossa companheira. Luffy reconhecer isso é suficiente. —Imagino que ele se colocou em meu lugar, e para ele não mudava ter alguém com quem não se entendia, então aquele conselho surgiu.
O som dos passos de Chopper se aproximou da cozinha, Sanji e eu olhamos para porta e o pequeno se aproximou com um sorriso no rosto. Ele acenou para nós dois e se sentou ao meu lado.
— Miwa, como está seu joelho? — Ele perguntou me olhando nos olhos, antes de olhar para meu corpo e verificar as marcas que ficaram.
Sorri fraco e dobrei levemente o joelho mostrando que estava indo bem na recuperação.
— Graças ao seu tratamento estou bem melhor. Obrigada. — Falei agradecida. Ele ficou todo sem jeito com os elogios e negou.
Chopper subiu na mesa da cozinha e segurou meu rosto entre as mãos.
— Não faça nenhum esforço agora nessa etapa final, senão seu joelho nunca será o mesmo. Me ouviu?! — Ele falou sério e saltou da mesa para o chão. Aquiesci um pouco surpresa com sua fala, mas entendo o cuidado da parte dele.
— Certo Doutor. Vou ser uma boa paciente e não vou estragar seu trabalho. — Falei fazendo posição de sentido e ele sorriu satisfeito.
Sanji observava tudo em silêncio, então notei o sorriso dele ao me ver interagindo com o médico da tripulação. Chopper saiu da cozinha e eu olhei para o loiro confusa.
— Porque 'tá me olhando assim?! — Falei sem entender o porquê ele estava tão alegre.
Ele deu uma longa tragada no cigarro em seus lábios e soltou a fumaça de forma lenta.
— Fico feliz em ver você sorrir assim. É bom ver que o que aconteceu não fez você perder o sorriso. Seria uma perda para mim. — Ele falou baixo, o que resultou em sua voz um pouco mais grave. Senti meu rosto corar diante daquela fala. Nunca me vi nessa posição.
— Sanji, não exagere. Eu não poderia deixar aquilo que aconteceu, acabar comigo. Eu tenho uma jornada longa para descobrir quem sou. — Falei mudando um pouco o rumo daquela conversa. Eu não sabia lidar com os elogios exagerados do loiro.
Ele se aproximou e ajeitou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, eu me senti nervosa com aquilo e acabei dando um passo para trás para recuar. Aquilo não acabou com minha vida, mas com certeza me afetou.
— Desculpe se isso foi muito. Eu jamais faria mal a você, mas vou respeitar seu espaço. Sei que não pensa o pior de mim, mas o problema é eu ser um homem.— Ele se afastou sorrindo amigável e coçou a nuca. Eu não soube o que dizer então apenas neguei com a cabeça. Eu era mais fraca do que eu pensava.
Eu não deveria ter deixado aquilo acontecer comigo, agora vai ser difícil me relacionar com meus companheiros homens.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Queria pontuar aqui que a Miwa se culpa pelo que aconteceu com ela, então ela sempre vai ficar mal quando ela tiver uma reação sobre esse trauma.
Deixem um comentário para me motivar e um voto para ajudar. Bye