Convocada pela academia a concorrer o oscar de melhor atriz assim como sua rival, Jenna Ortega se surpreende com o surguimento de novos sentimentos no momento mais importante de sua vida.
🥇🥉 sapphic
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Kubrick me pós dentro de um carro, mas eu não consegui me preparar para cinco horas de viagem. Acomodada no banco de trás do veículo com seis lugares, estava sob efeito de remédios para dormir e sem retirar o óculos escuros do rosto pois meus olhos estavam inchados. Não lembro de tanta coisa, mas me recordo brevemente de ter visto um outdoor com a divulgação do filme recente de Amaya, esse não a fez ser indicada, mas eu chorei ao vê-lo.
Tentei me concentrar em outra coisa, disso eu lembro bem, de começar a observar o meu colega de equipe, desenhando em seu tablet e de vê-la ali, na ilustração. E olhando em volta estou me perdendo mais ainda. Sinto a minha garganta seca se rasgar e eu procuro por algum sentido pela janela, na paisagem da cidade, mas cai ao choro novamente. Me despertei na porta de casa, com a minha mãe me ajudando a levantar e Kubrick entrando com a bagagem. Me apoio na mais velha, levando-me cuidadosamente para dentro e eu adormeci no sofá assim que cheguei.
─ eu adoraria estar sóbria. ─ digo, despertadando e levantando vagamente ao ver Kubrick passar, segurava uma xícara com o meu rosto.
─ quer alguma coisa? Café? ─ afirmo sua pergunta, fazendo um gesto com a mão e levanto o polegar.
─ acho que sou uma completa idiota.
─ eu te acho corajosa.
─ corajosa? ─ se eu fosse corajosa teria dito a ela que estava com medo. Não sou mais uma criança, Kubrick, mas tenho agido como tal.
─ você só é parecida demais comigo, acho que mudei muito depois de procurar uma profissional.
─ só queria conseguir me abrir com a Amaya, mas não posso, não mais porquê deixei uma carta.
─ um pedaço de papel? Pessoas vem e vão, mas outras sempre vão ficar marcadas na gente porquê fomos para o outro lado ao invés de seguir o mesmo caminho.
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Tenho tomado decisões ruins, não posso culpa-lá totalmente, mesmo que tenha uma parcela disso. Mas quando Amaya se foi e criou uma situação para ir embora, tenho levado as coisas pelo impulso. Ando para trás e para frente ao mesmo tempo, dando tudo de si ao trabalho e esquecendo que uma vida está a minha espera. Vestindo uma armadura e suprimindo o que sinto porquê eu acreditei que entre sentir tudo ou sentir nada, a segunda opção não me levaria a dor.
Passaram-se dias, ela não me procurei e eu não a procurei. Estava com o corpo na banheira com sais na água, afim de espairecer e confeso que estou desapontada comigo mesma. Tendo interesse em quem me traiu, quem me fez chorar, isso era o de menos, se eu não tivesse ido embora, poderia ter ela como o meu mundo. Olho os meus os dedos enrugados com a água escorrendo pelo braço, cheguei a conclusão de que posso estar sendo egoísta por esperar que Amaya venha atrás de mim.
Eu queria receber uma ligação sua. Eu tenho aguardado por isso há dias, e fico no telefone fixo por horas para estar preparada caso a mesma decida me procurar. E eu juro que sim, que diria o sentimento que me fez deixá-la, pelo medo de me machucar e fazer as outras pessoas pagarem por isso, que estou acostumada a ir embora para não enfrentar e achar que estragaria tudo. Não sei se Amaya e eu suportariamos uma a outra, mesmo com os dramas do passado nos perseguindo e talvez ainda consiga essa resposta, se eu relutar para não perder tudo novamente, já que a ideia de ser uma perdedora pela quebra de tempo parece ser insuportável.
─ alô, alô! Pode me escutar? Amaya, sou eu, oi. ─ digo segurando o celular no ouvido, ainda no banheiro, com o corpo molhado e enrolada na toalha. ─ sinto muito por ter ido embora, mas estou disposta a concertar as coisas. Porquê a única certeza que eu tenho é que sem você eu me sinto uma indigente.
e por um impulso, desliguei a ligação. Delisguei o celular e fui dormir.
Fitando o teto pela manhã, me dei conta do que teria feito. Amaya me escutou e ao menos lhe dei a chance de resposta, respiro fundo e então me levanto ao tentar raciocinar o que está acontecendo. Se ontem eu realmente estava sóbria como pensei que estivesse e essa dor de cabeça seja pela claridade da janela, mas então é certo. Bebi um monte e fiz uma burrada e o mais trágico é que eu estou tentando fazer as coisas irem pra debaixo do tapete sem varrer.
Desde que voltei para casa, tenho agido como uma adolescente de quinze anos e isso não é bom. Não quando posso estar magoando a pessoa que mais estou tentando preservar, mas sei que ela deve gritar a noite, amaldiçoar o meu nome assim como já fiz com ela. A história se repete ao tomar uma nova direção nesse enredo caótico, de que estou apaixonada pela pessoa que mais odiava.
Liguei a tevê com o intuito de realmente assistir alguma coisa para me distrair, com uma tigela de cereais entre as pernas e um bom filme de terror. Quero que algo me prenda, faça a minha mente se surpreender por horas para que eu não pense em Amaya. Erguendo o controle, sou pega de surpresa ao escutar a campainha tocar. Não esperava por ninguém e ainda assim, me levantei para atender a porta.
─ oi! ─ diz Emma, tendo visto que segurava sacolas de mercantil abri espaço para a mesma adentrar.
─ oi Emma, aconteceu alguma coisa? ─ perguntei, girando a chave na tranca e em seguida, indo até a amiga.
─ sim, eu sinto que a gente deveria conversar com um bom vinho, ou refrigerante se preferir. ─ disse, retirando as bebidas da sacola enquanto acomodada no sofá.
─ deixa eu buscar os
─ não precisa, vem logo.
Quando o vinho estava pela metade, eu observava Emma beber pelo gargalo, virando a garrafa em direção à sua garganta. No momento em que via a sua inocência em fazer tal ato, realmente me dou conta de que precisava de uma visita sua. Apesar de ter me obrigar a dançar Taylor Swift e até mesmo k-pop, limpou as minhas lágrimas depois de ouvir o meu desabafo. Contei o quanto a amava, por ter aparecido de supresa mesmo abandonando uma entrevista televisiva que tinha há horas atrás.
─ olha, ─ prossegue, tendo a sua atenção no que segurava, abrindo a latinha de refrigerante pelo lacre. ─ você deveria, deveria ligar pra essa menina. Eu estou bêbada, mas tenho razão.
─ acho que
─ jenna, você não acha nada. Tem que ir atrás da Emma, porquê se ver ela com alguém, até mesmo com Ross, você vai ficar ressentida por não ter ido atrás.
─ e se ela me rejeitar?
─ a mulher que fez você ser atacada pela internet pra se afastar porquê amava você e você não olhava pra ela? A amaya que quando quis ficar com a Jenna Ortega, publicou que se sentende aliviada de viver no mesmo tempo que você? Estamos falando da mesma pessoa? ─ ela disse aos risos, eu já tentava conter a risada de idoso com as mãos tampando a boca mas era tarde demais.
─ sim, essa mesmo. ─ prossigo me recuperando do riso, limpando as lágrimas com a ponta dos dedos. ─ Ela pode dar uma de Joe daquela série... You. O que você acha disso?
─ com certeza sim. Que horas são? ─ pergunta, busco pelo celular e checo a hora para respondê-la.
─ quase cinco da manhã.
─ amanhã você liga pra ela. Você vai ligar pra ela. ─ disse em tom autoritário. Faço uma careta para ela, levantando uma das sobrancelhas.
─ vou ligar, mesmo que você me obrigue.
─ espero que sim, Jennão.
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autora: oi gente, desculpa demorar tanto pra postar mas com as aulas voltando acho que vai ficar difícil. Enfim, obrigada pela leitura, pelo voto e por 1K de views. <3